Baías e Baronis – RB Leipzig 3 vs 2 FC Porto

foto retirada do MaisFutebol

Por tópicos, porque estou com pouca capacidade para me abstrair do enorme falhanço que foi o jogo de hoje:
a) os gajos são bons;
b) os gajos são muito bons;
c) fizemos o pior jogo do ano, pior ainda que o do Besiktas.
d) não somos assim tão maus, mas merecemos levar na pá.
e) prá semana, no Dragão, continuamos a conversa.

Vamos a notas:

(+) RB Leipzig. Já tinha visto alguns jogos destes rapazes no ano passado mas este ano, por um motivo ou por outro, ainda não tinha visto nenhum. Damn. É gente que joga muito à bola, com gente cheia de talento do meio-campo para a frente e malta prática na defesa. O meio-campo é tremendo em termos de pressão alta, capacidade de recuperação e criação de jogadas de ataque em constante progressão, com Keita, Kampl e kompanhia a jogarem a um nível fez com que Danilo e Sérgio parecessem um grupo de miúdos da creche com as cuecas em baixo a fugir do Carlos Cruz. E no ataque, Bruma é o menos talentoso de todos. Yup, há uma razão para estes rapazes estarem na Champions e terem ganho no Signal Iduna no passado fim-de-semana.

(-) Incapacidade de reter a bola. Foi um dos piores jogos que me lembro do FC Porto na Liga dos Campeões em termos do futebol produzido de uma forma consistente. Esperem, a frase é demasiado grande e perde impacto. Que tal assim: não jogámos uma ponta de uma pila murcha mergulhada em ácido sulfúrico. É melhor, sim. Enervei-me ao ver a constante gritaria entre colegas, como se ninguém se estivesse a aperceber o que se estava a passar e todos estivessem a passar o pior momento do ano. Enervei-me com Brahimi e Marega por perderem tantas bolas, um por ter talento a mais e sentido prático a menos e o outro por não ter mostrado nem talento nem sentido prático. Enervei-me mais quando reparei que as bolas eram atiradas para o ar ou para a frente sem grande critério, que as segundas bolas eram atraídas para os pés/torso/área circundante dos alemães como porcos pretos para bolotas. Enervei-me ainda mais quando via que os cruzamentos eram enviados para o desconhecido, os passes verticais para os defesas contrários, as distracções repetiam-se e as perdas de bola eram tratadas com um desespero de um grupo que não se encontrou durante todo o jogo. Esta foi a mesma equipa (salvo uma notável excepção – na baliza – numa decisão que tem de ser muito válida na cabeça de Sérgio Conceição para justificar todo o fallout que vai provocar) que venceu o Mónaco e produziu uma das melhores exibições de qualquer equipa do FC Porto nos últimos dez anos em Alvalade. Não desaprendeu, mas não conseguiu um mínimo da consistência dessas exibições que referi.

(-) O meio-campo engolido. Danilo e Sérgio Oliveira não chegaram para os alemães. E Herrera esteve sempre tão longe dos colegas que pensei que o FC Porto tinha entrado de facto com apenas dois médios, num regresso ao esquema que nos tinha dado tanta insegurança frente ao Besiktas e que levou Sérgio Conceição a adaptar a estratégia a uma maior cobertura do centro do terreno, mas não era o caso. A exibição foi tão ausente que a forma como os alemães furavam pela nossa zona defensiva fez-me pensar que algum estaria lesionado ou em condição física incapaz de dar potência muscular às pernas. Mas não foi só em termos físicos que faltamos, foi especialmente em termos posicionais e na invulgar incapacidade de cobrir zonas entre-linhas que falhámos rotunda e espectacularmente, porque se o Leipzig conseguiu passear-se pelo nosso meio-campo, tapando todas as possibilidades que tínhamos de progredir com bola e recuperando-a sem que percebêssemos o que se passava, deve-o em parte à sua capacidade mas também à nossa incapacidade de lhes fazer frente. E o azar que tivemos nos lances dos golos nasce da falta de fisicalidade no centro mas acima de tudo de erros posicionais.


Já tinha dito que o grupo era equilibrado e se até agora apenas fizemos três pontos, também é verdade que disputámos dois jogos fora. Nada está perdido, apenas aumentamos a pressão. Yey.

