Citius, altius, fortius? Nenhuma das três.

 

foto retirada de zimbio.com

Tenho pena que as coisas tenham acabado (pelo menos por agora) desta forma. Nunca foi um génio, longe disso, e parecia sempre estar um degrauzinho abaixo de poder ser um indiscutível no FC Porto, primeiro ao lado de Bruno Alves e depois com Otamendi como companheiro no centro da nossa defesa. “É um turbo-lento!”, diz o meu pai, que achava o mesmo de Jorge Andrade nos seus tempos áureos de dragão ao peito, pelo menos até que lhe fiz notar que enquanto os adversários davam quatro passos, uma passada larga do central chegava para os acompanhar. Mas a verdade é que faltava ali qualquer coisa. Alto, forte, bom tecnicamente, raramente conseguiu aquele elemento diferenciador que poderia ter feito dele um central de grande qualidade ao nível dos que já por cá tivemos e continuamos a ter. E sempre foi essa a bitola pela qual todos os portistas avaliaram Rolando: é jeitoso, mas…

O problema, o único e enorme problema, é que Rolando, pelas declarações ou pela atitude demonstrada, sempre achou que era capaz de outros voos, de brilhar mais alto e mais intensamente. E nunca conseguiu.

Citius, altius, fortius. Nunca o foi. E sai, por uma porta bem mais pequena do que aquela que pensávamos vir a sair.

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Dezanove dedos de treta com Miguel Lourenço Pereira

Transcrição de uma conversa com Miguel Lourenço Pereira, autor do blog Em Jogo e da revista online Futebol Magazine:


