Porra…

Aposto que se o Olegário fosse árbitro também deixava passar esta com um amarelo…a não ser que o gajo que tentou matar o senhor de branco se chamasse João Pereira…
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Madeira


Ficou uma coisa por dizer do jogo de ontem.

Já presenciei e respeitei dezenas de minutos de silêncio, ao vivo e na televisão, tanto em actividades desportivas como noutros locais, e o de ontem foi dos poucos que verifiquei ter sido cumprido com o respeito e dignidade que o alvo da homenagem merece. Tivesse sido por respeito puro e humano, por solidariedade com Ruben, pelas palmas ou pelo “Amazing Grace” que colocaram como música de fundo, foi um exemplo que mostrou que as pessoas por vezes até podem ser humanas quando muitas vezes não o parecem querer admitir pelos seus próprios actos.
Como conheço madeirenses que lá vivem e que, apesar de felizmente estarem sãos e salvos, olham à volta e vêem a desilusão do panorama que se lhes depara e vão ter de arranjar forças físicas e mentais para recuperar, dar a volta e trazer a beleza da ilha de volta.
É nestas alturas que as clubites se anulam e a alma fala mais alto. Só fica o sentimento.
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Baías e Baronis – FCP vs Braga


(foto retirada do MaisFutebol)

Devo admitir que nas horas que antecederam a partida não estava no melhor dos humores em termos futebolísticos. Apesar da subida de forma que a equipa tinha vindo a manifestar, dos belos resultados caseiros frente a Sporting e Arsenal e da melhoria no fio de jogo da equipa, estava apreensivo. O Braga joga bem, troca a bola com calma e confiança e tinha vindo a mostrar que o futebol não é só feito pelos melhores mas também por aqueles que mostram em campo serem pragmáticos e eficazes. Por isso fiquei em êxtase com a vitória e a exibição, garra e querer, determinação, eficácia e bom futebol, tudo de azul-e-branco. Venham de lá essas notas:

BAÍAS
(+) Varela. Enquanto vê relva na frente dele, é um combóio sem travões. Arrancou duas belas assistências na primeira parte e deu cabo da cabeça ao Filipe Oliveira que se viu e desejou para parar o extremo portista, bem coadjuvado por Álvaro. Apesar de se notar já alguma falta de pernas para aguentar 90 minutos seguidos, tal é o ritmo que impõe a todas as jogadas em que participa, durante o tempo que está em campo acaba por ser uma peça vital no nosso ataque.
(+) Álvaro Pereira. O mesmo que disse de Varela posso dizer de Álvaro, com um pózinho extra: que grande golo!!! Acho que ninguém esperava ver um tiraço tão bem colocado da parte do uruguaio, ele que sempre que antes tinha tentado rematar à baliza tinha saído para a bancada ou para os placares publicitários, mas desta vez foi certeiro. Passou o jogo todo a tirar bolas a Alan e a apoiar Varela com confiança, em grandes correrias pelo flanco. Espero que continue a crescer como tem feito desde o início da época.
(+) Falcao. Não há dúvidas que foi uma excelente compra. A forma como se antecipa ao central do Braga no primeiro golo é perfeita e está a combinar muito bem com Varela, o que tem trazido vários golos ao colombiano, algo que obviamente não se via no início da época, como é compreensível. Joga bem em frente à baliza mas acaba por ser quando está de costas que é mais valioso, dominando bolas difíceis e rodando para os médios e extremos poderem continuar a construir por forma a lhe devolverem a bola prontinha para entrar nas redes. Estou a ficar fã.
(+) Ruben+Meireles. Os dois juntos começam a mostrar o que valem. Ruben, apesar de no jogo contra o Arsenal não ter ajudado muito na defesa (andou lá mas foi pouco eficaz e tem Fernando a voar para todo o lado quando é preciso) e Meireles não subir o suficiente no terreno, hoje parecem ter encontrado um equilíbrio melhor entre eles. Meireles apareceu bem melhor que nos jogos anteriores e Ruben foi mais estático e organizador, rodando a bola para os extremos, esses sim em foco. Gostei do que vi e dá garantias de um meio-campo mais coeso, algo que nos falta desde Agosto de 2009.

