Dragão escondido – Nº25

Uma equipa clássica, com um equipamento clássico…e quem é o jogador não-menos-clássico, com as feições obscurecidas pelo Captain America, que ali está naquele estádio…guess what…clássico?

 

Força na caixa de comentários! E não vale andar a procurar a imagem na internet, todos o podem fazer e tira a pica à brincadeira toda…torna-se fácil demais, não acham? Batota não entra!

Link:

Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 0 Rio Ave

Pouca gente, pouco futebol, pouca alma. Foi assim a história de um jogo que termina com um resultado muito acima da exibição e que marca mais um degrau na escada que vai levar a que esta época termine sem honra e com pouca glória. Os três golos nascem na segunda parte, depois de quarenta e cinco minutos do futebol mais desgarrado, inconsequente e tristonho que me lembro de ver nos últimos tempos, o que até parece hiperbólico tendo em conta a qualidade de jogo que temos vindo a colocar em campo mas que para os dezassete mil e tal que hoje estiveram no Dragão foi a confirmação que estes rapazes precisam de um homem forte que os ponha na linha. Enfim, valeram Jackson, Quintero e as claques. A notas:

(+) Jackson. Marcou o 19º golo no campeonato 2013/2014 e salvo qualquer tipo de enxurrada de golos de Derley (15) ou Lima (14) nos dois jogos que faltam, confirmou-se como goleador máximo da Liga pelo segundo ano consecutivo. E esforçou-se por isso, para lá do penalty que me parece evidente, porque veio atrás construir jogo, correu para salvar colegas de lances desperdiçados e roubou a bola com vários “carrinhos” que fariam Otamendi ficar orgulhoso.

(+) Quintero. Só entrou ao intervalo mas teve tempo para fazer uma assistência que deu em penalty, uma assistência para o segundo golo e sofreu a falta que originou o terceiro. Não é mau mas podia ser ainda melhor, bastava que alguém começasse a apostar nele como titular em vez dos apagados Josué ou Carlos Eduardo, que não mostram (longe disso!) o mesmo talento e capacidade de jogar de frente para a baliza e para os adversários. Espero muito dele para 2014/2015.

(+) As claques do FC Porto. Sempre a apoiar, os loucos dos Super com um grupo enorme em tronco nu (não estava frio mas também não era tempo para veranear) em louvor contínuo ao clube, notando-se o cuidado de não individualizar os cânticos mas de unificar em torno de um ideal que todos queremos ver sempre mais alto: o FC Porto. Obrigado, malta, pela estupenda manifestação de querer e de portismo. Pelo ano que fizeram, mereciam mais retorno dentro de campo.

(-) Uma equipa derrotada. A imagem do Dragão com menos de metade da assistência, com a celebração de um golo a ser feita com alguns fugazes gritos de euforia de nível subjugado a uma realidade que é bem mais dura, bem mais cruel e oh tão autêntica. Como é triste ver um jogo do FC Porto em que a equipa entra em campo derrotada mentalmente, com o peso de uma época a carregar nos ombros, a frustração que nunca se converte em convicção ou na tentativa de fazer um melhor trabalho mas que explode em lances físicos ou na enervante indolência de quem caminha em passo arrastado para o cadafalso. Josué, Herrera e Defour fizeram exactamente o que um meio-campo não deve nunca fazer, jogando demasiado próximos, sem amplitude de movimentos, fracos no desdobramento e lentos no passe. Os centrais organizavam o jogo (ah, Sir Bobby, se visses isto pensarias que era uma homenagem…) tão mal, obrigados a enviar a bola pelo ar para os colegas que, incapazes de se anteciparem e de levantarem os pés do chão, esse hercúleo esforço só ao alcance de titãs, perdiam a bola e o Rio Ave partia no contra-ataque. Ver Alex Sandro, o melhor exemplo do total desinteresse pelo jogo na primeira parte, a falhar passe após passe a distâncias consistentemente reduzidas (cinco metros, meus amigos, é como acertar no túnel da Ribeira a partir dos azulejos do mestre Resente!), a sair para o ataque e a perder a bola porque nem se dava ao trabalho de a proteger…ou Herrera, que desliga quando tem a bola nos pés e a perde, vez após frustrante vez, para o adversário. Foram tantas as parvoíces e a explicação é tão simples: quando se entra em campo sem nada para ganhar e ninguém para nos corrigir…dá nisto.


