Nova cara

Arranquei com esta brincadeira em Maio de 2009. Com um template engraçadito que na altura descobri enquando passeava pelos meandros de sites gratuitos, enquanto tentava aproveitar o talento de outros para complementar a minha falta dele. Na altura, tinha um aspecto semelhante a este:

Em Julho de 2010, o Porta19 foi radicalmente modificado do seu formato original para um novo e reformulado aspecto visual. Foi na altura uma grande mudança, ainda nos tempos da plataforma da Blogger, que deu vida e exposição aos meus devaneios durante mais de dois anos. Gostei, ajustava-se bem ao que queria e a forte componente azul inundava os leitores com as cores do nosso coração, que guiam a alma da nossa sempre firme convicção que o FC Porto é o melhor clube do Mundo e arredores, como a Ana faz questão de proclamar no FCP para sempre, aquele humilde blog que presta um serviço ímpar todos os dias ao fornecer artigos directamente das bancas virtuais de um jornal que todos gostamos de ler. E foi assim que a alteração deu origem ao que o meu caro amigo, sim, você que agora lê estas linhas, se habituou a encarar de cada vez que digitava o endereço na barra do seu browser e vinha cá parar por acaso ou com bastante propósito. Tinha, como se lembra, este aspecto:

Deu muito trabalho adaptar este bébé ao mundo moderno, com ideias que não paravam de chegar e conteúdos que, felizmente, continuavam a fluir da demência da minha cabecinha. Tanto trabalho que à medida que continuava a crescer e a tornar-se de tal maneira impossível de manter num domínio “emprestado”, que tomei a decisão de avançar para o domínio próprio e em Fevereiro de 2011 nasceu o Porta19.com. Adeus, Blogger, olá WordPress.

Nos últimos tempos, quando olhava para a face daquele que criei (a metáfora é chão que continua a dar uvas, acreditem), não gostava do que via. Muita confusão, demasiada informação espalhada, excessivo ênfase no acessório e pouco no cerne do blog, naquilo que me faz dia após (alternado) dia sentar-me em frente ao computador e devastar as semi-apagadas teclas com a vontade de atirar cá para fora o que as sinapses vão disparando cá dentro.

Assim sendo, aqui têm a nova versão do Porta19. Mais simples, mais limpa…no fundo, menos. Menos entulho, menos lixo visual. Para lá do que podem ver neste momento houve poucas alterações. O logotipo é novo, simples, minimalista, honesto. A agenda foi “descolada” do template do Google Calendar que continua a ser a base (e o meu agradecimento à malta do Reflexão Portista que tem o trabalho de o actualizar a um ritmo quase diário) mas com um aspecto diferente. No topo, em vez da imagem estática da Porta do Dragão que dá o nome ao estaminé, terão uma imagem também estática com alguma relação ao nosso passado, mas que será sempre diferente quando cá aparecerem. As rubricas “Hoje nasceu” e “Neste dia”, com aniversários e jogos disputados na mesma data mas em anos anteriores, essas continuam e estão um pouco mais abaixo do lado direito. As ligações à restante bluegosfera estão ali também, no sítio do costume. No fundo da página, as ligações ao feed RSSFacebook e Twitter mantém-se alinhadas com o resto do design.

No fundo, a imagem que coloquei no topo deste post diz tudo. Pode não ser perfeito e o mais provável é que muita gente que gostava da disposição anterior não vai alinhar à partida com este novo alinhamento. Mas vão ver que se habituam. Primeiro estranha-se, depois entranha-se, yadda yadda.

Comentários aceitam-se, agradecem-se e encorajam-se. Como sempre.

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Breves considerações sobre as Quinas

  • De uma vez por todas temos de chegar à conclusão que não somos tão bons quanto pensamos que somos. Ou melhor, quanto somos pressionados a pensar que somos. Na equipa principal há três jogadores que são titulares sem contestação: Ronaldo, Coentrão e Moutinho. Haveria quatro se Ricardo Carvalho ainda fosse seleccionável, o que deixou de ser depois da parvoíce do abandono do estágio. O resto dos rapazes são simpáticos, bons jogadores mas não extraordinários. Para um Rui Costa há um Carlos Martins ou um Ruben Micael, para um Figo há um Varela ou um Nani, para um Pauleta há um Postiga, um Nuno Gomes ou um Hugo Almeida. E para cada uma destas opções, podiam-se juntar todos que não chegavam aos tornozelos de cada um dos primeiros. Não é triste, não é infeliz, é apenas factual. E quanto mais depressa toda a gente perceber isso, mais depressa chegamos à conclusão que não podemos pensar em grandes voos, pelo menos não de uma forma consistente e coerente.
  • É inegável que a solução para o centro da defesa não pode passar por uma dupla Bruno Alves/Rolando. Se resultou no FCP em 2008/09 (a espaços), claramente não está a resultar na Selecção. Pode ser que com o tempo voltem a readquirir os hábitos um do outro, mas não me parece viável a curto prazo. Leva-nos a pensar que o principal prejudicado com a saída de Ricardo Carvalho é, no fundo, o país. E esse “caso”, que seria de tão fácil resolução ainda dentro do estágio, ganhe uma importância maior e dê mais razão ao jogador (que não teve) que ao treinador (que também não teve). No fundo, misturou-se impertinência com prepotência. E deu borrada, como sempre.
  • Sem um trinco “a sério”, considerando que nenhum dos extremos ajudam na defesa das alas, é impossível termos uma equipa estável e com garantias defensivas a um mínimo que se possa considerar decente para uma equipa que quer chegar a qualquer lado num Europeu. Lembram-se de André, Paulo Sousa, Petit ou Costinha? Onde está um rapaz desse calibre hoje em dia nas nossas convocatórias? Não há. Temos de arranjar um, nem que seja naturalizado. Sim, eu não quero saber se o gajo é Português-Figo ou Português-Obikwelu, desde que queira jogar com garra e orgulho.
  • Queiroz não conseguiu estar calado. Fica-lhe mal. É sempre ridículo ver alguém aparecer a clamar melhores competências depois do leite estar derramado. Por cortesia profissional devia ser solidário com Paulo Bento. E de qualquer maneira não pode dizer rigorosamente nada sobre o trabalho do seu sucessor, porque depois daquele empate a quatro golos com Chipre devia procurar o bunker onde Hitler bateu as bootens e enfiar-se lá dentro. Sem internet nem webcams.
  • Uma equipa que alinha com João Pereira e Eliseu como melhores opções para titulares nas laterais não pode aspirar a nada mais que um playoff. E estou a ser simpático.
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Votação: Quem vence a Carlsberg Cup?

Esta foi simples e directa: “Quem vence a Carlsberg Cup?”. Depois do jogo, eis os resultados que já não trazem nada de positivo, mas ainda assim cá estão eles:
  • FCP nos 90 minutos: 58%
  • FCP em penalties: 6%
  • SLB nos 90 minutos: 32%
  • SLB em penalties: 3%
É engraçado ver que a confiança dos portistas ainda estava em alta antes do jogo…

Próxima votação: Jesualdo deve dar oportunidade a sub-19s no ataque?
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Baías e Baronis – Benfica vs FCP




(foto retirada do MaisFutebol)


