Ouve lá ó Mister – Vitória Guimarães

Amigo Vítor,

Há uma semana, enquanto saía do caos que estava em Aveiro depois do jogo, ia pensando em ti. Devias estar bem disposto, com uma taça de prata numa mão e outra taça de espumante na outra, a primeira prova superada e a malta satisfeita. E o jogo, que não foi fácil, acabou por confirmar tudo o que pensava sobre ti e os nossos rapazes: o saber está aí, só faltam as pernas.

Mas hoje, pá, tens a oportunidade perfeita para entrares a sério na Liga. É que isto de Supertaças e outro tipo de Taças cá na pátria, interessam pouco, sabes disso. O que conta mesmo para o povo é o campeonato, não tenhas a mínima dúvida! Podes ganhar 29-0 ao Rio Ave para a Taça do Ligueiro ou dos Suspensórios ou lá como se vai chamar este ano aquilo que era da cerveja, mas se não ganhares no campeonato, acredita que o pessoal começa a ficar chateado. Também é verdade que vais ter uma pressão extra, já sei. Afinal estamos sem perder no campeonato desde Fevereiro de 2010!!! São 532 dias sem perder!!! É obra, rapaz.

E lembra-te que no ano passado foi neste estádio que perdemos os dois primeiros pontos, naquele jogo parvo em que estivemos mais que bem na primeira parte e depois começámos a brincar às casinhas na segunda e o estupor do mouro do Faouzi (sim, mouro, esse é mesmo mouro) lá percebeu que o Fucile estava a dormir e lixou-o. O que interessa mesmo é ganhar o jogo, vingar esse empate do ano passado e ganhar avanço logo desde o início do Benfica e do Sporting. E não era tão bonito limpar a sequência contra estes rapazes, com três vitórias em três jogos seguidos em três estádios diferentes? Faz lá o favor à malta, homem!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FC Porto 2 vs 1 Vitória Guimarães

foto retirada do Maisfutebol

Fui a Aveiro bem disposto e saí de lá com o mesmo espírito. Uma final é uma final e não há espaço a jogos espectaculares nem a exibições fabulosas. O que interessa mesmo nestas alturas é a vitória, e se o jogo calhar de ser mais feio, não fico incomodado por causa disso se a taça no final acabar nas nossas mãos. Hoje, depois de saudar o autocarro da equipa ainda no exterior e à medida que me ia aproximando do meu lugar na bancada, vestido na minha camisola de 1996 (adidas, revigrés e telecel. ah, nostalgia!), era essa a forma como pretendia mergulhar no jogo. No entanto, além das excelentes jogadas com que começamos a partida, há ainda algumas coisas a melhorar, particularmente na zona defensiva. O ritmo de jogo foi de final, de contenção e de segurança, mas quase era deitado por terra pela mesma pessoa que proporcionou as duas grandes explosões de alegria. Sim, vou bater no Rolando, logo depois de o elogiar. Vamos a notas:

 

(+) Souza Como Fernando parece estar a ser encaminhado para fora do clube com a mesma discrição de um remate do Hulk, Souza aparece como o principal candidato ao lugar. E se continuar a fazer jogos como o de hoje, não vai ter dificuldade em sujar equipamentos todas as semanas. Impecável na intercepção, rijo e agressivo q.b., foi o trinco que precisávamos e ainda ajudou nas saídas com a bola dominada, rodando fácil para os colegas principalmente para Fucile, do lado esquerdo. Pareceu um jogador motivado, diferente, mais controlado e menos impulsivo. Espero para ver mais alguns jogos mas a evolução é notável.

(+) Rolando (os golos) Um central goleador, como Rolando, não é usual. Dois golos numa final ainda menos, e Rolando apareceu no local certo por duas vezes e deu o troféu à equipa. Acaba por ser um rapaz que não tendo uma movimentação muito agressiva na área adversária consegue ainda assim descobrir o local correcto para corresponder aos cruzamentos que são bombeados para a área, muitos deles com a precisão de um passe de letra do Sonkaya. Muito bem no ataque (abaixo vem a desancadela).

