O que disse Barroso

“O resultado do Porto em Alvalade foi um grande resultado para o Porto, provou duas coisas que eu sempre disse, provou que o treinador do Porto não tem estatura para estar à frente do Porto, não sabe estar à frente do Porto, não sabe perder, não sabe empatar, não sabe estar em desvantagem, é uma coisa espantosa, eu vou-lhe dizer, eu não me lembro de ver tanta histeria no banco do Porto quando vi o Porto a perder 1-0, nao me lembro de ver aquela histeria, que era uma histeria completa com gestos macacóides quer dizer eu de facto nunca vi na minha vida de futebol um treinador com um destrambolhanço tão grande com 13 pontos de avanço (…) e isso provou aquilo que eu digo, este sinal de imaturidade, este estrambolhamento psicológico (…) eu houve uma altura em que tive vergonha por ele porque não percebia aquela posição na linha lateral do treinador do Porto, aquilo nao faz sentido, um grande treinador de futebol, nao vimos isso hoje com o Mourinho, não vimos com o Guardiola, não vimos isso com outros treinadores de Sporting ou de Benfica, aquilo é revelador de facto de uma pessoa que não sabe estar e que não consegue estar, que não tem maturidade para estar e que tem a sorte de estar à frente de uma equipe que, provavelmente outro treinador faria o mesmo. É isso que eu penso (…) acho que se calhar nao vou ter essa experiência de ver o que era este homem a perder dois jogos seguidos, ele ainda não perdeu nenhum não é, perder dois ainda vai ser difícil, perder dois seguidos vai ser muito difícil mas eu acho que ele não tem capacidade intelectual para poder estar ali à linha, aquilo chegou a ser confrangedor, cheguei a ter constrangimento em ver aquele comportamento na linha lateral, já nem digo quando marcou o golo que parecia que tinha ganho a Liga dos Campeões mas isso é bom porque estava a ver que ia sair derrotado de Alvalade mas não é isso, aquele comportamento não é compreensível.”

Eduardo Barroso, Prolongamento, TVI24, 29 de Novembro de 2010

O shôr dôtôr provou, no Prolongamento desta segunda-feira, que é honesto e diz o que pensa. O que faz dele uma besta que merece tanto respeito da minha parte como um pedófilo apanhado a violar um miúdo.

Até pode ser um excelente cirurgião, mas se me dessem a escolher preferia ser operado pelo gajo da motoserra do Texas Chainsaw Massacre do que por este gajo.

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Os (vis) cronistas da nossa praça: Domingos Amaral

Domingos Amaral é um cronista com créditos na nossa praça. Não sei bem em que ditosa praça será, mas aponto para aquela que fica perto do Sr. do Padrão, ao fundo da rua que contém a maior percentagem de senhoras da noite na cidade do Porto. Por vezes, enquanto folheio virtualmente as páginas das nossas garbosas e delicadas publicações desportivas diárias, passando pelo Record acabo quase sempre por dar de caras com textos deste fulano, bem como a pueril verborreia da Marta Rebelo, que como sabem tem um lugar especial no meu coração, ou até as tiradas quase perfeitas de Miguel Góis, um dos subalternizados membros d’os Gatos.

A última fornada de estupidez dourada a vigilantismo surge na forma deste artigo. Ninguém pode condenar o filho do pai gordo na crítica veemente dos retardados que atiraram bolas de golfe a quem quer que seja, ao Roberto, aos adeptos contrários, à polícia, à própria galinha. Fá-lo muito bem e tem toda a razão. Mas causa-me sempre alguma perplexidade quando as críticas são provenientes de um rapaz que, albergado na lamúria da sua própria pseudo-inocência, se limita a vomitar ódio e a alfinetar…perdão, a fueirar com cada palavra o inimigo fidagal que decidiu escolher. A somar a isso temos o desprezo no trato com termos como “Estádio do Freixo”, as insinuações quanto à seriedade (ou não) do “órgão manso, cobarde, e nas mãos do FC Porto” ou a simples arrogância do “From:” e “To:”.

É este tipo de parvoíce deliberada, de auto-proclamados detentores da verdade e infelizmente formadores de opinião alheia, que temos de suportar, contrariar e combater. Em termos aceitáveis, que se fôr para partir para a violência acabamos por cair no jogo deles.

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Bodes expiatórios

No arranque do campeonato, o benfiquismo (as primeiras páginas de A Bola e do Record) fabricou um bode expiatório — Roberto. Castigando e humilhando Roberto salvava-se o Benfica: retire-se Roberto da baliza e temos a pureza virginal do Benfica, a que era apenas preciso acrescentar umas alas mais eficazes. Depois, Roberto defendeu um penalti e ganhou confiança — era o novo herói do Benfica, o vértice luminoso de um polígono de glórias destinado a subir pela tabela e atacar o título. A partir de agora, o benfiquismo (as primeiras páginas de A Bola e do Record) encontrou uma nova desculpa: Jesus, o homem que se limitou a desviar David Luiz para a faixa de Hulk, a fim de parar o tufão que no ano passado foi impedido de jogar. Humilhando Jesus, que no ano passado pôs o Benfica a jogar como não acontecia há vinte anos, salva-se o Benfica. É toda uma doutrina sobre danos colaterais.
E dizer, com clareza e simplicidade, que o FC Porto ganhou o jogo de ontem porque foi superior? Está quieto. Melhor é inventar um novo bode expiatório.

Francisco José Viegas in A Origem das Espécies.

Touché. Como já é hábito nos textos do onanista (no bom sentido…esperem, há um mau sentido?) dragão.

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Inúteis

O FC Porto venceu no Sábado a Académica. Foi um jogo épico, em condições estupidamente difíceis, onde 11 homens enfrentaram outros 11 homens sobre um relvado encharcado, com luta, emoção, competição saudável, agressividade positiva, dedicação à profissão, brio e capacidade de sofrimento, de empenho, de garra e de alma. Os esforçados guerreiros de ontem deram um exemplo ao país, que parece desanimar quando o cenário está complicado, baixando os braços e atirando as responsabilidades para terceiros. Mostraram que a força de um grupo está na união, no cerrar fileiras para que possa vencer, atravessando dificuldades previstas e imprevistas, contra tudo e contra todos, até os elementos.

Esta é a capa d’A Bola de hoje. O enfoque está numa piada absurda sobre tourada em alusão ao jogo entre o Leiria e o Sporting. Menção ao jogo de Sábado? A bola à trave no livre da Académica e o golo de Varela.

Não sou editor nem redactor, mas se fosse e alguém chegasse perto de mim a dizer: “E a capa vai ser esta.”, mandava-o arrumar as tralhas que têm na mesa dele porque estava despedido. Mas deve ser problema meu.

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