Se formos a analisar a performance do FC Porto durante toda a partida, acabamos por embarrar na mesma parede mental na qual temos vindo a constantemente cabecear durante toda a temporada: somos fracos. Mentalmente, tecnicamente, tacticamente, em todos os aspectos estamos abaixo do nível ao qual estávamos habituados desde que Jesualdo Ferreira tomou o leme. O jogo de hoje mostrou um FC Porto quezilento, com pouca capacidade de rotação da bola e de controlo da partida, sempre mais lento que o adversário, a perder duelos constantemente e a não conseguir de forma nenhuma contrariar a dinâmica muito mais agressiva (no bom sentido) e audaz da equipa que hoje enfrentamos, aquela que será muito provavelmente sagrada campeã nacional daqui a umas semanas. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Rodríguez. O rapaz não parou todo o jogo. Pode não ter sido muito eficaz (onde diz “muito”, leia-se “nada”), mas lutou, esforçou-se e foi dos poucos que tentou arrastar a equipa para a frente, no meio do marasmo que se via no resto da equipa. Faltou-lhe apoio, claramente, mas mesmo sem o ter, Cebola tentou sempre forçar jogadas ofensivas, tentando entender-se com Álvaro Pereira, jogando ao lado de Falcao e descaindo para as alas sempre que possível. Merecia um golo.
(+) Falcao. Mais uma vez, um dos mais esforçados, numa luta inglória entre os centrais, tentando dominar a bola (o que nem sempre lhe saiu bem) e esperar pelo apoio, que apareceu no máximo duas vezes durante o jogo.
(+) Fernando. Qualquer portista que acompanhe minimamente os jogos da equipa tem-se apercebido da falta que o brasileiro faz no meio-campo defensivo. Nem Tomás Costa nem o pobre Nuno André Coelho, atirado às feras no Emirates Stadium, conseguiram fazer esquecer a forma como Fernando domina a sua zona quando está em forma. Hoje, ainda que não tenha conseguido impedir a derrocada no resultado, tentou lutar com as forças que tinha contra a melhor organização do meio-campo benfiquista. Fica o bom esforço.
(+) Benfica. Quando se ganha dá gosto atirar uma ou duas boquinhas ao adversário, só para rejubilar no prazer de uma vitória. No entanto, quando se perde, há que saber perder com dignidade e humildade, particularmente quando o adversário prova ser melhor que nós em campo. Foi isso que aconteceu hoje no Algarve, onde o Benfica, a jogar a passo, chegou e sobrou para nos vencer por três a zero. Limpo. Parabéns, Ruben Amorim (melhor em campo) e Jorge Jesus, que me surpreendeu na flash interview, comovido e a dedicar a vitória ao pai. Espero que para o ano cá estejam para nos dar os parabéns a nós. Se merecermos, claro!
BARONIS
(-) Bruno Alves. No jogo contra a Académica, escrevi o seguinte: “Bruno Alves reclama com árbitros com uma atitude quase intimidatória e excessivamente agressiva; age impulsivamente e sempre com nervos em franja perante os adversários, arriscando inúmeros cartões vermelhos com pequenas quezílias que um dia destes, quando os árbitros perderem o medo, lhe vão mostrar; está a facilitar em demasia em zonas defensivas, raramente pressionando o avançado que lhe aparece na frente (lembram-se do Bruno Alves a fazer um carrinho em algum jogo este ano?) e acabando por fazer faltas em áreas recuadas que levam perigo para a própria baliza. Bruno parece instável e nervoso, e essas são qualidades que num capitão de equipa se acabam por transmitir para o resto dos jogadores.“. O jogo de hoje foi tirado a papel químico do jogo de semana passada. Analisarei o momento de Bruno Alves num post nos próximos dias, mas fica uma pequena frase que espelha a minha opinião sobre o que se passa com o nosso capitão: há que saber perder. Sobre o jogo e o comportamento de hoje não há muito mais a dizer, apenas o seguinte: um capitão de equipa, líder de homens e alguém que se quer que seja um modelo a seguir, não pode ter reacções absurdamente violentas e agressivas como as de hoje.
(-) Intranquilidade. A incapacidade técnica, juntamente com as lesões, os casos extra-relvado e a falta de motivação acabaram por transformar este final de época num pesadelo, o que se reflecte dentro de campo. Os jogadores reclamam uns com os outros, sem capacidade para fazer mais e melhor. Ninguém me convence que os rapazes de azul-e-branco são tão maus quanto o que mostram em campo.