(+) Fucile Mais um jogo de querer, de garra interminável do meu uruguaio preferido. Se tivesse um pé esquerdo remotamente decente ainda podia ter somado mais à performance, porque o corredor foi todo dele já que Varela insiste em produzir pouco mais que uma abóbora de chuteiras, e Fucile arrastou o jogo todo enquanto pôde, furando pelo corredor fora, ganhando bolas pelo chão e pelo ar. Apesar de se notar a diferença para Álvaro que é mais prático, mais rápido e cruza bastante melhor, Fucile continua a ser um jogador que deve ser mantido no plantel pela versatilidade e espírito de luta que coloca em todos os lances. Quando não se arma em parvo, claro.

(+) Sapunaru À imagem do colega do outro lado, Sapu devia ser um case-study para o futebol nacional. Quando cá chegou era a representação física de um “choninhas”. Simples, tímido, e pouco audaz, parecia ser mais um rapaz para ser encostado depois da fogacidade de Bosingwa. Entra o “túnel-gate” e uma viagem de avião com a selecção com álcool ao barulho, e Sapunaru transformou-se. Hoje em dia pega na bola e faz o corredor até ao fim, apesar de na primeira parte ter ficado preso pela presença de Targino (um dos jogadores mais sobre-valorizados do nosso futebol desde o Cadete), mas mal arranjou um ou outro espaço era ver o romeno a voar baixinho pelo flanco fora. Depois do jogo, é vê-lo a pedir uma bandeira à claque e a levá-la para o campo como se fosse portista desde pequenino. Soube ganhar o apoio dos adeptos e continuará a tê-lo, desde que se mantenha com a sobriedade que nos habituou. Dentro e fora de campo, porque um vodkoólico merece sempre o meu apoio.

(+) A letra de Hulk É raro ser tão “menina saltitante” a analisar os jogos, mas não resisto: o cruzamento para o primeiro golo foi uma obra de arte.

 

(-) Rolando (as falhas) Ora cá vamos então: não sei se foram os dois golos que lhe deram a volta à cabecinha, ou se é fã de numerologia e de teorias de coincidência cósmica, mas se excluirmos os golos, Rolando foi uma granada sem cavilha hoje à solta no Municipal de Aveiro. Falhou vezes demais em zonas perigosas, e não fosse o par de golos tão importantes que marcou e teria um Baroni ainda maior. Atrasos mal calculados, passes de risco, reacção lenta demais para a rapidez dos avançados contrários…falhou mais que Maicon, o que só por si diz tudo. Como nem todos os jogos vão contar com um “bis” de Rolando, espero que tenha sido um jogo acidental e acidentado em todos os sentidos.

(-) João Moutinho Quando não joga bem, o FC Porto não joga bem. Moutinho esteve hoje abaixo do normal, falhando tanto no timing dos passes como na escolha dos caminhos certos para pisar com a bola, o que é estranho e pouco habitual. Acho mesmo que é a primeira vez que dou um Baroni ao nosso João, o que torna ainda mais incomum esta exibição apagada. O calcanhar para o cruzamento de Hulk é excelente, mas o que me fica do jogo é a incapacidade de ruptura e de rotação de bola a que Moutinho nos habituou, e a equipa sofreu com isso porque Ruben, com toda a boa vontade que mostrou, nunca conseguiu produção suficiente para si…e para substituir o colega.

(-) Adeptos do Vitória Que raio de gente é que se vai embora do estádio ANTES da equipa subir ao palco para receber a medalha?! Durante o jogo cantam e apoiam, mas quando a equipa acaba por não obter o resultado que gostavam de ver, “vamos embora que se faz tarde e depois está trânsito”? Já no Jamor tínhamos sido brindados com esta visão, um enorme grupo de adeptos amuados com a vida e com o mundo, incapazes de demonstrar o carinho pelos jogadores que tão ostensivamente exibem antes e durante do jogo. São falsos, hipócritas, que só estão bem quando vencem e deitam tudo fora quando perdem. É gentinha com g pequeno.

