Ouve lá ó Mister – Moreirense

André, misterão!

Pode parecer um jogo fácil este em Moreira de Cónegos. Para além de ser o primeiro jogo que fazemos contra equipas de xadrez desde que o Boavista desceu de divisão e apesar de serem verdes e não pretos, não é por isso que serão mais ou menos complicados! Somos bi-detentores da Taça e por isso a responsabilidade duplica cada ano que se ganha…pelo menos é a minha maneira de ver as coisas e acredito que tu, especialmente no primeiro ano, não queres mandar abaixo o hype que meio mundo (excluindo Lisboa, obviamente) anda a levantar a teu respeito.

Até parece que vem a calhar este jogo para descansar alguns gajos e esperar pela recuperação de outros. Não devias jogar nem com o Fernando nem com o Falcao…já que o Varela e o Álvaro parece que estão mesmo fora de hipótese, não é? Pergunta aí ao Zé Mário (que mora perto dos meus pais, já agora por isso só pode ser boa gente) se os rapazes não precisam de descansar. Isso. Experimenta os “els”, tanto o Rafael como o Micael. E dá uns minutos ao Castro, pá, o rapaz merece!

Assim sendo não espero facilidades nem da parte deles nem da nossa. Reparei que ontem não apareceste na festarola onde marquei presença, mas garanto-te que bebi um cálice de espumante em tua homenagem, rapaz! Vamos lá para a vitória!

Sou quem sabes,
Jorge

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Partiu-se o Palito!

E pronto…esta lesão é que não vem nada a calhar nesta altura.

Posso ser surpreendido mas não creio que haja confiança suficiente para enfiar Emídio Rafael a titular em Alvalade, por isso parece-me que vamos voltar aos tempos originais de Fucile a lateral-esquerdo…

Com a lesão de Álvaro, mais que a capacidade defensiva, perdemos um importante apoio ao ataque pelos flancos e a necessidade de suportar as subidas de Varela com o uruguaio a voar pela ala.

Vá lá, ao menos deixaria de haver dúvidas quanto ao lateral direito titular…

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Belluschi…Belluschi…Belluschi…Alenichev!

À primeira vista, dirão que sou louco. Porra, um é argentino, o outro é russo, haverá escolas de futebol mais diferentes?! Realmente os dois de aparência só têm parecida a cor da pele, já que o resto do aspecto é radicalmente diferente, com a trunfa de Belluschi em constante mutação, seja curto, com rastas postiças ou uma espécie de poupa encaracolada a contrastar com o clássico corte russo-põe-te-fino-senão-segues-pro-gulag-que-te-lixas de Alenichev. Em campo, no entanto, vejo muitas parecenças entre ambos.

Alenichev foi dos jogadores que mais gostei de ver a jogar com a nossa camisola. Era um jogador fino, inteligente, que lutava quando era preciso mas que acima de tudo conseguia arranjar espaço onde parecia não existir e que sabia quando pausar o jogo para permitir aos colegas as movimentações necessárias e enquadradas na táctica. Era, a par da força e da garra de Maniche (o daquela altura, não o de agora) o complemento técnico perfeito para Deco no meio-campo do FC Porto de Mourinho. Não tinha um remate muito forte nem era bom de cabeça, muito menos era notável no 1×1, mas deliciava-me com os passes simples, práticos e quase sempre para o sítio certo.

Belluschi está a caminhar para o mesmo estatuto. Este ano, com Villas-Boas a moer-lhe os ouvidos, está com um sentido táctico mais apurado, com uma moral acima do Evereste, entra em campo com abnegação e esforço e, como Alenichev, joga bem melhor com outro médio mais estrutural ao lado.

Está a desenvolver uma certa empatia com os adeptos ao fim de um ano menos conseguido. Espero, para bem dele e da equipa, que lá chegue.

