Na estante da Porta19 – Nº7


Mais uma leitura de algibeira escrita por Colin Murray, um dos nomes em alta no sempre ridículo mundo do comentário desportivo em Inglaterra, que fazem o João Querido Manha ou o Fernando Guerra parecerem alemães pré-adolescentes em 1935 a fugirem da Hitler Jugend porque lhes dói quando levantavam o braço. “A Random History of Football” reúne algumas histórias interessantes que nos deixam quase sempre com um sorriso e nos fazem recordar que o futebol, para além de toda a corrupção, impacto sociológico e violentas afectações clubísticas, é um desporto impecável e muito rico.

Sugestões de locais para compra:

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Perdão?!

Dragon Seat.

O meu lugar para toda a época…menos na segunda jornada da Taça da Liga, aparentemente.

Fico à espera de ser notificado oficialmente que não posso ir para o meu lugar porque o FC Porto se lembrou de implementar um “novo modelo de gestão” a meio da época.

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Dragão escondido – Nº9 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

No centro da foto, com a sua pose estóica e a sua reluzente “bola-de-bilhar”, Jaime Magalhães era uma figura do onze-base do FC Porto da altura, fazendo 35 jogos na época a que esta fotografia se refere, tirada no último jogo do Campeonato Nacional de 1992/1993, em casa frente ao Marítimo no dia 6 de Junho de 1993, que vencemos por 2-0 com golos de Fernando Couto (o gajo da trunfa do lado esquerdo) e Kostadinov (o que está abraçado ao Timofte, do lado direito). Magalhães, que ao todo disputou 408 jogos e apontou 47 golos pelo FC Porto, é um dos rapazes que começou a fazer de mim Portista desde aquela mítica final do Prater e acompanhou o meu jovem percurso como dragão via TV desde Viena e nas Antas desde Carlos Alberto Silva até Bobby Robson, o último treinador enquanto esteve no clube. Já agora, sabem que o nosso Jaime é treinador adjunto de…Jorge Costa no Cluj?

Entre as diversas tentativas sem sucesso que o povo fez para acertar no nome do moço:

  • João Pinto – O grande capitão, o pré-Danilo da camisola 2 de Virgílio e Gabriel (obrigado, Armando!) fazia parte do plantel e podia perfeitamente ser o rapaz viçoso que estava rodeado por Valente e um Paulinho Santos aparentemente pré-adolescente;
  • José Carlos – Mais uma boa opção. Onze jogos para o brasileiro nesta temporada (1992/93) não o conseguiram erguer acima da dupla imbatível: Fernando Couto e Aloísio.;
  • Jorge Costa – Olhem bem para o tamanho do Jaime. Ainda faltavam mais de 10 cm para chegar à altura do “Bicho”!;
  • Quim – Desde 1988/89 que já não fazia parte do nosso plantel.

Já tenho mais algumas fotos na calha…tudo a seu tempo…

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Dragão escondido – Nº9

Eina que grande festa aqui na foto!!! Para começar bem o ano não podia faltar o genial Wakko dos Animaniacs para armar as suas parvoíces…e esconder um dragão. Não se queixem que é difícil, há tantos gajos na imagem que já só podem faltar alguns…ou será um truque, uma ilusão do olhar, uma prestidigitação visual? Muahahahaha!!! Vamos lá, quem é ele?

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Respostas a este desafio extremamente acessível…para a caixa de comentários!

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Nestes dias, o ponta-de-lança que não é ponta-de-lança não é ala quando é ala

Ontem, lá para o meio do último terço do jogo, Vitor Pereira decidiu mais uma vez pela entrada de Kleber para a zona central, retirando Rodriguez e fazendo Hulk descair para a linha. Aliás, aposto que ontem as três substituições foram adivinhadas pela grande maioria dos portistas, não por terem sido fracas e previsíveis mas porque pareceram adaptadas, pelo menos no papel, ao jogo em questão. O ponto que gostava de focar é a necessidade da introdução de um elemento ofensivo central numa altura em que o jogador que estava a ocupar aquela posição está numa condição física que já não lhe permite efectuar a transição para a lateral de uma forma eficiente. Tornando o discurso mais coloquial e menos formal, meter o Kleber ao meio e encostar o Hulk na ala quando o moço está cansado não rende.

A ideia é interessante, especialmente quando a equipa está a precisar de transformar o jogo numa sequência de passes mais directos e incisivos, abdicando da troca de bola a meio-campo. Com a colocação de um corpo extra na área, capaz de receber cruzamentos e servir como parede para tabelas entre ele e os extremos que fazem diagonais ou médios mais subidos para remates frontais, a capacidade ofensiva e a pressão são aumentadas para carregar nos últimos cinco minutos como um elefante do exército de Aníbal. O de Cartago, não o de Boliqueime, entenda-se.

Mas o que vi em Alvalade foi a entrada de Kleber que pouco cheirou a bola, alimentado por um James desacompanhado, um Álvaro esforçado e um Hulk francamente cansado. Foram apenas 15 minutos mas tanta falta fazem esses novecentos segundos de intensa pressão, quando o adversário está a começar a duvidar das próprias capacidades físicas e técnicas, naquele período em que ataque após ataque começa a gerar no pontual inimigo uma descida de auto-confiança como a de um adolescente borbulhento quando se olha ao espelho. E Hulk, quando é encostado à linha para finalmente poder pautar o jogo com os arranques, as fintas em progressão e os remates de longe, já está cansado de umas largas dezenas de minutos a pressionar centrais e a perseguir as bolas perdidas sozinho com os colegas a 20 ou 30 metros atrás no terreno.

É algo que deve ser revisto por Vitor Pereira por forma a rentabilizar melhor o nosso Givanildo. Ou então é colocar o rapaz na ala onde é mais produtivo…e esperar até chegar o tal messiânico ponta-de-lança que possa entrar direitinho para titular e Falconizar o nosso ataque. Ou não.

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