E o terceiro lugar está garantido! Huzzah! E a época começa mais cedo mesmo que não joguemos a Supertaça! Huzzah! E os gajos que chegam tarde do Mundial vão fazer com que tenhamos de inventar outra vez para a pré-eliminatória da Champions! Huzzah! Foda-se! Huzzah!

Link:

Ouve lá ó Mister – Rio Ave

Estimado Professor,

*suspiro* Vamos lá a isto. Ainda enlutado depois da festa vermelha no Marquês me invadir os sentidos e pontapear a alma, voltamos ao campeonato para o antepenúltimo jogo desta coisa que, como já disse aqui há uns tempos, nunca mais acaba. Está a ser uma época atípica mas acima de tudo frustrante, com pouco que se possa aproveitar para contar aos netos e que um dia nos fará olhar para trás e pensar no que raio andamos a fazer durante um ano inteiro para os outros festejarem com tanta pompa. E pompa merecida, quanto mais não seja porque fizeram o que nós não conseguimos: foram estáveis. Mas isso são contas para terceiros rosários e o que interessa mesmo agora é o jogo com o Rio Ave que nos pode garantir o terceiro lugar! *mais um suspiro* Assim sendo, vamos a isso.

Já vi a convocatória e não me parece mal, com algumas considerações que gostava de tecer. Depois do bom jogo dos Bs contra o Bê Benfas, acho que está na hora de começar a promover alguns miúdos à equipa principal. Sei que o José Guilherme quer ser campeão da segunda liga, mas não se perdia nada em dar algum sangue novo aos As, tão calcados e recalcados têm sido nos últimos tempos. Convocar Pedro Moreira (seria um prémio para um jogador que não é excepcional mas que luta e trabalha como poucos), Tozé (segundo melhor marcador do campeonato) ou Mikel (para percebermos se serve ou não quando Fernando sair) seriam prémios merecidos e uma boa maneira dos sócios começarem a sentir que algo está para mudar, nem que seja de uma forma pontual.

Como essa não parece ser a ideia, pelo menos para este jogo, ao menos que vençamos. Uma vitória assegura o terceiro lugar…*prolongado suspiro*…e o penúltimo jogo oficial da temporada no Dragão receberá talvez a pior casa da época (lá estarei, no meio dos poucos que lá vão aparecer), mas não é motivo para facilitarmos demais. Está em jogo a honra e o orgulho do nosso clube!

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

Leitura para uma Páscoa tranquila

 

Link:

Lá em casa mandam eles

Em Junho de 2013 tive o prazer de conhecer pessoalmente a C. Sem peneiras, de discurso simpático, assertivo e agradável, foi uma das participantes do II Encontro da Bluegosfera, onde mostrou que o portismo não tem idade, morada ou número de polícia.

Aqui há uns tempos, soube que estava a preparar o lançamento de um livro sobre o blog que gere com o gajo dela (Esposo. Cônjuge. Amantizado. Marido. Mouro. M. É, ficamos por M.), adepto tão ferrenho quanto a C. mas pelo lado do Mal. E como me habituei a ler as aventuras dos mesmos ao longo dos anos, sempre me pareceu intrigante que não houvesse já um livro nas bancas, pelo que só consigo entender a sua aparição pela criação da massa crítica que leva a que um Benfica campeão massifique o interesse no futebol neste país. E a C., que sofre tanto como eu neste tipo de lamentos clubístico-caseiros, porque também tem de chegar a casa com a lágrima a cair pela face depois de um ou outro desaire da nossa equipa (com maquilhagem mais borrada que a minha, presumo), lá terá que aguentar um arranque da sua vida literária de uma forma menos entusiasmante do que seria previsível. Enfim, coisas da vida que nós, que aturamos infiéis no nosso próprio ninho, sabemos bem como doem. E ao mesmo tempo, pelas empatias e alegrias conjuntas, também sabemos ultrapassar.

Assim sendo, fica a sugestão e a oportunidade de vencerem um exemplar do dito, bastando para isso participar neste passatempo, onde a resposta a duas simples perguntas garante a entrada para uma tômbola virtual de onde vou sortear um nome de um(a) felizardo(a) que irá receber em casa um exemplar do livro! É só clicar no link aqui abaixo:

PASSATEMPO “LÁ EM CASA MANDO EU”

O livro é bom, como seria de esperar. A prosa escorrega pelos seus dedos como sempre fez, com natural e reconhecido sentido de humor, uma excelente forma de percebermos que podemos todos ser tão ferrenhos como quisermos. Desde que percebamos que por detrás dessa loucura, há outra ainda maior: o amor. Bate esta, Nicholas Sparks!

Link: