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Chegou este fim-de-semana o primeiro marco no campeonato nacional, o terço da prova. Faltando metade desse terço para chegarmos ao meio da prova (pensem, não é complicado), é altura para fazer um pequeno balanço do que tem sido a época do FC Porto, quer em termos nacionais como também internacionais.
Começando pela parte fácil, a internacional. O apuramento na fase de grupos da Liga dos Campeões surgiu com mais facilidade do que seria de prever, tendo em conta o grupo que nos calhou em sorte. À previsível derrota em Londres no primeiro jogo seguiu-se uma sequência de 3 vitórias consecutivas e o carimbo para a próxima fase, que adiciona aproximadamente 19 milhões de euros, mais coisa menos coisa, aos cofres da SAD. Ao passo que o jogo frente ao Atlético foi ganho com garra e alguma sorte, os outros dois encontros contra o adversário mais fraco do grupo expuseram alguns dos problemas que temos tido. Falta de agressividade e ineficácia de controlo do meio-campo levaram a duas vitórias sofridas contra um APOEL que deveria ser considerado como fraco demais para nos colocar problemas, que no entanto apareceram. Valeu Hulk em casa e Falcao fora para somar 6 pontos e uma liberdade de consciência europeia adiada para Fevereiro de 2010. Pronto, feito, embrulhado, please sir may I have another, siga para o campeonato nacional.
É inegável que estamos a atravessar um momento muito mau. Se em termos pontuais não estamos de qualquer forma arredados da competição, o futebol praticado tem sido medíocre e nada de acordo com os pergaminhos da equipa. Como li no Flama Draculae (http://flamadraculae.blogspot.com/2009/11/cem-nada.html), e concordo, ao fim de 100 jogos, Jesualdo está 100 capacidade de levar a equipa para mínimos patamares de qualidade que os adeptos exigem. De reparar que decorrido um terço do campeonato, o FC Porto já desperdiçou…um terço dos pontos em disputa. É muito ponto perdido e que nunca mais se recupera, alguns dos quais em terrenos que apesar de tradicionalmente difíceis, raramente pareceram tão difíceis como este ano.
Num rápido resumo, aqui fica a minha separação do trigo e do joio, do que está bem e do que está mal:
POSITIVO:
  • Apuramento já garantido para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões;
  • Estabilidade exibicional de Helton, com muito menos erros que em anos transactos;
  • Afirmação de Fernando com maturidade e disciplina táctica;
  • Subida de forma de Fucile, aliando criatividade à garra e agressividade positivas;
  • Vitória no único jogo “grande”, em casa frente ao Sporting;
NEGATIVO:
  • A ausência de um meio-campo criativo nas transições ofensivas;
  • A quase total displicência no meio-campo defensivo, com pouca ou nenhuma pressão sobre o adversário;
  • Fraca produtividade do ataque, pouco apoiado e com baixos níveis de inspiração e confiança;
  • Muitas lesões traumáticas no plantel;
  • Cultura de expectativa, com recuos permanentes no relvado à espera que o adversário falhe e perca a bola;
  • Abaixamento de forma de elementos nucleares na equipa, casos de Raúl Meireles, Cristián Rodríguez ou Hulk;
  • Argumentos tácticos pouco esclarecidos, com opções no mínimo questionáveis para posições estruturalmente fundamentais (Mariano a criativo, dois pontas-de-lança sem entrosamento, entre outras);
  • Número incrível de falhas técnicas, passes falhados ou precipitados, cruzamentos sem destino e más opções de transição ofensiva;
  • Bolas paradas ofensivas com eficácia reduzidíssima, muitos cantos marcados directamente para o guarda-redes e inúmeros livres directos a passar longe da baliza;
  • Bolas paradas defensivas com fracos níveis de concentração, permitindo situações perigosas para a baliza;
Parecem muitos pontos negativos, não é? Se forem a analisar um a um vão ver de certeza que correspondem a muitas das reclamações de quem vê o jogo da parte de fora. É lógico que estamos ainda muito a tempo para recuperar o tempo perdido, mas à entrada para o segundo terço do campeonato não estou muito optimista. Cá ficam algumas sugestões:
  • Aposta em sangue novo. Estou em crer que não será preciso reforçar nenhum sector do terreno quando temos vários lesionados e alternativas jovens que podem servir mas embatem na permanente hesitação de Jesualdo em “queimar” os jogadores muito cedo.
  • Belluschi tem de justificar a contatação. Um jogador de 5 milhões de euros não pode fazer 2 ou 3 jogos razoáveis e depois ficar encostado por tara do treinador ou por falta de condição física. Temos um jogador que ganha bem e que é, aparentemente, o único que é adequado à posição que pertencia a Lucho e que está a ser constantemente colocado no banco.
  • Tem de haver uma rotação do plantel de uma forma mais consistente e sem alterações de posição. Guarín é um médio com características semelhantes a Meireles, não Belluschi; Mariano, quando muito, pode ser um extremo, nunca um número 10. Estas e outras alterações abanam com a estrutura táctica da equipa e não deixam criar entrosamento e jogo de equipa.
  • As compensações defensivas têm de ser incutidas nos jogadores da frente de uma forma mais vincada. Hulk passa a vida para lá do meio-campo, Rodríguez ainda não consegue fazer o campo todo a correr para trás e para a frente, e o único que ajuda na defesa é Mariano, que com as limitações técnicas que mostra acaba por compensar em esforço o que tem de menos em talento. É angustiante ver os laterais habituais (Fucile e Álvaro) que são por natureza muito ofensivos, a apanhar com dois e três jogadores pelo seu flanco, sem saber muito bem onde se devem meter.
  • O apoio central no meio-campo ofensivo é quase não existente. Falcao, quando acaba por conseguir dominar a bola no meio dos centrais, tem de recuar ou descair para os flancos e desperdiçar potenciais jogadas de ataque.
Sou um treinador de bancada, e se ainda não tinham percebido, ficou bem patente nestas linhas. Cabe a Jesualdo fazer as alterações que bem entender para levar o barco a bom porto. E vamos todos ficar à espera que corra melhor do que até agora.
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Teimoso