MLP: gostaste do jogo?
Jorge: gostei, para ser sincero estava muito pessimista
MLP: já somos dois
Jorge: quando o nosso meio-campo é pressionado por gajos rápidos raramente se safa bem…e o Lucho não esteve em dia bom mas depois do primeiro quarto-de-hora as coisas tinham de acalmar. os próprios jogadores forçaram para que acalmasse.
MLP: e não é só isso. o jesus é um gajo que de táctica percebe mt pouco
MLP: um meio-campo de 2, especialmente se sao quem sao, é engolido facilmente pelo moutinho, fernando e lucho. e como o fernando descia para cair em cima do cardozo e o defour fechava, tinhamos sempre superioridade
MLP: o que faltou foi depois o efeito diferencial
Jorge: o Defour aí foi fundamental, é verdade. mesmo nas transições para as laterais esteve bem
Jorge: mas o Alex, pá…das duas uma, ou vira Marcelo e vedetiza, ou vai ser outro Evra. estou a gostar imenso do gajo.
MLP: sim, mt mais que o danilo
Jorge: precisa de aprender mais um bocadinho, ganhar calo, deixar de confiar nos últimos 20 metros
MLP: o problema é que, para teres um lateral como ele á esquerda tens de ter um que compense à direita, como tinhamos com o Paulo e o Nuno, o Secretario/Nelson e o Esquerdinha ou o Fucile e o Alvaro. Quando sobem os dois, é um problema
Jorge: quer dizer…o Cafu e o Roberto Carlos funcionavam bem…mas eram…o Cafu e o Roberto Carlos :)
MLP: exacto e também era um 3-5-2 ou 3-4-3, não um 4-3-3. é uma táctica de que gosto mt
Jorge: em Portugal é muito complicado, não tens centrais suficientemente bons e acima de tudo que se complementem
MLP: O problema é mais o meio-campo das equipas rivais ser sobrepovoado
Jorge: isso desenrascava-se com três blitzes iniciais, recuava logo tudo para a área :)
MLP: eehehe tu quando tens a posse de bola, no futebol portugues, o lógico é que jogasses quase num recuperado WM, tal são as defesas rivais
Jorge: ehehe, realmente
MLP: a mim irritava-me quando no dragao via a defesa de 4 quando as academicas, rio ave, metiam 10 gajos no meio campo deles. tens de jogar á guardiola, com os laterais de extremos, os extremos de avançados, os avançados de 10, os interiores no apoio e a defesa subida
Jorge: tinhas um ou outro pequeno problema. durante alguns anos tiveste centrais que tecnicamente não eram nada de especial…mesmo o Bruno Alves lá com o futvólei…não faz dele um gajo fiável. e tinhas o cagaço dos contra-ataques rápidos, daqueles anões tipo Caetano
MLP: isso exige mais do médio defensivo, tinha de patrulhar horizontalmente o meio-campo
Jorge: como faz o Fernando, como fez o Assunção e o Costinha, e se há uma coisa a apontar este ano é essa calma excessiva com posse recuada. o Barça faz isso mas com posse adiantadae nós não criamos perigo quando rodamos a bola.
MLP: exacto, porque a tens demasiado longe da área
MLP: se a linha do alex e do danilo fosse no meio-campo, com o ota e o mangala ligeiramente no circulo e o fernando estivesse mais proximo dos interiores, o campo abria-se mais, o varela e o james deixavam as costas e procuravam diagonais e eramos mt mais perigosos
Jorge: já quase que é, tu vês muitas vezes os laterais a serem os primeiros a arrancar o ataque, mas o Danilo não tem rotina de linha e força o meio, vê que não passa e joga atrás ao central…o Alex só tem rotina de linha, joga com o Varela que está cada vez mais lento e pumba, pro central ou pro João
MLP: sim, fazem-no, mas ainda mt longe da área, perdem velocidade e efeito surpresa nesse movimento
Jorge: acho que vou usar esta conversa para um artigo desta semana ;)
MLP: eheehe, força
Jorge: faz sempre bem injectar algum…futebol nas conversas sobre futebol ;)
MLP: exactamente, em portugal quase ninguem fala de futebol
MLP: fala da “bola”
Jorge: nem mais. se a Bundesliga não tivesse jogos tão enfadonhos, preferia ver os alemães que os lusos
MLP: eehehee eu já quase nao vejo futebol portugues
Jorge: há qualidade, mas muito pontual
Jorge: vamos ver agora o Paços na sexta
MLP: o paços é um projecto de que gosto
MLP: é o mais parecido que há em portugal com boa gestao
Jorge: se excluires os bonés que são sempre ridículos
Jorge: mas é um fait-divers, o que é certo é que continuam a renovar plantéis em condições sem oscilar muito, tem jogadores medianos que conseguem render imenso. aquele michel, por exemplo, que é um jogador banal e só se safou bem cá por ser um touro tipo Suazo ou Julio Baptista, mas mal chegou ao Benfica não conseguiu meter medo a nenhum dos que lá estava…mas aproveitam bem algumas boas oportunidades, gajos firmes, sem vedetismos.
MLP: estava a pensar escrever sobre o bétis e para mim é um projecto, salvo as distancias, parecido
MLP: jogam bem, sabem manobras registos distintos, aproveitam a formaçao deles e dos outros, jogadores de low profile que potenciam para vender e manter o msm ritmo, é mt importante para o futebol portugues ter 4 ou 5 clubes assim