(-) Claques. Desta vez não pode haver atenuantes. O clube tem de reagir perante as atitudes animalescas que se viram a caminho do Algarve. Sim, incluo tudo no mesmo lote, aquela malta tem atitudes de gado e tem de ser tratado como gado. Quanto às bastonadas da Polícia que deixaram alguns hematomas pelo caminho, é simples perceber que quem vai misturado com gado tem de se aperceber que arrisca ser tratado como gado. E já tendo trabalhado num matadouro, sei bem como se deve tratar gado.



E cá vai mais uma frase que já me começa a cansar ter de proferir no final dos jogos: perdemos bem. É triste admiti-lo mas estamos num mau momento do qual este ano creio ser muito pouco provável conseguirmos sair. O campeonato ainda não acabou e ainda temos a Taça de Portugal para tentar vencer, mas ainda que o consigamos, servirá de pouco consolo às fraquíssimas exibições e à falta de garra e organização que consecutivamente mostramos em campo. Mas levantemos a cabeça, am
igos! Temos de saber perder, dar os parabéns ao adversário por uma vitória limpinha, por merecer e por fazer por merecer. E venha a próxima manhã, que há treino…
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Baías e Baronis – Académica vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)

Mais um jogo para uma competição menor, mais uma exibição medíocre, mais uma imagem triste e fraca que se passa para o exterior, comprovando que as segundas linhas não têm capacidade para lutar com as opções principais. Para as notas que se faz tarde e as pessoas têm de trabalhar:

BAÍAS
(+) O centro da defesa safou-se razoavelmente bem, particularmente na segunda parte. Maicon e Nuno André Coelho (mais o luso que o brasileiro) estiveram em bom plano, entenderam-se bem nas dobras e não deram grandes hipóteses aos avançados da Académica, que se limitavam a estourar para a baliza quando tinham espaço, quase sempre mal.
(+) Fucile. Com um adversário muito complicado pela rapidez que mostra em todas as jogadas, esteve bem na marcação e acabou por mostrar, contra o meu habitual julgamento de ser um jogador pouco motivado para jogos inócuos, que é o único que jogou ontem a titular que terá hipótese de ser titular na equipa principal. Sem dúvida. Miguel Lopes não esteve mal, mas nota-se que precisa de estar mais calmo, o que só se ganha com mais jogos.
(+) Mariano não esteve mal, tendo em conta as limitações que todos lhe reconhecem. Lutou muito, conseguiu passar uma ou duas vezes por mais que um adversário na mesma jogada, e não fosse o facto de ter os pés virados para Meca e não conseguir fazer um passe de morte correcto se a vida dele depender disso…e até podia ser uma boa opção.
BARONIS
(-) Compreendo que não é por enfiar 11 gajos dentro de campo que se pode dizer que temos uma equipa. Ainda assim, é frustrante ver noventa minutos de um jogo fraco, com poucas oportunidades de jogo, a contar para uma competição que ninguém quer, a horas que ninguém gosta e com um relvado quase impraticável. Esta Taça da Liga é um horror.
(-) Farías. Sempre lento, nunca se conseguia antecipar aos adversários e perdia constantemente a bola para os centrais. Fraco, como sempre, e continuo a não perceber o porquê de se falar em renovação…
(-) Tomás Costa. Não é um jogador calmo e pelos vistos nunca vai ser. Sempre que toca na bola e a perde, tenho a ideia que vai dar uma troçada no rapaz que lhe retirou a redonda e vai ser expulso com todas as regalias que tal acto oferece. Se tiver de optar por um substituto a Fernando, pensava várias vezes antes de escolher Tomás Costa. Não está a evoluir, ao contrário de Guarín, que apesar de não ter a maior clarividência quando tem a bola nos pés, ao menos ainda faz alguma coisa com ela.
(-) Valeri. Continua a queimar oportunidades de mostrar serviço, rapaz, vais longe…não é que tenhas sapatos grandes para calçar, o teu número nem era assim tão importante para a equipa nos anos anteriores…
Fraco, feio ou horrível? Escolham, porque uma destas palavras qualifica o jogo de ontem. Se quiserem escolher as três, ninguém se opõe…
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