Jesualdo é um homem a sério. Tem uma espécie de pré-bigode tipo Errol Flynn, lábios finos que indiciam alguma malícia e cinismo, cabelo grisalho e gabardina comprida. Tem sido o nosso líder, mentor de jovens e general-em-campo dos guerreiros de azul-e-branco que semana após semana se colocam frente a frente com outros 11 energúmenos que têm o despudor de pensar que podem tirar-nos os merecidos 3 pontos. Porra que agora parecia benfiquista. Cruzes credo. Adiante.
De qualquer forma, Jesualdo é uma nova evolução nos treinadores portistas. Para quem, como eu, começou a ver futebol mais ou menos a partir da conquista da Taça dos Campeões Europeus em 1987, já viu diversos treinadores a passar pelo leme da equipa. Desde Artur Jorge a Jesualdo já tivemos de tudo: um louco que arriscava tudo em campo com 3 defesas, meia-bola e força; um sósia do Peter Sellars que tentou durante 3 semanas ensinar o Pepe a jogar numa defesa em linha (que está ao nível de tentar dar de comer a um rinoceronte com uma colher de café); um homem de mentalidade ultra-defensiva que punha o Kostadinov ou o Domingos à frente de 9 defesas e trincos; um tipo sisudo que não falava a não ser que lhe perguntassem 3 vezes a mesma coisa; um outro que falava demais e só dizia estrume, matéria a que, entenda-se, estava muito mais à vontade; ainda outro que quando falava era num misto de duas línguas e fazia sorrir o mais triste dos sportinguistas (este foi deliberadamente um mau exemplo!); um que se vestia como um Deus e treinava como tal; outro que tentava imitar o anterior mas só chegava perto no cabelo; outro que tinha tiques quando estava nervoso; um que nunca punha a mesma equipa 20 jogos seguidos; um que destruía balneários pelas opções; outro que destruía balneários à pancada…entre outros traços de personalidade enervantes ou cativantes, dependendo da mente de quem os analisar.
Cobrindo toda a gama de treinadores que já tivemos, creio que há uma qualidade ou defeito que acaba por ser transversal a todos: a teimosia. É isso que faz com que Jesualdo, como Mourinho, Oliveira ou Robson antes de si, esteja à cabeça da equipa e não a obedecer a ordens de terceiros. A pressão está sobre os ombros do treinador durante todos os 90 minutos de cada jogo e é exactamente o treinador que tem de prestar contas pelas opções correctas ou erradas. Quer seja uma substituição antecipada, instruções para o trinco começar a acertar nos gémeos do playmaker adversário ou para o avançado jogar mais descaído para a esquerda, ou até as conversas no balneário antes e depois do jogo, tudo está assente no treinador. E normalmente, para fazer avançar as suas ideias ou para de uma forma mais ou menos convincente conseguir fazer com que elas vinguem na cabeça dos jogadores e sejam implementadas em campo, o treinador tem de ser teimoso. Como uma mula com o período.
Percorrendo a lista de treinadores que atrás mencionei, encontramos inúmeros exemplos de teimosia. A invenção de Aloísio a defesa-esquerdo de Robson, a desistência de um número 10 invalidando o uso de Diego por parte de Couceiro, o chavascal defensivo de Ivic, a incapacidade de Fernando Santos mandar mais no balneário que Capucho, Jardel ou Sérgio Conceição, e agora a aposta recorrente em Raúl Meireles e Mariano González de Jesualdo. Normalmente as teimosias correm mal e acabam por ter resultados infelizes tanto para os adeptos como para o próprio treinador. Ivic acabou despedido, Robson levou 3 no pêlo, Fernando Santos não conseguiu vencer o Hexa e Couceiro…bem, foi para a Lituânia.
Não quero com isto dizer que todas as teimosias acabam por correr mal. Há muitos exemplos de birras de treinadores que acabam por resultar, mas normalmente não é assim. Mariano e Meireles são, quanto a mim, elementos que deveriam sair da equipa, quer por cansaço físico quer por fracas prestações, e quando terminar esta vaga de lesões há que começar a rodar o plantel. Vamos ver se nesse momento as opções de Jesualdo mudam e temos algum sangue novo que é necessário para revitalizar a equipa tanto mental como fisicamente. E é preciso fazê-lo rapidamente antes que seja demasiado tarde…
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Suplentes Natos