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Baías e Baronis – Lusitano Évora 0 vs 6 FC Porto

foto retirada do zerozero

Um jogo engraçado, sem grande história a não ser a imbecilidade de levar o jogo para 150 km de distância do estádio da equipa da casa (rant abaixo). Fica a nota positiva para todos os jogadores do FC Porto por terem tratado o jogo como ele deve ser sempre tratado: com humildade, trabalho e vontade de vencer. Quando assim é e quando todos fazem o que é preciso para chegarem ao fim na frente, maravilha, siga a rusga, bom trabalho e venha o próximo. Notas a seguir:

(+) A mentalidade competitiva. Toda a equipa trabalhou de início a fim com um intuito: ganhar o jogo. E fê-lo de uma forma que me agrada porque apesar de ser uma equipa que nunca tinha jogado junta, composta por alguns titulares, alguns suplentes e outros da equipa B, não se notou que houvesse grandes incongruências na forma de jogar. Todos obecederam ao estilo imposto pelo treinador, com mais ou menos dificuldade mas sempre a tentar cumprir e a fazer melhor a cada jogada, a cada oportunidade que lhes é dada. É esta a mentalidade que quero ver em todos os jogos, seja o Lusitano de Évora ou o Barcelona, porque não há maior prova de respeito por um adversário do que tentar ganhar-lhes durante todos os noventa minutos, sem grande brincadeira em campo. Gostei e traz-me um FC Porto que me orgulha de ver em campo. Continuem assim, miúdos.

(+) Dalot. Por falar em miúdos, quase todos estiveram bem, com Luizão e Galeno mais nervosos e Jorge Fernandes com pouco trabalho. O destaque vai para Dalot, o único titular e a mostrar que temos rapaz. Alto, forte, rápido, interventivo no ataque tanto no lado direito como no outro flanco, mostrou capacidade de adaptação, garra, maturidade. Dezoito aninhos, minha gente, imaginem o que este rapaz pode ser daqui a um ou dois anos. Salivo-me todo.

(+) O golo de Hernâni. Passou grande parte do jogo com excelentes recepções de bola e um enorme contraste com a capacidade de conseguir rematar à baliza sem parecer que estava a jogar de verde e branco. Complexo de Corona crónico, portanto, que se confirmou em definitivo com um golo em escorpião de pé, num gesto técnico impecável e que só não fica para a história porque ninguém se vai lembrar dele daqui a um mês. Ah e arrancou vénias do banco e um sorriso com palmas do treinador!

(-) O Lusitano não joga em Belém, pois não? Andei em discussões e críticas conjuntas no Twitter sobre este tema e não mudo de ideias: a Federação é composta por uma cambada de hipócritas que obrigam os clubes pequenos a jogar em casa para levar a Taça aos clubes e cidades de outros níveis competitivos e assim garantindo que os clubes grandes não terão a vantagem teórica durante o jogo…e depois tiram-lhes a possibilidade de o fazerem, arrastando um clube inteiro para longe do seu terreno porque o estádio não tem condições. É uma vergonha que estejam a matar a raiz do futebol, que abdiquem daquilo que ainda trazia alguma magia à bola e que poderia, sim, fazer com que equipas grandes fossem para casa derrotadíssimos por terem de jogar num campo ervado ou quase pelado, com gente à volta encavalitada uns por cima dos outros, roulottes à pinha, uma romaria nas terras e os jogadores a terem de fazer pela vida. Haveria mais lesões, talvez, mas também haveria a constatação de que a Taça ainda era o que antigamente foi. E agora está diluída nesta feira de vaidades tugas, onde os grandes serão sempre maiores e os pequenos encolhem-se perante o juggernaut organizacional da estrutura profissional. Uma merda, uma forma moderna de sugar a vida e a alma das pessoas e uma tristeza.


