Ouve lá ó Mister – Guimarães

Companheiro Nuno,

Finalmente! Estas paragens de campeonato para a Selecção (que os ingleses chamam “interlull”) são uma seca do caraças e um gajo fica entediado de tanta nação à pancada que mais vale ver um filme de guerra para desenjoar. Mas também não perdemos nada pela espera porque vem aí o Guimarães e dá sempre gosto jogar contra estes meninos. Desde que se ganhe, está claro.

Será o primeiro jogo depois da primeira derrota. Nada está perdido mas aqueles três pontos nunca mais ninguém nos dá, isso é certo. E até houve luta e esforço e tal…mas parecemos quase sempre inferiores aos gajos, na organização, na luta e na ratice. Já começas a refamilaz…refilimilia…a habituar-te outra vez a esta que foi a tua casa durante tanto tempo e que, se as coisas correrem bem, pode ser que seja tua durante muitos anos. Quem dera, rapaz, para ti e para nós! Mas para isso acontecer tens de levantar o pé do travão e carregar no acelerador, porque depois deste vem Champions e depois outro complicado e depois Champions e por aí fora. Nada que não tenhas passado em Valência, mas aqui é mais coiso. É azul-e-branco, pá, é melhor!

Estou curioso para ver a equipa que vais enfiar em campo. Óliver, Jota…Brahimi. E eu apostava no Ruben a jogar a 6, mas tu pensa lá pela tua cabeça e vê a melhor forma de ganhar o jogo. Soa a stalker mas podes estar descansado: vou estar lá a ver e quero aplaudir!

Sou quem sabes,
Jorge

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Dragão escondido – Nº40 (RESPOSTA)

Bem mais fácil que a anterior, eis a resposta:

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O primeiro esloveno (oficialmente, já que o país foi refundado em 1991) a jogar pelo FC Porto, Zlatko Zahovic foi um homem que deu tremendas alegrias ao clube enquanto cá esteve, chateou a cabeça dos adeptos quando quis sair e arreliou (ma non troppo) ainda mais a malta quando se juntou aos cromos vermelhos lá de baixo. Chegou de Guimarães no Verão de 1996 e em três épocas ao serviço do clube, Zahovic esteve em 118 jogos e marcou 42 golos. Jogando quase sempre na posição de médio ofensivo, foi o principal elo de ligação entre o meio-campo e o ataque portista, com um estilo bem próprio de serpentear pelos defesas e com uma visão de jogo e técnica acima da média. Acabou por sair em 1999/2000 para o Olympiacos e foi substituído na equipa por um miúdo que acabou por ter ainda mais impacto na equipa (e no clube) que ele. Deco, acho que era assim que o chamavam. Era jeitosito, vá.

Esta fotografia foi tirada num dos jogos mais enervantes que guardo na minha memória: a famosa vitória do Boavista nas Antas por dois golos contra zero na época de 1998/99, onde Timofte marcou um golaço e onde o FC Porto não conseguiu fazer…bem, não conseguiu fazer nada e onde os adeptos terminaram o encontro a aplaudir o Boavista. Eu sei, parece estranho mas aconteceu mesmo porque eu estava lá e fiz o mesmo. Na foto, da esquerda para a direita, temos Zahovic, Capucho, Mário Silva e Jorge Silva (estes eram os bonus points, como podem ver pela atribuição do vencedor, no fundo do post).

Entre as diversas tentativas falhadas:

  • Argel – Só chegou ao FC Porto na época seguinte.
  • Artur – Ainda estava no plantel mas foi pouco utilizado e acabaria por sair em Janeiro para regressar ao Brasil. Não esteve neste jogo.
  • Barroso – Esteve no clube nos dois anos anteriores e em 1998/1999 estava a mandar balázios pela Académica.
  • Chippo – Uma maravilhosa sugestão que conseguia transformar a imagem em “Chippo & Dale” (sic do comentário). Fucking lovely. Apesar de fazer parte do plantel, não esteve presente neste jogo.
  • Domingos – Estava a jogar nas Canárias ao serviço do CD Tenerife.
  • Doriva – Esteve presente e saiu aod 71 minutos para dar lugar a Miki Fehér (RIP, puto).
  • Drulovic – Titular, jogou 90 minutos neste jogo.
  • Edmilson – Fez parte dos plantéis de 1995/1996 e 1996/1997. Por esta altura estava a mostrar a cabeleira loura em Alvalade.
  • Folha – O nosso actual treinador campeão pelos Sub-19 estava no plantel mas fez apenas dois jogos durante a época.
  • Jorge Costa – Titular, levou um amarelo aos 56 minutos por, espero, ter pontapeado “acidentalmente” o Martelinho (já não me lembro destes pormenores, carago!)
  • Kostadinov – *suspiro*
  • Paulinho Santos – Titular, esteve em campo toda a partida.
  • Rui Filipe – Faleceu em Agosto de 1994…quatro anos antes (RIP tu também, puto).
  • Wetl – Saiu do clube no Verão de 1998.

