Baías e Baronis – FC Porto 0 vs 0 Borussia Mönchengladbach

foto retirada de fcporto.pt

 

Chegam atrasados estes B&Bs, mas devo começar por dizer que vi o jogo num estado lastimável, acabado de chegar a casa mas ainda com uma espécie de camada de pó e sujidade que assentava no corpo como queijo numa francesinha e que por imperativos estomacais teria de ficar mais umas duas horitas a germinar tudo que era bactéria até que pudesse ser raspada. Não se preocupem, já está. Voltando ao jogo. A análise devia limitar-se apenas aos primeiros 25 minutos, onde o FC Porto parecia a mesma versão de 2010/2011 na altura pós 5-0, com alguma lentidão mas com os processos bem inteligíveis, trocas de bola fáceis e fluidas e poucas situações de perigo a não ser as arrancadas de Hulk. O jogo estava interessante apesar da chuva e do terreno molhado, mas o brasileiro teve um “momento 2009” e não resistiu a chatear o árbitro mais enojante desde que Bruno Paixão apareceu no panorama nacional. Ganhou-se pouco do jogo e o que podia ter sido um bom treino ofensivo acabou por se transformar numa oportunidade para experimentar soluções quando estivermos a jogar com menos um jogador. Meh. Pouco mais. Vamos a notas:

 

(+) João Moutinho Está cada vez mais “patrão” no meio-campo e não há nenhum jogador que se assemelhe a ele no plantel. Talvez Ruben Micael ou Castro (com dois ou três Valiums no papo) poderão ser substitutos do nosso 8, mas é complicado atingir o nível que Moutinho hoje em dia exibe. A inteligência e o equilíbrio que continua a mostrar em campo, fugindo dos médios adversários enquanto procura um espaço para fazer o passe simples que cria perigo (não o passe complicado que pode ou não dar resultado) é notável e parece que está já quase em condições para começar a temporada.

(+) Hulk (o futebol) O que impressiona mais no que já vi de Hulk na pré-temporada é mesmo a capacidade física. O estilo está igual ao de ano passado, porque Hulk está muito mais “enabler” do que se tinha visto nas primeiras duas temporadas, por isso quando vejo Hulk a romper pelos defesas e a assistir colegas para golos, é normal. O que não é definitivamente normal é vê-lo a fazer exactamente o mesmo…a meio de Julho!!! Só podemos salivar a pensar na vantagem que podemos tirar de o ver nesta forma física no início da temporada, porque pode significar que mesmo sem um ou duas peças-chave, Hulk pode servir para resolver alguns problemas em jogos mais complicados.

(+) Sapunaru Esforçadíssimo, num terreno complicado e com adversários fortes, foi o melhor elemento da defesa portista que incluía um jovem ainda muito inexperiente, um careca que parece estar constantemente a fazer os mesmos erros e um capitão de equipa que não se sabe se fica ou não. Sempre rijo, sempre trabalhador, está a dizer a Fucile (ou a Danilo) que o lugar é dele, foi conquistado a pulso no Verão de 2010 e não vai ser fácil tirar a camisola ao romeno.

 

(-) Hulk (a conversa) Começo por defender Givanildo: o árbitro era uma real besta. Não teve a psicologia necessária para perceber que num jogo de pré-época a expulsão de um jogador é uma chatice porque os rapazes já estão cansados que chegue das tareias que levam nos treinos e acaba por estragar qualquer tipo de ensaio para uma equipa quando lida com situações como esta da forma que o fez. Foi arrogante e quis ser mais importante que os jogadores quando um árbitro só se deve mostrar quando fôr estritamente necessário e este não era um caso desses. Passando ao brasileiro: ÉS CAPAZ DE ESTAR FECHAR A MATRACA QUANDO UM ÁRBITRO TE CHAMAR À ATENÇÃO?! PARECES UM ADOLESCENTE BORBULHENTO, CARAGO!