Eliminatória ultrapassada, nada de lesões, castigos ou surpresas desagradáveis. Agora, minha gente, pensemos no Germano de Leipzig…

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Baías e Baronis – Sporting 0 vs 0 FC Porto

foto retirada do zerozero

Fomos melhores. Fomos muito melhores e merecíamos ter saído de Alvalade com todos os pontos no nosso saco. Faltou um bom naco de eficácia na linha da frente porque a equipa criou oportunidades suficientes para vencer o jogo com alguma facilidade. Se somarmos a isso o facto do adversário ter sido o Sporting, actual segundo classificado, podemos estar satisfeitos com a exibição e resultado. Não eufóricos, mas satisfeitos. Sigam as notas:

(+) A primeira parte. Já não me lembrava de ver um FC Porto assim. Há vários anos que não via o FC Porto a entrar num estádio difícil contra um dos adversários mais fortes no campeonato, de uma forma tão rija, voluntariosa e audaz, com vontade de vencer e de mostrar que estamos aqui para ganhar. Este FC Porto, que vence as segundas bolas, que aperta e sufoca o adversário na frente, que anima e arma o jogo de uma forma tão limpa e solidária, com centrais práticos e laterais subidos, com médios valentes e lutadores, extremos rápidos e desequilibradores e avançados empenhados. O Sporting não apareceu na área do FC Porto em condições durante toda a primeira parte e não foi por não ter talento ou qualidade para isso, mas pela nossa forma compacta de jogar que incapacitou o adversário na sua própria casa, na casa de um candidato ao título. Que orgulho por te ter de volta, FC Porto!

(+) Brahimi. Saiu exausto depois de ter levado a equipa ao colo mais uma vez, pela tremenda forma como serpenteou durante todo o jogo, desfazendo os rins a Piccini várias vezes, arrastando a equipa pela relva com dribles curtos e práticos, rodando quando era preciso rodar e passando na altura certa…enquanto teve pernas. Faltou apenas activar o modo “boost” para o remate e não conseguiu marcar um golo que passou o jogo a procurar.

(+) Liderança. É só isto:

(-) Ineficácia. O grande problema do jogo foi este. Para lá da presença tremenda de Rui Patrício (que podia bem merecer um Baía no jogo de hoje), os avançados do FC Porto nem sempre tomaram as piores decisões possíveis quando estavam perto da área ou mesmo dentro dela mas o resultado foi negativo em quase todas as acções. Desde o contra-ataque perfeito conduzido por Herrera para acabar num remate para as nuvens aos remates ao lado ou à figura de Aboubakar, passando pela fraca colocação dos remates de Brahimi ou por outras jogadas bem criadas mas mal concluídas, tudo foram pequanos gestos que fizeram com que não se conseguisse enfiar uma bolinha lá dentro. E foi pena.

(-) A quebra física. Compreendo que Sérgio tenha tentado manter o onze o máximo de tempo possível em campo mas acabou por não conseguir manter em ritmo elevado do início ao fim. Também era complicado retirar dois ou três rapazes do relvado ao mesmo tempo, já que Brahimi e Marega estavam cansados mas Aboubakar e também Herrera já deitavam a língua fora da boquinha a pedir para descansar um bocado. Sérgio apostou que ambas as equipas estiveram cansadas e acabou por exigir o suficiente aos seus jogadores para se manterem em campo com a força que tinham, mas não ajudou a manter o jogo ao mesmo nível numa altura em que a entrada de um ou outro jogadores poderia abanar a equipa e fazer com que a estratégia deixasse de funcionar. No fundo foi uma estratégia de baixo risco num jogo de alto risco. Não o censuro.


Primeiros pontos perdidos mas nenhum perdido para os rivais directos. Uma boa jornada, meus amigos, e que a pausa não traga lesões!

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Baías e Baronis – AS Monaco 0 vs 3 FC Porto

foto retirada do MaisFutebol

Acabei de comer uma fartura, porque se há dia em que posso esquecer um pouco as dietas e as restrições é hoje. É uma boa noite, é uma excelente noite, é uma noite em que o FC Porto se engrandeceu perante um adversário valioso, em que num jogo em que era necessário lutar, correr, suar mas acima de tudo ser inteligente e eficaz, a equipa saiu com o peito cheio e um sorriso enorme, mesmo que a língua esteja de fora. Foram bons, bravos, brilhantes e bencedores (não me lixem que eu não conseguia estragar a aliteração). Hoje os B&Bs são todos em formato semelhante, com ênfase particular nas duplas, vamos a isso:

(+) A dupla da frente. Não há muito a dizer sobre o jogo destes dois rapazes, que são claramente os reforços do ano para a equipa e que não contavam para o treinador anterior. Shame. E shame também para mim, por não perceber nada de bola, porque se Aboubakar já tinha mostrado que tinha qualidade para este nível, também Marega se junta a ele numa simbiose que não só sentou Soares no banco como parece ir melhorando a cada jogo que passa. Não se pode pedir a Marega que faça coisas que não sabe (seria tão cruel pedir-lhe que controle uma bola aérea com os pés como dizer ao Otávio para ganhar um ressalto ao LeBron James), mas o grande Moussa faz duas assistências para golo depois de olhar para o jogo e ver a posição do colega (como me disse um amigo depois do jogo, rematando com um sintomático “oh meu deus”) para lhe colocar a bola na perfeição. Enquanto durar a onda louca de produtividade destes dois moços, podem ficar em campo até apagarem as luzes.

(+) A dupla de trás. Um jogo quase impecável dos centrais pela maneira prática e rija com que encararam os lances, especialmente tendo em conta que Falcao teve apenas duas oportunidades de golo durante todo o jogo. Felipe melhor que em jogos passados, mais prático e menos brincalhão, ao passo que Marcano mostrou a tranquilidade do costume, atirando para longe as bolas perigosas com tolerância zero ao quadrado para parvoíces.

(+) A dupla de Sérgios. Oliveira pelo que fez, Conceição pelo que o pôs a fazer. Surpreendeu-me a entrada do 27 no onze, como terá surpreendido toda a gente que viu a equipa inicial, até porque decerto terá trazido memórias de tempos passados, como Oliveira a introduzir o novato Costa em Old Trafford ou Jesualdo a adaptar Nuno André Coelho em Londres frente ao Arsenal. Deve haver qualquer coisa com médios centros portugueses que faz com que os treinadores tomem essa opção com tal frequência, mas adiante. Surpreendeu-me ainda mais a mudança de estratégia porque, por preconceito ou cinismo, assumi que Sérgio Conceição iria manter a ideia do 4-4-2 mesmo na Europa. Mas provou que consegue adaptar o seu conceito e assim privilegiar o esquema em detrimento dos nomes, fazendo com que jogadores diferentes consigam ocupar as posições necessárias sem que se notasse decréscimo de qualidade, desde que conseguissem identificar-se bem com as ideias. E Sérgio Oliveira, contra todas as minhas expectativas, conseguiu-o bem, jogando simples, rodando a bola com critério e quase assistindo Marega para golo num passe a quarenta metros e quase marcando outro num remate à entrada da área. Gosto que a estratégia vença e os jogadores sirvam para a cumprir, mesmo que não ache o futebol mais bonito de sempre. Mas está a conseguir resultados e isso é o mais importante.

(-) A dupla substituição. Imediatamente depois do maravilhoso segundo golo e daquela jogadona 100% africana, Sérgio opta por tirar dois dos jogadores mais importantes até então (o motor e o marcador) e mete em campo outros dois rapazes, mudando algumas posições e introduzindo frescura na equipa. Mas pareceu-me ter sido precipitada tendo em conta a vontade com que o Mónaco rompeu pelo nosso meio-campo e se aproximou da área de uma forma consecutiva sem que tivéssemos tido grande tempo para respirar, especialmente com dois homens com vontade mas ainda sem o ritmo de jogo impresso no cérebro. Podem dizer que é uma prova de confiança total nos jogadores que entraram, mas eu digo que teria sido melhor esperar um ou dois minutos e começar as substituições com calma. Bastava um golo naquela altura e a equipa podia ter sofrido bem mais do que sofreu.


Nada está ganho mas deixou de estar tudo perdido. O próximo jogo na Alemanha é tão ou mais importante que este e há que ter a mesma atitude e o mesmo empenho porque esses, tais como os franceses, vão ter de dar tudo o que têm. E nós também.