 

Mais uma Supertaça. Com esta já vamos em dezoito que vão estar no museu em Abril de 2012, mas esta simboliza mais que isso. Mostra que o estilo de jogo não mudou, os jogadores são os mesmos e sabem que têm de continuar a difícil tarefa de vencer e convencer, porque o nível do ano passado não vai ser esquecido pela maioria dos adeptos. Uma boa parte dos que estiveram este Domingo em Aveiro não voltarão a ver o FC Porto a jogar esta temporada, mas eu e muitos outros vamos continuar a assistir aos jogos tanto fora como no Dragão, e gostei de ver que o nível se manteve. É preciso subir o rendimento e recriar hábitos de jogar contra equipas que defendem com onze, mas as bases estão sólidas. Ainda bem.

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Ouve lá ó Mister – Vitória Guimarães

Amigo Vítor,

Agora é que começa a doer, homem. Este Domingo, contra a malta da terra do Afonso, estás perante o primeiro monte da época. É preciso trepar, pá, é preciso subir ao cume desse pico e dizer bem alto a todos os portistas, cépticos e crentes, que estamos vivos, que não desaprendemos de vencer durante as férias e que até contagiamos os outros com a vontade de ser sempre primeiro…ou achas que o Uruguai ganhou a Copa América por acaso? Havia lá dois dos nossos, e só tiveram sorte porque o Maxi teve um flashback para 2009/2010 e percebeu “ah, é este o doce sabor do triunfo…puta madre, já nem me lembrava, coño!”, senão ainda estavam a chutar bolas à baliza do Villar. E todos nós acreditamos que mesmo tendo perdido aquele jogo com o Lião (por muito que me custe perdoar-te por perderes contra uma equipa a jogar de cor-de-rosa…olha que até o outro “lião” se empertigou todo quando viu o tom das shirts da Juve e inverteu o tradicional curso da natureza, com a gazela do pai da Lyonce a cravar duas setas nos da velha senhora, mas isso já lá vai não é verdade?), que por sinal até foi bem entretido, a equipa vai chegar a Domingo a espumar das ventas.

Mas o Guimas que não te engane…olha que eles são sempre matreiros, não andam a jogar um remate-de-Mariano nesta pré-época mas quando chegam à parte que magoa parece que se lhes levanta a moral e vão em frente! Ainda por cima lembra-te que não vais ter o puto James que lhes deu água p’la barba no Jamor, o Álvaro e o Cebola ainda estão a encher o bandulho esparramados ao sol e o Falcao e o Guarín ainda estão a começar a suar o deles. Se fosse a ti, que não sou, mas se fosse, apostava na mesma equipa que meteste contra o Olympique Licha & Cª. Sem inventar muito, jogar simples, jogar prático, jogar com calma e confiança de campeão.

E já sabes que 1-0 chega, até meio-zero como disse à gaja da TVI que ainda no aeroporto me espetou o microfone no focinho antes de sair para Dublin, agora se pudéssemos arrancar a época como a terminámos…então isso é que era lindo. Mas não te preocupes muito com marcar muitos golos. Interessa-me ganhar, porque o Museu abre em Abril e já lá está o espaço reservado para mais esta. Força aí nessas canetas, olha que vou estar lá na bancada para aplaudir!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Guimarães 2 vs 6 FC Porto

 

foto retirada de MaisFutebol

 

Tinha planeado ir ao Jamor para ver o jogo mas à última hora não me foi possível deslocar lá abaixo. Foi pena, porque a forma como o FC Porto estatelou o Guimarães foi excitante, imperiosa e acima de tudo sem contestação. É verdade que aquele penalty, a entrar, poderia mudar um pouco o rumo do jogo, mas senti que a equipa estava solidária e pronta a lutar para manter ou ampliar uma vantagem que nos mereceu desde o início. Acabamos a temporada em grande e ficam as quatro taças conquistadas como marco indelével de uma época que fica nas nossas mentes e corações por muitos anos, em que pontificam vários nomes, um por taça: Varela na Supertaça, Hulk no Campeonato, Falcao na Europa League…e James na Taça de Portugal. Agora, meus amigos, só em Julho!

 

(+) James Quem viu este puto no início da temporada, franzino, leve demais, a cair ao primeiro contacto, com medo da bola, da relva e dos adversários…e o vê agora, dificilmente pensa que é o mesmo. O talento de James viu-se hoje em Oeiras e não apenas pelos três golos que marcou, principalmente porque o primeiro e o terceiro foram jogadas de pleno oportunismo que tendo o seu mérito acabam por não espelhar o que fez em campo. Saliento o cruzamento para o golo de Varela e o segundo golo, em que teve a presença de espírito para dominar a bola na perfeição, deixar passar Nilson e empurrar a bola para a baliza que não lhe apareceu deserta mas que James soube desertar. Foi lindo de ver e afirmou James como um dos melhores suplentes da Liga em 2010/2011. Será titular no próximo ano? Se mantiver o nível, é bem possível.