No último jogo no Dragão a contar para a Liga Sagres, frente aos nossos velhos amigos de verde e branco, dei comigo a olhar para o banco dos suplentes e a pensar para com os meus metafóricos botões: “O Meireles está de rastos, o Hulk já não pode das pernas e o Mariano está a ser a nódoa do costume, é preciso tirá-los!”. E passada esta primeira análise mental aos onze que estavam em campo, comecei a pensar em alternativas. E suei para descobrir alguém que pudesse ajudar em vez de desfazer o que a equipa estava a criar.
No ano transacto o banco do FC Porto era composto, mais coisa menos coisa, por isto:
Nuno, Sapunaru, Stepanov, Guarín, Tomás Costa/Madrid, Mariano/Tarik e Farías.
Este ano, com algumas saídas e outras entradas, as sete opções de Jesualdo no banco seriam talvez:
Beto, Sapunaru/Miguel Lopes, Maicon, Guarín/Tomás Costa, Mariano/Valeri, Varela, Farías.
Isto pressupondo, obviamente, que todas as principais opções estariam em condições de jogar e que o onze titular seria composto pelos melhores jogadores que temos, e que Jesualdo os escolheria.É óbvio que são tudo exercícios de conjectura de um adepto, mas creio que não fujo muito de um modelo que tradicionalmente se adopta para um banco que ofereça alternativas para diversas situações de jogo, sejam elas lesões, expulsões, necessidades ofensivas ou defensivas consoante o teor da partida. Um banco em condições acaba por ser um refúgio para o treinador, o facto de saber que em qualquer altura pode transformar a equipa com a entrada de um jogador fresco e com capacidade de soltar ou reter a bola, de catapultar o jogo ofensivo da equipa ou de travar os intuitos contrários com maior posse de bola, enfim, aquelas teorias Gabrielalvianas que todos conhecemos.