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Baías e Baronis – FC Porto 5 vs 2 Portimonense

Na sala de aula, a professora perguntou ao…estou farto de anedotas com um “Joãozinho”, há outros nomes, carago…pode ser ao Jorge, pronto. A professora da história virou-se para o Jorge e perguntou quanto eram dois mais dois. Jorge, com cabelo farto à beatle e sem ponta de barriga (era outro Jorge, obviamente), respondeu com uma voz agradável: “Quatro, senhora professora”. A professora, satisfeita com a resposta, retorquiu: “Muito bem, Jorge”, ao que o petiz protestou com veemência: “Não é muito bem. É perfeito!”. E perfeito é também o arranque deste FC Porto, com sete vitórias em outros tantos jogos e hoje, finalmente, com bom futebol. Notas abaixo:

(+) Grande futebol, não só naqueles dez minutos. Foi a melhor exibição da época até agora e se considerarmos apenas aqueles dez minutos que nos deram três golos, talvez tenha sido a melhor exibição da década. Futebol vibrante, fluido, com uma orgânica simples e directa, que surge em grande parte por uma decisão do treinador em abdicar do criativo e glorificar uma espécie de estoicismo romano aplicado ao futebol. E que melhor forma de ver isso senão na substituição de Óliver por Herrera e tudo que isso conseguiu trazer ao futebol da equipa, transformando-a de uma equipa que tentava ser pensante numa equipa bem mais executante e prática com a bola nos pés, agora que a bola está menos nos pés e mais na relva. Hoje foi uma equipa onde os jogadores pareceram aprender com um dos jogadores menos cotados do plantel antes da época começar (e hoje em dia em grande nos cânticos que ecoam pelo estádio fora…), retirando a tentativa do fino recorte pelo sentido prático e remate pronto. Foi uma equipa brava que teve os seus momentos de descompressão aproveitados na perfeição pelo adversário mas que soube controlar o jogo e nunca o deixou fugir. Foi uma noite jeitosa que espero se repita em breve, mesmo que isso signifique que terei de abdicar de ver Óliver em campo tantos minutos. Mas o empirismo manda no futebol como na vida e como em equipa que ganha não se mexe…não é preciso mexer mesmo.

(+) Brahimi. De longe o melhor jogador na partida de hoje, esteve em acção durante todo o jogo não só pela forma como continua a driblar os adversários como se fossem pinos no Olival mas acima de tudo pela forma como conseguiu arrastar os defesas e criar espaços para as movimentações dos avançados que beneficiaram e muito com a maneira irreverente com que o argelino hoje se mostrou. Marcou o primeiro com alguma sorte e o segundo numa combinação harmonizada, fluida e elegante que faria um encenador do Bolshoi corar de vergonha por não se ter lembrado de algo tão belo, envolvendo Aboubakar (calcanhar) e Herrera (túnel em simulação) para o próprio Brahimi finalizar na perfeição. Está em boa forma numa altura importante e ainda bem.

(+) Os mexicanos. Dizia-me um amigo durante o jogo, antecipando a frase com o aviso que se seguiria uma piada: “Devia haver terramotos todas as semanas”. E piadas aparte, que a situação não tem mesmo piada nenhuma, a verdade é que os dois mexicanos estiveram estupendos em campo, com uma leveza de toque e de movimentos como há muito tempo não via. Corona a brilhar na linha mas especialmente no centro (onde aparece sempre com mais intensidade e vida) e Herrera a justificar a aposta em detrimento de Óliver, sempre muito activo no apoio ao ataque e a tentar interceptar lances pelo miolo com garra e determinação. Até Reyes entrou ara cumprir, numa experiência que Sérgio quis fazer (já depois de ter experimentado com o 4-3-3, quis inventar uma espécie de 3-4-3 no caso de precisarmos de detectar qualquer problema cardíaco num futuro próximo. De qualquer forma foi um excelente jogo dos mexicanos. E olhem o quão é raro dizer isso, especialmente no plural!

(-) Ricardo a cruzar. Tenho estado razoavelmente desapontado com a performance do nosso novo lateral direito sem que fique muito preocupado em relação a isso. Não que tenha feito jogos muito maus, mas não está a brilhar e a fazer a diferença para Maxi de uma forma que me deixe em êxtase pela opção. E uma das facetas que tem sido longe de estelar é a dos cruzamentos, porque Ricardo tem um rácio de aproveitamento dos seus cruzamentos pelos colegas que deve roçar a bolinha que separa o eixo positivo do negativo. Ou seja, para os menos matematicamente inclinados, zero. Tem de melhorar e muito o acerto porque desperdiça uma boa parte da sua participação activa no jogo ao falhar consistentemente na assistência directa aos colegas da área.


Sete vitórias em sete jogos. Impecável. E não creio que Sérgio abdique de ir a Alvalade tentar a oitava.

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