(+) Hulk Caiu um bom pedaço na segunda parte porque está a jogar com cansaço evidente, mas hoje notei que não se fez notar a diferença de jogar ao meio ou na ala porque raramente esteve no centro do ataque. Descaiu quase sempre para a ala e conseguiu por várias vezes desfazer os rins a Anderson Santana ou a Alex. O mais curioso no jogo de Hulk é também o seu handicap, se bem que é complicado aplicar este conceito ao estilo dele. Explico. Quando a malta critica Hulk pelas bolas que perde nos lances em que enfrenta meia-equipa adversária e tenta furar, é preciso perceber que quando Hulk está nestas situações raramente tem apoio dos colegas. Está uns bons 20 metros à frente de todos e nessa situação, o que esperam que o rapaz faça? Ou tenta romper por entre os defesas usando o corpo e a velocidade e rematar quando puder…ou espera pelos colegas e arrisca-se a que a defesa se reposicione e se perca uma potencial oportunidade de golo. É um problema que ninguém poderá resolver a não ser ele.

(+) Beto Ia criticar o moço pelo segundo golo do Guimarães porque a bola lhe passou muito perto e podia ter feito mais, apesar da velocidade da bola e da boa técnica de cabeceamento de Edgar. Mas está perdoadíssimo pela defesa ao penalty do mesmo Edgar e somou mais algumas boas defesas na segunda parte, uma das quais em um-para-um com…Edgar, e foi mais uma vez importante a manter a baliza sem bolas a roçar pelo lado de dentro em jogo corrido. Nunca será titular enquanto Helton estiver ao nível que tem exibido, mas é um suplente de grande qualidade.

(+) A primeira parte das duas equipas Sete golos em 45 minutos é obra. Mais que o número de golos, a intensidade com que o jogo foi jogado, sempre leal e com uma agressividade positiva a fazer corar tanta equipa por aí fora, com incerteza no resultado, respostas rápidas de parte a parte, bons remates, excelentes desmarcações e um jogo de futebol que foi totalmente antagónico em relação ao de Dublin. O Guimarães nunca desistiu e aproveitou o flanco esquerdo da nossa defesa com um empenho notável, marcou dois golos e conseguiu enervar o FC Porto ao ponto de fazer Fernando falhar muito mais do que é normal, abafando as costas do nosso meio-campo com a velocidade de Faouzi e Targino pelas alas. Nós, reagindo, fazíamos bolas rolar para Varela e Hulk, com Belluschi, Moutinho e James sempre a controlar o tempo de jogo e a furar quando possível pela barreira de João Paulo (mais atrás) e Renan (mais na frente). Empolgante!

 

(-) Fernando “Mas que jogo mais ridículo fizeste hoje, Fernando!”. Esta foi a frase com que comecei o “Baroni” de Fernando no jogo contra o Braga em Dublin. E hoje foi mais uma exibição para lembrar sempre que fôr a entrar em campo, para ver se percebe que não pode voltar a ter falhas tão graves como hoje. Um jogo mau acontece a qualquer um, mas quando o mesmo jogador faz dois jogos seguidos ao mesmo nível, neste caso inusitadamente baixo, é preocupante. O penalty, por muito que o jovem de branco tenha voado para o chão mal sentiu o ombro nas costas, é bem marcado, e surge a partir de (mais) uma falha de Fernando, que parece estar a pedir férias há algumas semanas. Bem precisa, ele e nós dele.

