Avizinham-se problemas tecnico-clubístico-temporais

Um curtíssimo post para anunciar que aqui o tasco pode sofrer de alguma inconsistência temporal na publicação de posts durante os próximos tempos, algo que raramente se verificou no passado. A razão é esta:

Quem já foi pai, decerto que perceberá. Quem não foi, acredito que também vai entender. Não quero com isto dizer que me vou afastar das lides bloguísticas, nada disso. Mas se demorar mais tempo a escrever uma crónica ou uma análise ou se falhar alguns jogos do FC Porto ao vivo e tiver de os ver em directo ou diferido pela têvê, o motivo é o que está na foto. E desde já prometo que vou tentar fazer da miúda uma portista ferrenha, que para quem já me lê há algum tempo e conhece a minha história, sabe que a tarefa será árdua. Talvez se for cantando o hino do FC Porto enquanto mudo uma fralda ou embalá-la com alguns onzes famosos ou narrações de jogos grandes da nossa história quando a puser a dormir. Estou a pensar em estratégias práticas e aceito sugestões.

Desejem-me sorte. Vou precisar.

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1×10^6

Com o épico final de época e os preparativos para a que aí está a caminho, ia-me esquecendo de bufar um pouco a minha própria corneta e anunciar que este blog chegou ao milhão de visitas. Não é muito, entenda-se, se considerarmos que já existe há quatro anos, mas devo dizer que é um número que me agrada. E foram quase 1700 posts totalizando cerca de 615 mil palavras escritas que receberam mais de 9700 comentários, muito vernáculo, alguma arrogância, temperadas com um misto de parvoíce e racionalidade que é, admito, uma espécie de imagem de marca.

Já chega de números. Obrigado, malta, por cá aparecerem e por me motivarem incessantemente a continuar. Mentiria se dissesse que não fico todo contente quando gostam do que escrevo, mas também não posso ser falso ao ponto de acreditar que concordam com tudo. Estive errado muitas vezes e acertado em diversas ocasiões, tantas quantas a hubris me permite afirmar. E os comentários discordantes são aceites e bem vindos, porque é da multiplicidade de ideias e opiniões que um blog vive, mesmo que seja escrito só por uma pessoa.

Continuarei ao meu ritmo. Com vitórias e derrotas, mas acima de tudo com vida e vontade de melhorar sempre o meu clube. Cá vos espero para me dizerem se estou a andar pelo caminho certo.

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Gone, blogger, gone?

Apaguei trinta e um blogs portistas da minha lista de links.

É curioso perceber que à medida que o tempo vai avançando, as modas vão mudando a um ritmo que me faz sentar numa qualquer cadeira, encostar as costas atrás e sentir as alterações no meu mundo de uma forma tão crua, tão dura, tão difícil de digerir. E sei, pela experiência que já vou tendo depois de mais de quatro anos desta brincadeira que é tão séria quanto a deixo ser, que há uma flutuação permanente na capacidade de escrita, na vontade de escrever e na própria forma como se escreve. E ao passo que quando arranquei havia pouco mais de vinte blogs portistas, a verdade é que já vi malta a aparecer e a desaparecer tão depressa que nem sequer cuidaram de deixar a sua marca numa comunidade que tem tanto de dinamismo como de frustração.  E a chegada de meios tão tecnologicamente astutos e convidativos como o Facebook, juntamente com dezenas de outras redes sociais que copiam ideias uns dos outros tão facilmente como as anunciam como grandes inovações da humanidade, fizeram com que o mundo dos blogs começasse a definhar e a perder a vivacidade que outrora foi a imagem de marca do que é, foi e será o acto de opinar na internet.

Hoje olho para a lista e vejo cinquenta e um blogs listados.

No início de uma nova temporada, que arranca hoje para uma sequência de tantos meses de emoções, lutas titânicas, desilusões e festejos intrinsecamente ligados ao evoluir normal de uma competição desta natureza, assumo o papel de Velho do Restelo com todo o estigma que lhe está associado. Recuso-me a aceitar que a opinião fundamentada, pessoal e completamente transmissível pelos bítes e baites dos tubos interligados, se deixe cair num fosso que canalize para duas fontes apenas o “textbyte” absurdo do comentário rápido ou a longa análise em jornais e revistas da especialidade. E apelo ao resto dos bloggers que não cedam ao marasmo da “boca” e da tirada parva, dos loles e das insinuações de uma linha terminadas em insultos rápidos e torpes.

Continuem a dar a vossa opinião, mas tentem fazê-lo usando mais de um parágrafo.

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