Ora com as lesões que têm apoquentado a nossa equipa nos últimos tempos, o banco tem sido constituído por um painel de jogadores que em pouco tem ajudado o treinador. É verdade que Farías já marcou por duas vezes e Rodríguez e Falcao uma vez cada depois de sairem do banco. No entanto, não deixo de pensar que tirando a surpreendente influência de Guarín no miolo, muito devido à baixa forma de Meireles, o banco não oferece credibilidade a Jesualdo e por isso compreendo até um certo ponto a relutância do treinador em mudar alguma coisa com recurso a substituições.
O que espera o normal adepto de um jogador que venha do banco? A resposta parece evidente: que entre em campo, trinque relva e marque 4 golos de rajada, faça 2 assistências e 13 recuperações de bola, tudo nos primeiros 10 minutos. Descendo à terra, o mínimo que se espera é que cumpra o papel que estava a ser desempenhado pelo substituído e se possível que o melhore. Ora escalpelizemos (detesto este termo mas pareceu-me correcto utilizá-lo aqui) as opções que temos:
– Farías parece lógico que nunca será uma opção que colha grande apoio da massa associativa, já que não mostrou qualidade suficiente para ser titular, o que se espera de qualquer suplente, ainda que tenha jogadores melhores à frente. Entra e marca mas normalmente fá-lo quando o jogo já está decidido.
– Guarín é inconstante, tanto pode levantar a equipa, dando músculo e sentido prático, mas perdendo inteligência e posse de bola controlada.
– Tomás Costa é louco. Entra em campo com o espírito que mencionei…mas aplica-o sem medir consequências e sempre que está em campo fico com medo que possamos rapidamente passar a jogar com menos um jogador.
– Valeri ainda não mostrou o suficiente para ser titular, mas parece ter bom toque de bola e inteligência para controlar o jogo. É o oposto de Guarín, digamos.
– Mariano é como a Don Pasolini. É Mariano. Esforço acima da média, luta como nenhum…e pouco mais.
– Varela seria suplente com Falcao, Hulk e Rodríguez em condições e em boa forma. Este sim, parece-me ser a melhor hipótese que temos para uma boa alternativa a jogos lentos com equipas fechadas atrás, porque daria rapidez e capacidade de ruptura pelo flanco.
– Prediger…não sei, não sei mesmo. Pelo preço que custou já podia ter jogado um ou dois minutinhos, até lá reservo o direito de não me pronunciar. Tanto pode ser um Doriva como um Quintana, um Bolatti ou um André. Não sei e acho que poucos se podem gabar de o saber.
– Maicon, Sapunaru, Miguel Lopes, Nuno André Coelho. Qualquer um deles teria um papel eminentemente defensivo, mais num registo de manter resultado e evitar calafrios para o final do encontro.
Até Orlando Sá estar em condições, continuamos a não ter um avançado que possa jogar em força na área. Farías é um oportunista, tal como Falcao, mas o colombiano bate o argentino aos pontos na capacidade de domínio e posse de bola, é mais rápido, mais agressivo e mais concretizador. Quanto ao resto…é pouco. Talvez suficiente para uma equipa de consumo interno mas manifestamente pouco para a Champions’, como já se viu. Creio que na reabertura do mercado de transferências podemos ver a saída de um ou dois jogadores (Nuno André Coelho, Prediger e Farías colocam-se na dianteira) e quiçá a entrada de mais um ou dois mas até lá é o que temos. Até agora tem servido à justa, mas por quanto mais tempo irá servir?
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As escolhas para a Champions


Está escolhido o plantel Portista que vai tentar passar a primeira fase da Liga dos Campeões frente a Chelsea, Atlético de Madrid e APOEL. Apesar de ter o distinto som de um abaixamento de expectativas, é exactamente isso que estes jogadores vão tentar fazer, já que pode haver alterações à lista de nomes na passagem para a segunda fase (ver regulamento da UEFA aqui).

À primeira vista, e sabendo os condicionalismos que a selecção de jogadores enfrenta, entre as quais a obrigatoriedade de ter 7 jogadores formados no país (e desses, 4 no clube), as escolhas parecem naturais…mas há que ver mais ao perto, raciocinando por sectores:
Guarda-Redes

Não há muito por onde escolher. Temos três e temos de escolher três: um titular, uma alternativa ao titular e uma opção extra caso haja lesões/castigos. Signed, sealed, delivered.
MENINOS: 3
Defesas
Aqui há alternativas. Temos 4 centrais no plantel e foram escolhidos 3. Ao experiente Bruno Alves e ao menos-experiente-mas-marcou-um-golaço-ao-Dínamo-em-Kiev Rolando soma-se Maicon, com potencial reconhecido por todos. Fica de fora Nuno André Coelho, que apesar de português não é formado no clube e como tem tido um início de época talvez abaixo das expectativas, tendo mostrado fracas capacidades de adaptação a uma posição alternativa como defesa direito. Para tal teremos Sapunaru, que apesar de não ter sido usado no FC Porto como defesa central já tem alguma experiência passada no posto durante a sua carreira na Roménia. Restam os laterais, Fucile e Álvaro Pereira, inquestionáveis, e Miguel Lopes, uma esperança portuguesa.
MENINOS: 10
Médios
Talvez as escolhas mais complicadas, na minha opinião. Fernando, Meireles e Belluschi são titulares e teriam de entrar. Valeri e Guarín têm sido as alternativas mais utilizadas e por isso faz sentido estarem na lista. Restariam Tomás Costa e Prediger. A polivalência e maior experiência de Tomy parece ter levado a melhor em relação à dúvida que é Prediger, que cada vez mais me faz confusão quanto ao seu valor, pois pelo que custou já deveria ter sido chamado a jogar nem que seja um minuto. Porra, ao menos convocado! Guarín continua a ser uma espinha atravessada na minha garganta (aquele jogo contra o Arsenal no ano passado, nem me quero lembrar) mas será uma escolha infinitamente questionável de Jesualdo, ao passo que Valeri se vai integrando na equipa e nas opções do professor.
MENINOS: 16
Avançados
Aqui não havia dúvida. Põe-se tudo o que mexe e só não vai o Orlando Sá porque ainda está (e estará) a recuperar da grave lesão com que chegou. Hulk, Varela, Farías, Cristián Rodríguez, Mariano e Falcao vão ser as nossas opções para marcar muitos golos. Ou 1 de cada vez, jã não era mau.
MENINOS: 21
Assim sendo, temos 21 rapazolas (somados a mais 4 miúdos dos sub-19), assim divididos e comparados com o plantel completo:
Helton
Beto
Nuno
——–
Fucile
Miguel Lopes
Sapunaru
Bruno Alves
Rolando
Maicon