(-) Bolas paradas Pela enésima vez: uma equipa deste nível não pode sofrer dois golos de bola parada numa final. Não pode, é inadmissível, por muito que o primeiro tenha sido auto-golo, que duas bolas entrem na nossa baliza a partir de pontapés de canto. Se há atenuantes no primeiro, porque foi Rolando que atirou a bola quase para dentro e Álvaro limitou-se a confirmar a parvoíce, no segundo golo é incrível ver o Incrível distraído a ver Edgar a aparecer cheio de vontade e cabecear com todo o conforto que precisava. Compreendo que a marcação zonal leve a maior probabilidade de lances similares, com os atacantes a terem vantagem quando surgem de trás, mas é preciso que os defensores avancem e ataquem a bola com agressividade. E não vi isso hoje.

(-) António Tadeia Quem viu o jogo pela televisão, assistindo aos comentários de António Tadeia na RTP, deve ter pensado em ir buscar um leve calmante para tentar relaxar enquanto ouvia a fel que ia brotando da boca do comentador. Pois era tão engraçado perceber que todos os golos do FC Porto nasciam de falhas defensivas do Guimarães, nunca por mérito dos avançados. Até o meu pai que estava a meu lado e que raramente liga a essas coisas reparou que “o fulano está a ser exagerado e não tem razão nenhuma”. Pois está. Está sempre. E continua a ter emprego…porque será?

 

 

Um final perfeito para uma época perfeita. Se os perenes críticos tinham ficado semi-satisfeitos por poderem mandar abaixo a épica vitória na Europa League, estou em crer que desta vez se vão calar. Em boa-hora. As férias que aí vêm podem mudar muita coisa, especialmente na composição do plantel que não está imune a ser alterada porque tudo vai depender de onde a malta lá fora vai decidir investir. Mas ninguém pode tirar o nível e a glória de uma temporada que vai ficar na memória de todos como uma das grandes épocas de todos os tempos. Quatro troféus, o regresso dos adeptos ao lado da equipa, um treinador que marca pela diferença da sua inteligência e astúcia e um grupo de jogadores que nos faz vibrar e sorrir. Parabéns, minha gente, vão lá de bacances, merecem o descanso que vão ter.

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Ouve lá ó Mister – Guimarães

André, conquistador de Portugal e da Europa!

Já acabaram os adjectivos para qualificar o que esta época tem vindo a despertar nos adeptos Portistas. A viagem que fiz a Dublin, com todas as condicionantes de tempo e dinheiro, foi uma orgia de emoção, companheirismo e verdadeira alegria, proporicionada em partes iguais por ti e pelos jogadores. Não me deves ter visto a acenar quando o autocarro passou, afinal eu era só mais um num conjunto de dezenas, centenas, milhares de homens e mulheres de azul-e-branco que viram os heróis de mais noventa minutos a passar por eles e vibraram mais uma vez. Nunca o som de tantas vozes a gritar “Venceremos, venceremos outra vez!” ecoou tão alto, André, e cumpriste os nossos pedidos com a dignidade de um mestre. Como diz o amigo Vila Pouca, as finais são para vencer, ainda por cima depois de jogarmos tanto contra a Juventus e termos perdido.

E esta, a de hoje, é “só” mais uma. As grandes similaridades entre este confronto e o de Dublin, ambos finais com duas equipas portuguesas, as duas do Norte, uma do Porto e outra do Minho, acabam aí. Entram aí as pequenas grandes nuances de rivalidade, como tu bem conheces, entre as duas equipas. E esta final, tal como a da passada quarta-feira, é para ganhar.

Sim, já sei que a equipa está presa por arames, ainda por cima sem o Radamel e o Nico. É lixado mas uma época com quase 60 jogos acaba por dar cabo das pernas de muitos, só tens de conseguir dar a volta por cima e desenrascar, como um bom tuga, a melhor alternativa possível, especialmente na frente. A central, parece-me que o Maicon serve. Na frente…só tu podes dizer quem é o melhor. Joga o Hulk ao meio e o James na ala? Ou trocas o Falcao pelo Walter e siga? Tu é que decides, pá!

São só mais noventa minutinhos e vamos todos de férias. Temos muito que descansar, muita família para visitar e sono para dormir. E imagina isso tudo com mais um troféu no bolso…

Ganhar a Supertaça? Muito bom.
Ganhar a Supertaça e o Campeonato? Excelente.
Ganhar a Supertaça, o Campeonato e a Europa League? Genial.
Ganhar a Supertaça, o Campeonato, a Europa League e a Taça? Priceless.

Sou quem sabes,
Jorge

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