É o regresso em grande do Nuno Moreira, com a resposta certa a ser dada via twitter às 7h57…mas a resposta COMPLETA foi dada pelo Carlos Martinho, também via twitter, cerca de uma hora e meia mais tarde. Bonus points, bro!

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Dragão escondido – Nº40

Mais uma moedinha, mais uma voltinha, meus amigos! Quem é que está com o trombil escondido atrás da cara do Dale, da agência de detectives “Chip and Dale: Rescue Rangers”, a tentar tirar a bola a um rapaz que viria a vestir a nossa camisola uns anos mais tarde? Bonus points para quem adivinhar o gajo de xadrez. Fácil, fácil, não?

 

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This is my club. This is my life.

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Olá.

O meu nome é Jorge e estou na parte descendente dos intas, naquela rampa onde se aproximam os entas e se lamenta a distância para os intes. A conversão para o portismo deu-se em pleno Prater, enquanto estudava nos arredores do Porto até aos meus 16 anos para depois seguir para a Invicta para o resto da minha educação. Trabalhei em várias empresas, do Porto ao Alentejo incluindo um ano no estrangeiro. Gosto de ler sci-fi distópica, ver filmes que me deixem a pensar e séries que me colem aos personagens. Sou um estudioso amador da Guerra Civil Americana, adoro web comics inteligentes, converti-me ao Twitter há pouco tempo e ouço psytrance enquanto trabalho. Tenho uma mulher benfiquista e uma filha que não tarda muito e talvez siga o mesmo caminho, a primeira final europeia que vi foi o desastre no Heysel Park, o primeiro campeonato que segui de início a fim foi o de 1991/1992 e a minha francesinha preferida é a do Yuko. Adoraria um dia vir a trabalhar no FC Porto e para o FC Porto, num sonho que um dia talvez se concretize. Vou ao Dragão frequentemente e não acompanho a equipa nas suas deslocações com a frequência que desejava, sou fã de tarte de lima merengada, favas com chouriço e dos golos do Falcao com a nossa camisola. Já bebi mais do que devia, já fumei mais do que devia e já celebrei com demasiada euforia as fintas do Capucho. Já vesti camisolas de anos e cores diferentes, já usei pêra e barba e já tomei banho nu à noite no mar. Estou-me completamente a obrar para quem está a comandar os destinos do meu clube desde que o faça com espírito de portismo, com devoção ao clube e com força para enfrentar os inimigos. Passei a detestar programas de opinião futebolística com painéis de comentadores afectos a clubes, alheio-me de jornais desportivos para lá das capas e é-me totalmente indiferente se as pessoas que estão a trabalhar no FC Porto se chamam Carlos, Pedro, Antero ou Luís.

Esta é a minha vida, interligada com o FC Porto como se dois caminhos ziguezagueantes que se cruzam de tempos a tempos sem pedir licença nem interferir um com o outro, serpenteando-se por entre as avenidas e becos da vida de um rapaz que é mais tímido do que parece e bem mais pessimista do que devia. E que só quer que o seu clube vingue ou caia para lado exausto quando não o consegue, erguendo-se de novo para lutar a próxima guerra. Seja quem for que estiver ao leme, que tenha a força de saber lutar e de se saber recolher quando não tiver força, de afiar as garras e de se atirar com a pujança de doze Hulks para cima do adversário, defendendo como quinze Baías e lutando como nove Joões Pintos.

Só assim me deixarão com orgulho. Quando não cederem perante o metal mas o forjarem para ser usado em nosso nome. Seja quem for, tenha o nome que tiver, a reputação que trouxer e a alma que mostrar. Só assim. Entretanto, viverei o dia-a-dia como gosto: na relva, não na mármore. Com chuteiras, não com sapatos de verniz. Com bolas, não com Montblancs. Com carrinhos, não com Panameras. E com amor ao futebol, não ao dinheiro.

Estão livres de discordar, de achar que sou um lírico e um sonhador, que só vejo as árvores e me alheio da floresta. Sou, não o escondo. E serei sempre assim. You’ve been warned.

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Vinte e cinco

 

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Com Otávio a ocupar um lugar proeminente no plantel, voltemos atrás no tempo para recordar os nossos vinte-e-cincos:

 

1995/1996 Matias
1996/1997 Zlatko Zahovic
1997/1998 Zlatko Zahovic
1998/1999 Zlatko Zahovic
1999/2000 Cândido Costa
2000/2001 Cândido Costa
2001/2002 Cândido Costa
2002/2003 Cândido Costa
2003/2004 Ricardo Fernandes
2004/2005 Paulo Assunção
2005/2006 Ivanildo
2006/2007 Lucas Mareque
2007/2008 Przemyslaw Kazmierczak
2008/2009 Fernando
2009/2010 Fernando
2010/2011 Fernando
2011/2012 Fernando
2012/2013 Fernando
2013/2014 Fernando
2014/2015 Andrés Fernandez
2015/2016 Gianelli Imbula
2016/2017 OTÁVIO

PS: o resto do mercado e talvez o Antero…fica para outro dia.

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