Nuno André Coelho

Álvaro Pereira
——–
Fernando

Prediger

Raul Meireles
Tomas Costa
Guarín
Valeri
Belluschi
——–
Hulk
Falcao
Farías
Varela
Mariano González
Crístian Rodríguez
Orlando Sá
——–
David (defesa)
Amorim (médio)
Dias (médio)
Claro (avançado)
Alex (avançado)
Prontos para o jogo contra o Chelsea? Não. Com vontade de lá chegar? Claro!!!
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Jesualdo e a estratégia

A experiência no jogo contra o Besiktas foi simpática, mas parece ser apenas uma alternativa ao esquema principal que Jesualdo pretende implementar este ano e que é idêntico aos anos anteriores: um 4-3-3 com constantes rotações e por isso sem posições fixas no ataque, que depende bastante do apoio dos laterais, enquanto que no meio-campo haverá um homem a defender em frente aos centrais, aliado a um médio de cobertura (o tradicional box-to-box) e outro mais criativo e pronto a municiar os 3 homens da frente. O costume, portanto.Na entrevista de JF ao jornal “O Jogo”, o nosso treinador confirma a tese dos 3 avançados (ler aqui), o que pode fazer com que Falcao seja uma opção quando estiver apto a fazer 90 minutos, jogando no centro e abrindo espaços para os dois avançados das alas poderem romper as defesas.

Continuo a achar que Hulk está talhado para jogar de trás para a frente, em corrida, e por isso terá de ter um homem no centro a apoiá-lo, segurando a bola para os “one-twos” para os quais Hulk está mais que à vontade.
Numa rápida análise aos outros sectores, Helton na baliza parece-me continuar a ser a primeira opção, no centro da defesa Bruno Alves (caso não saia) e Rolando deverão a ser titulares, se bem que Maicon deu boa imagem frente ao Aston Villa e pode entrar a qualquer momento. Nuno André Coelho parece partir em atraso na luta por um lugar, até porque tem sido experimentado quase sempre como lateral-direito, vá-se lá saber porquê. Nesta última posição Fucile recolhe a preferência do treinador, e deverá manter-se como titular. Tem, na minha opinião, que “abaixar a crista” para evitar excessos de confiança, mas é sem dúvida o melhor que temos. Na esquerda, Álvaro Pereira está a ser uma boa surpresa e está certinho para o lugar.
Na intermediária, dois lugares ocupadíssimos (sem ligação à metáfora absurda d’A Bola, aqui) por Fernando e Meireles. Nem vale a pena falar mais sobre esses dois, estão certos no lugar certo. Já para o outro lugar, o de Lucho, porque não dizê-lo, está complicada a sucessão. Belluschi mostrou o suficiente para ser primeira opção, mas não é facto assente que a agarre. Guarín tem sido muito utilizado por Jesualdo, talvez para o expôr a uma potencial venda, talvez para dar mais uma hipótese ao colombiano, mas creio ter sido um desperdício de tempo. Tomás Costa não está ainda em forma e Valeri não jogou suficiente para justificar um chuveiro no fim das partidas em que entrou. De Prediger nem falo, não vi a jogar.
No ataque, só há um lugar cativo. Hulk. O resto vai orbitar à volta do brasileiro, com Mariano a lutar com grande empenho por um lugar que não lhe deverá fugir no início mas que a curto prazo será substituído quando Cebola Rodríguez estiver apto a jogar de início a fim. O outro lugar é mais uma incógnita: Varela ou Falcao? Varela coloca Hulk ao meio enquanto que Falcao puxa Hulk para trás e obriga a equipa a começar jogadas mais no meio-campo e menos nas alas.
A opção final é de Jesualdo. A época a doer começa no Domingo e espero conseguir comprar bilhete para estar em Aveiro. Cá vai a minha ideia do que deveria ser o onze portista para a Supertaça:
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