(+) Mariano. Continua trapalhão, tosco e tremido em todas as vezes que está com a bola nos pés, mas hoje fez das melhores primeiras-partes que o vi fazer desde que chegou ao FC Porto. Um exemplo de garra e determinação, não desistindo de nenhuma bola, lutando até não poder mais contra todos os adversários, incluindo o mais temido: a bola. Surgiu sozinho frente a Eduardo, fez tudo bem, mas falhou a baliza por meros centímetros. Merecia o golo.
(+) Ambiente. O estádio estava cheio de gente, uns de azul e outros de vermelho, e a interacção entre ambos foi viva, dinâmica e sem problemas. Cantou-se, gritou-se, foi um espectáculo como poucos este ano ou em quaisquer outros, com manifestos das claques, apoio do público e um jogo muito bem disputado dentro do campo. Fossem todos assim…
BARONIS
(-) Posicionamento táctico de Fernando. Numa equipa como a nossa, que precisa de ter um meio-campo estruturado por forma a não precisar de recuar os extremos para pontos em que se torna difícil e trabalhoso fazer um contra-ataque fácil e rápido, Fernando torna-se um ponto de interrogação. Jogando tão perto dos centrais (mesmo quando não há ninguém para marcar na zona onde se encontra) abre espaço a mais no meio-campo, e as outras equipas já se começam a aperceber disso. De quem é a culpa? De Jesualdo, claro. É uma opção táctica válida mas com a qual não estou de acordo.
(-) Olegário. Num jogo em que tudo estava a correr bem para o nosso lado, eis senão quando o internacional e único árbitro luso que vai marcar presença no Mundial decide começar a estragar o jogo. Falhou muito e falhou demais. Falhou no penalty que não marcou contra o FC Porto (Meireles sobre Alan, creio), falhou em não expulsar pelo menos Rafael Bastos pela entrada assassina sobre Belluschi, falhou em apitar mais do que deve (o que faz SEMPRE), falhou quando marcava uma falta e no lance seguinte com a mesma configuração se esquecia de o fazer…enfim, falhou como falha habitualmente, é mais um dos apitadores que temos, que não deixa lutar nos lances banais e esquece-se de punir os lances graves. Mau.

Não estava à espera e aposto que ninguém esperava uma vitória tão gorda. Fomos melhores, fomos eficazes e mostrámos que ainda cá estamos para tentar ganhar isto. Não dependemos só de nós mas precisamos de continuar a pressionar os da frente para ainda poder sonhar. Vamos a Alvalade para ganhar, porque não temos outra hipótese. Espero que o jogo de hoje não tenha sido só uma noite acima da média e que subamos a fasquia para recuperar o atraso que, por nossa culpa, se verifica neste momento.
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Falta de gosto paga-se

Calções do Olhanense pagam tanto como falta de segurança do Benfica.

Ao ler esta notícia e constatar que os regulamentos da Liga estão tão distantes da realidade como o José Castelo Branco. A questão que se coloca é: quem é que aprovou estas doutas palavras e as fez lei.
Começo a achar que as reuniões da Liga são muito semelhantes a reuniões de condomínio. Quem já foi a uma já sabe como é que se processa. Passam-se duas horas a discutir assuntos que só interessam a um ou dois dos participantes e depois quando é altura de votar já ninguém se lembra do que raio se andou a falar nas semanas anteriores e diz-se que sim a tudo só para se ir embora.
Não venham depois dizer que as decisões se baseiam nos regulamentos e que blá blá é tudo legal. Têm toda a razão. Mas acaba por ser o mesmo que dizer que a arma que matou o vizinho disparou porque alguém pressionou o gatilho e não porque alguém o queria morto.

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União


Depois de ontem a SAD ter feito um comunicado bem escrito (apesar de um pouco excessivo na dialéctica), e tirando da cabeça o aspecto azeiteiro dos rapazes, tão embebedados pela moda jovem que lhes dizem que é “o que se usa agora”, são estas atitudes que dão orgulho aos adeptos e fazem com que a união do grupo passe para fora dos balneários. Pode não adiantar de muito mas mostra um espírito que ainda não tinha visto este ano e que enche os adeptos de alegria e esperança.

Se fizerem o mesmo dentro das quatro linhas no Domingo à noite, seria um momento alto da época, talvez um dos poucos. Vamos a isso, malta!
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