Que pena, Domingos!

“Eu vi, como todos os portugueses viram, os jogadores do Sp. Braga agredirem jogadores e funcionários do Benfica, no intervalo do jogo entre os dois clubes. Tal como vi as imagens das agressões de jogadores do FC Porto, no túnel da Luz. Portanto, escusa de negar a realidade. Se alguém anda a prejudicar o Sp. Braga, ou o FC Porto, são os jogadores das duas equipas, que tiveram atitudes essas sim inqualificáveis em profissionais de futebol. É evidente que eu preferia que o senhor declarasse que comportamentos desses são graves e prejudiciais aos interesses do clube que lhes paga o salário. Mas, esse desejo é puro delírio da minha cabeça e nunca irá acontecer. O futebol português há muito que vive da negação da realidade e da pura mentira. É muito mais fácil, e popular, atacar os obscuros “corredores do poder”…”

Domingos Amaral in Record, 7 de Fevereiro de 2010, sobre o caso do túnel da Luz.

É uma pena que pouca gente se ofereça como voluntário para te curar a ressaca, Domingos.
É que agora estou mesmo com vontade de ler o que vais escrever com a espinha feita num oito.

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Que pena, Leonor!

“Toda a argumentação dos defensores públicos de Hulk, Sapunaru e companhia, que pretendem ver os agressores como vítimas de provocações por não-agentes desportivos, é, sem querer ofender o chamado Terceiro Mundo, um exemplo de terceiro-mundismo mental e, pior ainda, querendo fazer dos outros estúpidos.”

Leonor Pinhão in A Bola, 15 de Janeiro de 2010, sobre o caso do túnel da Luz.

É uma pena ter deixado de ler o que escreves n’a Bola, Leonor.
É que agora estou mesmo com vontade de ler o que vais escrever com a espinha feita num oito.

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Que pena, Ricardo!

“O leitor deseja agredir alguém? Um vizinho, um familiar, um desconhecido qualquer? É fácil: diga que foi provocado. As provocações, sejam de que tipo forem, justificam qualquer agressão. Uma anónima agrediu o Papa? Foi, de certeza, vítima de uma armadilha bem urdida. O marido bate na mulher? É impensável que a tenha agredido sem que tivesse havido forte agravo. Toda a gente sabe que os agressores são, em geral, gente ponderada e cordata, que só opta pela violência física caso seja vítima da afronta mais grave, mais perversa e mais criminosa que pode ser perpetrada: a provocação. Não será por acaso que a lei portuguesa prevê molduras penais extremamente pesadas para homicidas, violadores e autores de provocações.”

Ricardo Araújo Pereira in A Bola, 10 de Janeiro de 2010, sobre o caso do túnel da Luz.

É uma pena teres deixado de escrever n’a Bola, Ricardo.
É que agora gostava mesmo de ler o que conseguias escrever com a espinha feita num oito.

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Memória Azul – Nº 6 – Benfica vs FC Porto



foto retirada da Record “Revista da época 1996/1997”

No dia 11 de Outubro de 1996, o FC Porto visitou a Luz para o Campeonato e venceu por 2-1 com golos de Jorge Costa e de um rapaz que na altura já estava a começar a dar que falar: Mário Jardel. Esta foto consegue o raro feito de reunir duas duplas que fizeram história em Portugal, por motivos totalmente diferentes: Aloísio e Jorge Costa, pela solidez defensiva, classe e profissionalismo; Paulinho e João Pinto, pela rivalidade extrema dentro de campo. E umas cotoveladazitas.
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Antigamente divinizava-se…

Mal vi o resultado do sorteio da Taça que nos colocou o Pinhalnovense pelo caminho, a primeira coisa que pensei foi: “Que sorte estamos a ter este ano no sorteio!”. Como é lógico no pensamento deturpado da maioria da gente mal-intencionada, logo comecei a ler tiradas com lamúrias à legalidade do sorteio, que o FC Porto era sempre beneficiado, que estes “inserir termo depreciativo aqui” são sempre a mesma coisa. O costume, portanto.

Assim sendo e como os comentários surgiram em blogs afectos ao Benfica (que sigo porque gosto de saber o que pensa o “inimigo”, como sabem) dei-me ao trabalho de recolher dados sobre as últimas 7 edições da Taça de Portugal (usando o ZeroZero como base de dados) e comparar as estatísticas de ambos os clubes nesta competição. Ora vejam lá os jogos do Benfica desde 2003/04, o último ano em que venceram o troféu:

E agora os jogos do FC Porto:

Muita informação, não é? E um quadro-resumo, isso é que era! Cá está ele:

É fácil perceber que a conversa é apenas isso. Conversa. A forma como se interpretam factos de uma maneira subjectiva é sempre passível de contraditório, particularmente pela própria subjectividade. Em português: “oh, tem juízo!”.

O problema, como disse em conversa com um amigo, é que a maior parte das pessoas que gostam da bola não fazem uma análise crítica e séria aos factos que ouvem e tomam como verdadeiros. Assumem que a sua verdade é A verdade, emprenham de ouvido e propagam a mentira, servindo o propósito dos que a espalham. Em tempos idos, a malta divinizava tudo o que não compreendia ou que achava ser contrário às suas pretensões. Hoje em dia, para um segmento da nossa sociedade, tudo o que acontece de mal a essa malta…acabam por corruptizar. É normal e perfeitamente saudável.

Fica o apelo: quando ouvirem algum facto como verdade, tentem descobrir se o é de facto…um facto. É só para evitar que façam figura de parvos.

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