D.Fábio I: O Gordo

Em declarações ao Record, diz o seu agente que o Fábio (daqui em diante conhecido como “Fabião”) não está gordo, que teve um filho e que está mais maduro. Ora creio que posso assumir que Fabião não assumiu parte da gravidez da sua esposa e não terá accionado nenhum mecanismo de solidariedade entre cônjuges que lhe permitisse aliviar o peso do ente feminino e ficar ele com o encargo. Acho que está fora de questão. Ora então isto vai depender da definição de gordo para Vifran Pompeu, agente de Fabião e detentor de um nome digno de um gladiador romano. Se me perguntarem a minha opinião (raramente o fazem mas transmito-a de qualquer forma) diria que o rapaz está algures entre o Professor Carvalho Rodrigues e o Jabba the Hutt. Aliás, diria que deve partilhar mais semelhanças com este último, pois acredito que um dos grandes amores da vida de D.Fábio não se prenderá tanto com as astronomia como acontece com o Professor, mas talvez mais com o restaurante que tem o mesmo apelido que o famoso personagem do universo Star Wars, esquecendo aquele “t” do fim que não faz jeito para a metáfora.
Rochemback nunca foi um rapaz magrinho. Esperem lá, se calhar foi. Ah, sim, mas isso eram outros tempos, os pastéis de Belém eram uma borrada e a manteiga sabia a ranço.
Eu próprio comecei uma dieta aqui há uns meses e já perdi 11 kg no processo. Custou como roer cornos mas tive de abdicar de algumas coisinhas que me eram muito queridas (cerveja, queijo, cerveja, bacon, cerveja, massas com molhos à base de natas, cerveja…) mas com mil adeptos benfiquistas, lá cheguei. Dar umas corridas também ajuda, Fábio, consta que há uma forma interessante que dá pelo nome de “queimar calorias”, é giro e ajuda o organismo a livrar-se de tudo o que não sai directamente quando dás um salto à latrina aí em Alcochete.

De qualquer forma, Rochemback está bem co-adjuvado pelo Miguel. Qualquer um é um argumento de peso (não resisti) no meio-campo do Sporting, fazendo inclinar a balança (mais uma vez as minhas desculpas) para o lado verde-e-branco quando a vida lhes corre bem. E para além do mais devem fazer companhia um ao outro nas comezainas, que isto de beber uma grade e mamar duas ou três doses de rancho é mais fácil quando se têm amigos por perto. Ah…que grandes farras que a gente faz à custa dos outros…
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Votação: Hulk: no centro ou nas alas?


Hulk é um jogador que levanta ânimos e faz vibrar quem o vê a jogar. Disso não pode haver dúvidas e pese embora a sua extemporânea saída de jogo na primeira jornada, será um indispensável da equipa durante o campeonato.

Já muito se falou da sua posição ideal, se é que isso existe, e por isso decidi perguntar ao povo o que achava. Num período de férias onde claramente o pessoal não lhe apeteceu carregar no estupor do botãozinho, houve apenas 12 votos, assim distribuídos:

  • No centro: 16%
  • Nas alas: 83%
Mais uma vez não ficam dúvidas. Hulk deverá jogar numa das alas, na minha opinião seria preferencial a direita, onde poderia flectir para o centro e aplicar o canhão que tem na ponta da perna esquerda. Com Falcao no meio e Rodríguez na outra ala (tomando como base o resultado da votação para melhor tridente ofensivo para 2009/10), creio que pode vir a ser uma tripla temível, especialmente se Falcao comprovar as boas indicações que tem dado.
Próxima votação: Quais os paineleiros que vêem sempre?
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Baías e Baronis – FCP vs CD Nacional

foto tirada do jornal “A Bola”


Depois da miséria que tinha sido o primeiro jogo da Liga, fui ao Dragão esperando pouco mais que uma reacção tentada mas não conseguida. Estava enganado. O jogo foi bom, fluido, com boas jogadas e trocas de bola, um fio de jogo razoável e muita entrega por parte dos jogadores. A vitória assenta bem à equipa, talvez por números um pouco exagerados mas nada de extraordinário tendo em conta o futebol produzido. Vamos aos B&Bs:

