Li ontem que Helder Barbosa se vai desvincular do FC Porto e vai ser transferido para o Nacional da Madeira. É mais um nome numa lista de vários jogadores que, saídos dos escalões de formação do clube, acabam por não vingar na equipa principal depois de uma ou duas temporadas de pouca utilização e diversas épocas onde actuam na qualidade de emprestados, esperando por um futuro mais risonho no clube que os criou e fez surgir no panorama nacional.
Nos últimos anos tivemos vários exemplos dessa mesma “maldição”. Para uma equipa que joga em 4-3-3 há tanto tempo e aplicava quase sempre um extremo aliado a outros dois avançados, um central e outro que descaía para a ala contrária, acaba por ser interessante reparar nestes nomes:
- Candeias (2008/09)
- Helder Barbosa (2007/08)
- Bruno Gama (2004/05, 2005/06)
- Ivanildo (2004/05, 2005/06)
- Vieirinha (2003/04, 2004/05, 2005/06, 2006/07)
Fazendo apenas as contas dos jogadores portugueses que são provenientes das escolas, claro, porque se formos a somar o resto dos estrangeiros que para cá vieram e que não vingaram vemos que desde Capucho e Drulovic tivemos apenas Ricardo Quaresma e, este ano, Silvestre Varela, como exemplos de jogadores ofensivos pelas alas que foram de facto produtivos e que constituiram uma mais-valia para a equipa.
É quase uma tradição histórica que o FCP não forma jogadores talentosos do ponto de vista criativo. É raro sairem génios (adjectivo aplicado livremente) dos escalões jovens como no Sporting, com Futres, Quaresmas, Simões, Ronaldos e Nanis praticamente todas as temporadas a despontarem na equipa. Parece que a imagem do clube transparece para a canalhada, optando por treinar jogadores defensivos, rijos e duros, deixando o talento para ser comprado fora do clube. Essa óptica pode ser alterada por um jogador já em 2010/11: Ukra.
Passa-se a palavra ao André Monteiro. Não acham que o rapaz se chama mesmo Ukra, certo?…