(-) Varela Está na forma exactamente oposta ao que mostrou na pré-temporada passada. Lento, trapalhão, ainda não está com capacidade física suficiente para ser titular e tendo em conta que James estará ausente no arranque da temporada, talvez uma aposta em Djalma (ou mesmo Atsu) na extrema-esquerda não seria totalmente descabida. Ainda é cedo e terá muito tempo para melhorar a resposta que está a dar às cargas físicas, mas por agora quando a bola chega perto dele parece que sinto o jogo do FC Porto a travar e uma carga de tijolos a serem depositados nos pés do nosso Silvestre.

(-) Castro Tem de ter mais calma a jogar. Todas as vezes que vejo este rapaz com a nossa camisola parece que está a jogar como se estivesse sempre com um enxame de abelhas a picar-lhe as pernas e a fazer com que se enerve e deixe de saber jogar à bola. Homem, abstrai-te das cores que tens ao peito, mostra o que sabes e não te deixes incomodar com o ambiente, a equipa e os adeptos. O resto, acredita, vem por arrasto.

 

Depois de terminar o jogo deu para ver que o resto da malta teve hipótese de compôr os minutos com mais uma jogatina contra amadores. Desta vez com golos, como se quer. O que interessa é que o estágio no estrangeiro terminou e agora só me foco no jogo contra o Rio Ave e depois…siga para o Dragão, porque há festa no Domingo!

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Sete…dez…

Acabou hoje o estado de graça de Vitor Pereira. O próximo jogo vai ter transmissão televisiva e como até agora ainda não consegui ver um minuto de jogo corrido do FC Porto, não adianta comentar com grande fervor os resultados dos amigáveis.
No próximo fim-de-semana as coisas serão diferentes.

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Baías e Baronis – FC Porto 7 vs 0 GD Tourizense

 

foto retirada de fcporto.pt

 

Não vi o jogo. Ninguém a não ser a equipa técnica viu. Nem com uma imaginação fantástica poderia reproduzir o que se passou hoje no relvado do Olival, mas pensei nisso. Passou-se-me pela cabeça fazer uns B&Bs todos inventados, com jogadas magníficas, remates fulminantes, cabeceamentos certeiros e defesas acrobáticas. No entanto, possuído por um espírito de decência e para evitar que a malta pensasse que tinha acesso privilegiado a cassetes de video (ainda se usa disso ou agora é tudo em computador? estou a ficar velho…) internas do departamento de futebol do FC Porto, ficam as notas do que deve ter sido um jogo-treino agradável, pelo menos para nós:

 

(+) Sete marcados Que mais há a dizer? É um amigável contra uma equipa dois escalões abaixo. Golos dos novos? Bah, até o Alessandro marcou golos quando cá chegou nos 90s. O que interessa é queimar a gordura e perder a pança, amigos…

(+) Zero sofridos É sempre bom não sofrer golos. E admito mais: qualquer remate que o Tourizense tenha feito à baliza deve ter sido tão perigoso como um leão gordo sem cabeça. O Maniche, vá. Tenho dito, imprimam, siga.

(+) “K”s a marcar Aposto que é um novo recorde nacional, já que nunca uma equipa portuguesa tinha terminado um jogo com tantos golos marcados com jogadores que possuem a letra “K” no seu nome/alcunha. Hulk bisou, Kelvin marcou um e Kléber outro. Se tivermos em conta que James é um katraio e que Maicon continua a ser considerado por uma boa parte dos adeptos portistas como um kamelo, o recorde é pulverizado.


 

(-) Não vi bolha do jogo Parece que o facto do jogo ter sido “à porta fechada” acabou mesmo por impedir que a malta visse o que quer que fosse, nem corridas, nem imagens, nem golos, nem nada. Não me incomoda. E só é um Baroni porque estou com fome de bola. Bola, leia-se “bóla“, não é “bôla“, porque ainda outro dia no Senhor de Matosinhos comprei lá uma bela duma sêmea cheia de chouriço e carne de frango, com muito pouca gordura, impecável para um fim de tarde depois de chegar da praia, antes de enfiar uma saladinha cá dentro e pensar: “sim, sim, agora vou fazer dieta a sério, só mais uma cervejinha porque este calor dá cabo de um gajo!”. Enfim.

 

E…pronto. Portistas, para Marienfeld!

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