BAÍAS
(+) Falcao esteve bastante bem. As comparações com Farías começam a esfumar-se como…bem, como coisas que se esfumam. Falcao mexe-se mais e acima de tudo mexe-se melhor que o argentino, mais dentro do jogo e mais envolvido no ataque, sem ficar apenas à espera que um acaso do destino lhe coloque a bola nos pés ou na carola. O grande remate à trave deu o mote para um bom jogo e o penalty foi bem marcado. Pode ter futuro.
(+) Belluschi esteve um bom pedaço acima do que tinha mostrado em Paços de Ferreira, e estou convencido que quando tiver mais força nas pernas vai ser preponderante na criação de jogadas ofensivas. Mostrou alguns pormenores de pura classe, com um toque de bola muito acima da média e uma excelente visão de jogo. Precisa de treino físico e especialmente de aprender a meter o pé, mas deixou boa imagem.
(+) Varela, grande Varela. O rapaz é já um dos preferidos do meu pai, grande apoiante de extremos que caem em cima dos defesas quando têm a bola. Varela é irreverente, rápido (aquelas duas arrancadas individuais no início da segunda parte são muito boas) e só precisa de aprender o que fazer com a bola quando passar pelos defesas. Esta última já consegue com maior ou menor dificuldade, só falta é a primeira.
(+) Fernando voltou a fazer um belo jogo, com passes simples, sentido prático alto, cortes providenciais e a capacidade de rodar o jogo para onde é preciso. Como diz o meu colega de lugar e amigo de infância: “Quem é que o vem buscar em Janeiro?”.
(+) Acima de 40.000 pessoas num Domingo às 20h15 é uma boa casa, o que diz muito da vontade dos adeptos em ver bom futebol e bons desempenhos da equipa. E ontem tiveram sorte.
(+) Álvaro Pereira muito melhor que contra o Paços, a subir bem no flanco (sendo verdade que tinha menor oposição) e a ajudar bem Varela e depois Rodríguez no apoio ofensivo. Precisa de saber posicionar-se melhor na defesa mas está a progredir.
BARONIS
(-) Mariano esteve ao seu nível. Ontem, ao lado de Falcao e Varela, o único deste tridente que já fazia parte do plantel mostrou porque é que não pode ser considerado como titular no FC Porto. Mais uma vez muito esforçado mas quando é preciso fazer alguma coisa que envolva dominar a bola de primeira ou fazer um passe decente…está o caldo entornado. Com Rodríguez em pleno e Hulk sem estar lesionado/castigado, Mariano é jogador quando muito para o banco.
(-) O meio-campo ainda está muito verde em funções defensivas e dá muito espaço aos adversários. É inusitado estar a ver um jogo do FC Porto e reparar que os adversários têm a posse de bola no nosso sector e não são pressionados, ficando com tempo suficiente para fazer o que querem. É verdade que nos últimos 30 metros os nossos defesas acabam por fechar as brechas, mas é preciso ter um meio-campo mais movimentado e a pressionar mais o jogador com a bola, especialmente contra equipas que sabem o que fazer com ela.
(-) Os jogadores do Nacional. É verdade que o árbitro primeiro apitou para canto e depois mudou de ideias e marcou penalty, mas não se admite a reacção absurda e infantil que tiveram. Não se podem queixar das expulsões tanto quanto o FC Porto não se pode queixar da expulsão de Hulk na semana passada.
(-) Raúl Meireles foi eleito o melhor em campo pela TSF. Discordo totalmente. Este ainda não é o Raúl Meireles que eu já vi a jogar, especialmente no ano passado. Está lento, com fraco posicionamento e um zero a criar jogo. O facto de Varela e Mariano terem tido tantas vezes a bola deve-se também à má exibição de Meireles. Tem de ganhar ritmo rapidamente, e as viagens pela Selecção podem ajudar a isso, apesar da quebra física notória. É daqueles que devia ter tido mais uma semaninha de férias…
Muito melhor que semana passada, o FC Porto mostrou melhor entrosamento, bom fio de jogo e alguns bons pormenores, especialmente por Varela, Belluschi e Falcao. É preciso que não seja um oásis num deserto de ideias e que se continue este crescendo de forma na próxima jornada frente à Naval, onde normalmente temos dificuldades. Com o Sporting a jogar muito mal (só pode melhorar) e o Benfica a sacar os tradicionais chouriços nos finais dos jogos, temos de manter o nível!
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Os porcos voam!!!


