O tédio dá nisto…

Não se podem ganhar meia dúzia de jogos que há logo alguns fulanos que por estarem já entediados com a forma como esta Liga está a decorrer, já começaram a lançar os tradicionais boatos pré-abertura do mercado de transferências. Repare-se que em apenas 3 dias já pudemos ler estas atoardas:

Hulk – Chelsea, Man. United, Barcelona (Record), Man. City (Bola), Inter, Milan (Jogo)
Rolando – Juventus (Bola)
Fucile – Lazio (Bola), Sampdoria (Record)
Sapunaru – Hamburgo (Jogo), Blackburn Rovers (RR)

Preparem-se, meus amigos. Se o FC Porto continuar a jogar como tem vindo a fazer até agora, quando chegarmos a Janeiro vai ser disto todos os dias…

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A palavra aos novos

No próximo sábado começamos a defender a Taça. Um jogo que se prevê fácil, certo? Certo, nem podemos pensar noutra coisa, muito embora todos tenhamos na memória as eliminações contra Atlético e Torreense ou até frente ao Fátima a contar para a Carls…Bwi…para a Taça da Liga.

É nestes jogos que se experimentam onzes diferentes, que se dão minutos aos novos e aos jovens (não são propriamente a mesma coisa) e onde os poucos adeptos que se vão deslocar ao Dragão podem ver afinal o que valem os rapazes do resto do plantel, aqueles que se raramente se vêem nas listas de convocados e que, mesmo assim, ainda mais raramente entram em campo sem o fato-de-treino.

Este ano a equipa-base parece encontrada, com uma ou duas nuances. Souza, Ruben Micael, Cristian Rodriguez, Fucile e Otamendi têm tido oportunidade de jogar um pouco mais que os titularíssimos de Villas-Boas. As alterações que se prevêm são simples de equacionar:

– Helton tem estado seguro na baliza e cederá o lugar, como é hábito para a taça, ao suplente Beto;
– A defesa provavelmente receberá Emídio Rafael e Sereno para render Álvaro Pereira e um dos centrais;
– Fernando deve ceder lugar a Castro;
– Moutinho talvez dê o lugar a Guarín ou Souza;
– Ukra ou James Rodriguez poderão entrar para os lugares de Varela ou Hulk;
– Falcao será rendido por Walter.

Para todos os treinadores de bancada é fácil: trocam-se onze gajos e siga a rusga. No mundo real, onde os profissionais acabam por pensar um pouquinho mais nas coisas, pode não ser tanto assim. É evidente que há mudanças naturais para permitir mais tempo aos putos, mas acaba por ser um contra-senso incluí-los a todos numa equipa sem rotinas, sem entrosamento e sem ritmo de jogo.

Apostaria em duas mudanças por sector, mais o guarda-redes. Qualquer coisa como:

Beto; Sapunaru, Sereno, Otamendi, Emídio Rafael; Castro, Souza, Ruben Micael; James Rodriguez, Hulk, Walter.

Ou então que tal uma mudança radical? Uma experiência táctica? Um 3-4-3 louco? Assim:

Beto; Sapunaru, Otamendi, Emídio Rafael; Castro, Souza, Cristian Rodríguez, Belluschi; Ukra, Hulk, Walter.

Nunca se sabe. Eu estava cá na altura do Adriaanse e isto era o dia-a-dia…

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Uma dupla forte?

Esta temporada, com a saída de Bruno Alves, o FC Porto atravessa uma fase de adaptação a uma nova realidade: a falta de um patrão na defesa. Desde que me lembro, uma das grandes forças do clube foi a dupla de centrais, sempre com um patrão e um subalterno, um mestre e um aprendiz, independentemente das suas características físicas. Já desde o tempo de Fernando Couto e Aloísio ou até Aloísio e José Carlos no meio dos anos 90, passando para Aloísio e Jorge Costa mais para o final dessa década, transformando-se em Jorge Costa e Jorge Andrade no arranque do século, evoluindo para Jorge Costa e Ricardo Carvalho nos Annus Mourinhus. Com o Co não vale a pena analisar, já que jogava um central (habitualmente Pepe) e Pedro Emanuel muitas vezes pela esquerda (ui. ui mesmo.), mas tudo normalizou com Jesualdo, que usando Pepe+Pedro Emanuel, Bruno Alves+Pedro Emanuel e Bruno Alves+Rolando, acabou por traçar uma recta descendente na solidez defensiva que era imagem de marca no nosso clube.

Este ano e excluindo as experiências tradicionais, apesar do excelente registo nas provas nacionais (dois golos sofridos em sete jogos, uma média de 0,29 por jogo sendo que ambos os golos foram sofridos no mesmo jogo) e simpático na Liga Europa (2 golos sofridos em 4 jogos, não é mau mas é pior, com 0,5 golos sofridos por jogo), é notório que Villas-Boas ainda não terá encontrado a melhor dupla possível. Não que tenha pecado por falta de experiência, como se pode ver pelo quadro abaixo, mas quem tem acompanhado a evolução da equipa pode ver que ainda não estamos lá. Parece ainda faltar entrosamento, o que é natural para alguns recém-chegados como Otamendi e Sereno, mas a baixa de forma de Rolando começou a preocupar os adeptos nos últimos tempos.

Com a chegada de Otamendi, as coisas podem mudar. Já ontem, frente ao CSKA, se viu a versatilidade do argentino que pode jogar em qualquer posição na zona central da defesa (jogou do lado esquerdo contra o Olhanense, ao lado de Rolando e do lado direito contra os búlgaros, emparelhado com Maicon). Ainda lhe falta muito jogo, muitos minutos nas pernas até poder ter uma opinião que não seja apenas uma bojarda do tipo “joga muito” ou “não vale nada”. Quando chegou cá o Argel também disse que o gajo me parecia um excelente central e depois foi o que se viu. Ingenuidade da juventude, esqueçam lá isso.

Gostei da aposta no Nico, e Maicon deverá ter perdido a esperança de ser a revelação da temporada azul-e-branca (por agora) porque o jogo que fez em Sófia fez-me ter saudades do Matias. Rolando e Otamendi para Guimarães, é a minha aposta. Se funcionar…não tens que agradecer, André!

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Emprestar James Rodriguez?

Foto retirada deste artigo da Bola Branca @ RR

Com Hulk e Varela fixos no onze…
Com Ukra e Cristian Rodríguez como alternativas directas aos titulares…
Com Mariano a regressar em breve…
Com a ausência quase certa de James na selecção da Colômbia em Janeiro para o torneio de qualificação para o Mundial Sub-20…

Se calhar não era má ideia emprestar o rapaz para não estar parado.

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