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Notas soltas sobre o Portugal vs Espanha

  • Será que os espanhóis vão abandonar a organização, alegando falta de solidariedade?
  • A grande diferença para o Portugal do costume esteve na pressão alta. Tão alta que os espanhóis raramente conseguiram sair a jogar com a bola controlada. Méritos? Paulo Bento.
  • Este Ronaldo e o Ronaldo do Mundial não podiam ser mais diferentes. Há várias explicações possíveis, mas o facto de estarmos em Novembro e o rapaz estar no pleno das capacidades físicas se calhar pode ter alguma coisa a ver com isso. E aquele não-golo foi uma obra de arte…
  • A Espanha jogou devagar, devagarinho e parado. Só quando se apercebeu que ficava mal sair com mais de 2 no bucho é que começou a correr. Começou tarde e a única coisa que conseguiu foi pôr o Rui Patrício a saltar de poste para poste porque não me lembro de um único remate perigoso à baliza.
  • Não houve ninguém que não pensasse que a pancada do Busquets ao Ronaldo esteve limitada ao jogo da Luz. O de Madrid já começou há algumas semanas…
  • Nos jornais já começou a parvoíce. A liderar as atoardas está, para manter a coerência da inutilidade de empregar gente louca, o Correio da Manhã, com a parangona “Os campeões somos nós”. Ganhámos um amigável. Venham de lá os próximos nórdicos para ver se a onda de euforia se mantém.
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Recap – Antas vs Dragão

Em homenagem aos 7 anos do Estádio do Dragão, recupero aqui um post de Maio de 2009, era este blog ainda um infante acabado de nascer, onde escalpelizava as diferenças entre o velhinho Estádio das Antas e o belo e funcional Dragão. Nada mudou na minha opinião desde então.


Sou um saudosista. Não tem nada a ver com cabedal e correntes nem com o reino da Arábia. Até sou de uma família simpática e nunca me meti nessas coisas (nem na pancada nem em arabescos, até porque não tenho jeito para desenhar), mas a saudade é algo que me toca bem cá no fundo, como Pink Floyd num quarto escuro ou Quim Barreiros em noites de Queima.
Quando em 2004 foi anunciado que a mudança para o Dragão era uma realidade, fiquei ansioso. Como abandonar o velhinho Estádio das Antas, que tanta alegria nos tinha trazido, juntamente com granizo, chuva intensa, WCs imundos, brechas no cimento e problemas nas infraestruturas de electricidade? Seria um novo mundo, uma misericordiosa palmadinha nas costas dos reumáticos, dos artríticos (esta custou) e das mulheres em geral, que iria permitir melhores condições, com modernas instalações e um carácter acentuado de conforto no espectáculo do futuro.
No entanto, mantive-me céptico. Não sou daqueles que diz que desta água não aspirarei por uma palhinha, mas perto. Não fico nada a dever a São Tomé em termos de incredulidade, tenho de mexer para ver se é verdade. É como um marido quando a mulher põe mamas novas, pronto.
Nas Antas tinha passado por muito. Grandes chuvadas, saraivadas (granizadas para os mais elitistas) e tardes de Verão tremendamente quentes. Vi grandes jogos e tive grandes tristezas. Foi lá que vi o Latapy falhar o penalty contra a Sampdoria. Foi lá que vi a Lazio atropelada com 4 no bucho. Foi lá que vi o Domingos a marcar dois ao Sporting num arranque de campeonato. Vi golos de Jardel, Kostadinov, McCarthy, Domingos, até Vinha e Quinzinho. Vi Baía e Kralj no topo da sua forma (em sentidos opostos). E acima de tudo vi futebol, muito futebol.
No Dragão as coisas são diferentes. As pessoas são diferentes, a alma mudou. Não me sinto com vontade para discorrer mais sobre o assunto, por isso fiz um pequeno apontamento gráfico que ilustra o que considero ser a utilização do tempo que os adeptos passam dentro do estádio. Tanto no antigo como no novo.

Gostava muito de saber a vossa opinião. Força aí nos comentários!!!


Continuo com vontade de saber a vossa opinião…siga a rusga!

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