Ao contrário do que se possa inferir ao ler o título deste post, não vou falar da vitória do Benfica. Li há pouco que com a saída de Lucho, um dos novos capitães de equipa do FC Porto é nada mais nada menos que Mariano González. Sim, Mariano. O número 11 do plantel. A sequência de capitães fica então: Nuno >> Bruno Alves >> Raul Meireles >> … Mariano!!!

Quando estava a ler a notícia tive uma sensação estranha, um misto de temor com pânico, apimentado com uma leve gargalhada. Mariano González é um caso sui-generis, sem dúvida, uma história do sem-abrigo que se transformou num…bem, num pedinte com um carrinho de compras e meia dúzia de caixas de papelão para se refugiar do frio, mas que ainda assim mostra uma subida no seu nível de vida. Chegado ao FC Porto há dois anos, teve uma primeira época que não creio estar ao nível de qualquer um. Até um macaco amestrado conseguiria dominar melhor a bola e dar mais de dois passos sem a perder. Que diabo, o homem andou de gatas atrás do esférico mais que uma vez! No mesmo jogo!!! Acabado esse purgatório, o segundo ano mostrou um Mariano melhor, mas nada que se aproximasse de um jogador completo. Por qualquer influência divina ou lobby de pressão interna, vá se lá saber porquê, Mariano continua no plantel, acaba por substituir Lucho quando este se lesiona, termina a época a titular e arranca para a seguinte (a actual) na mesma situação, beneficiando da lesão de Rodríguez, a falta de ritmo e adaptação de Falcao e agora o castigo a Hulk.
Ora já que está visto que o seu talento futebolístico não pode pesar na escolha para capitão (nem é normal), é provável que tal se deva à influência dentro do balneário. Mas, perguntarão, não foi este que na primeira época andava sempre dentro e fora do gabinete do psicólogo? Certo. Não era o Mariano que sofria de problemas de confiança? Na mouche. Então como se explica esta decisão?!?!?!
Não sei, não estou lá dentro. Falando um bocadinho a sério, sou um dos críticos de Mariano desde que chegou e ao mesmo tempo que aplaudo o esforço e a dedicação que coloca em todas as jogadas de que faz parte, não é um jogador constante nem me parece extraordinariamente inspirador para poder ser eleito capitão de equipa, ainda que numa fileira recuada. Ao mesmo tempo que penso que se todos os jogadores do FC Porto tivessem a garra e determinação que Mariano mostra, seríamos campeões da Europa, não posso deixar de achar bizarro que este rapaz seja eleito sub-sub-sub-capitão.
Enfim, olhem para o ar e se virem um porco a voar…é normal, já vi coisas mais estranhas…
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Lei de Godwin


Tem sido uma semana do carago. Depois do empate do FC Porto no passado Domingo em Paços de Ferreira, seguido do mesmo resultado no Benfica vs Marítimo, toda a imprensa e entidades relacionadas com futebol (Federação, árbitros, jogadores e vendedores de bebidas alcoólicas) têm-se divertido à grande com insultos mútuos a Xistra e Soares Dias, entre grandes retrospectivas da qualidade das suas actuações e insinuações perniciosas quanto às afecções clubísticas de cada um dos indivíduos. Tenho-me mantido a curta distância desta feira, porém perto e sempre à escuta. É interessante aperceber-mo-nos dos excessos de linguagem e de avançadas teorias da conspiração (atente-se, nem todas erradas) que são colocadas na praça pública e que mais cedo ou mais tarde serão relembradas em mais um regresso ao passado, a realizar na próxima vez que um deles errar.

Toda esta algazarra me fez lembrar da Lei de Godwin, tão querida do mundo geek (de que faço parte) e que se define pela seguinte frase:
“À medida que duração de uma discussão aumenta, a probabilidade de haver uma comparação envolvendo Nazis ou Hitler aproxima-se de 100%.”

É simples, não é? E já chegamos a uma confirmação inequívoca da Lei, no site Futebolar. Aqui, no comentário de um certo Checobel (fazer scroll para baixo e lá encontrarão a referência).
É inútil lançar achas para a proverbial fogueira. Hulk apanhou dois jogos e mais não vale a pena comentar. Que goze o descanso e que volte com mais cabeça fria. É uma das coisas que precisa para render o que pode render. Os adeptos agradecem.
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