Jorge: foi assim que o Braga começou. nao digo que o Paços tenha arcaboiço para lá chegar, mas está no bom caminho
MLP: sim, sao realidades diferentes mas é isso
MLP: para mim o estado actual do futebol portugues é espelho de uma realidade
MLP: já nao ha boavista, ja nao ha belenenses, já nao ha o vitoria de antes, os clubes da madeira sao demasiado irregulares e o sporting decaiu mt…tu imagina a competitividade de final dos anos 90
MLP: se fosse agora, com as respectivas melhorias em tudo, tinhas uma liga mt melhor
Jorge: completamente, mas manténs uma mentalidade de desenrasque
Jorge: há clubes que tem de cair para renascer
Jorge: não é possível teres equipas a sobreviver, à espera de um qualquer bailout que nunca vai aparecer
Jorge: e nessa altura, lembra-te, havia guito, planos Mateus e totonegócios e afins
MLP: claro, eu sei, é o que passa aqui com os depor, villareal, sevillas e afins
MLP: mas um bom gestor tipo salvador num boavista, num belenenses, num setubal, num maritimo, equipas com base de apoio real seria fundamental. pq depois tens isso, clubes que jogam bem, vao á europa mas sem base de apoio real o projecto nao cresce
MLP: o braga conquistou essa base, o boavista também, os da madeira têm a vantagem da ilha
MLP: o setubal tinha uma base mt sua que deixou cair, o belenenses também
MLP: são esses os que lá têm de estar, independentemente dos rio aves, paços, gil vicente fazerem brilharetes
MLP: e claro, eu quero um sporting grande, sou completamente contra a mentalidade fechado de tantos portistas que querem ver o sporting e o benfica na 2º…são eles que fazem o fcp melhor.
Jorge: isso nem se discute
MLP: alias eu sempre que disse que os 4 titulos do adriaanse e do jesualdo na europa davam merda pq eram reflexo de uma liga com um sporting e benfica fracos
Jorge: sim, repara na escócia e na noruega, são bons exemplos disso. a roménia também passou pelo mesmo mas conseguiu sair nos últimos anos, só que a custo e com uma atitude do mais autocrático que já ouvi
MLP: olha para a frança, nunca chegam lá pq os projectos sucedem-se mt depressa e nao ha concorrencia real
MLP: a romenia está em boom financeiro, quando acabar volta tudo ao de sempre
Jorge: é possível. será que vai acontecer o mesmo cá mas no inverso? ;)
MLP: não sei, para isso precisamos de bons gestores tipo salvador ou investimento real, como faz o mendes no rio ave e agora parece que o belenenses está a fazer.
MLP: demora tempo
Jorge: é uma gestão específica
MLP: e aquilo que mais me doi, o abandono da formaçao
MLP: o fcp ficou grande á custa da formaçao alheia
MLP: e nunca ninguem diz isso. nos tinhamos e tivemos sempre uma formaçao razoavel, mas apanhavas os grandes dos outros cedo. o rui barros, o pacheco, o sousa, o joao pinto, o fernando couto, o carvalho, tudo gajos que só chegaram ao porto com 17, 19 anos
Jorge: eram tempos diferentes, havia muito menos cultura de grande cidade, muito menos infraestruturas de transporte, a malta ficava na “terrinha” até mais tarde. todos esses são de zonas próximas do Porto: Gaia, Espinho, Feira, Paredes…
MLP: sim, é verdade, mas agora tem de se recuperar pq os grande entraram noutra dimensao, a formaçao de estrangeiros para vender o que abre espaço aos clubes medios como está a fazer o guimaraes que tem uma optima formaçao
Jorge: não me preocupa, sinceramente. sempre houve e haverá bons jogadores, é uma questão de investires em bons scouts e teres uma boa rede
Jorge: ficas mais susceptível a negociatas estranhas com empresários, é verdade, tens de arriscar
MLP: a mim sim, eu quero ter um fcp com identidade propria, não um empório de jogadores, e vejo a formaçao e encontro mt poucos putos que associes ao porto como cidade e espaço. quero mais tozés do que sebás, sinceramente.
Jorge: lírico…
MLP: já sei que o importante é ganhar, mas como dizia o blanchflower, é ganhar com estilo, com atitude, com identidade
Jorge: estás disposto a transformar o FC Porto num Sporting?
MLP: o sucesso deste barça é um espelho do que conseguem nao só com a formaçao, mas com a identidade comum
Jorge: mas o Barça é um caso aparte, como o Bayern ou o Nantes e o Auxerre aqui há uns anos
MLP: o problema do sporting é que nunca foi exemplo para ninguem, isso é mito
MLP: o barça é o continuador de uma saga, não é um caso á parte.
MLP: o sporting tem uma boa formaçao, mas nunca fez realmente a ponte, salvo 2 ou 3 anos
MLP: o que eu penso é que num plantel de 25 há espaço para os craques, para os negocios com empresarios e para a formaçao, com um equilibrio real. até pq em lucro de venda, um ricardo carvalho rende mais que um pepe porque custam os dois 30 milhões a quem os compra mas tu ficas com o 100% do 1º e do segundo tens de descontar o que pagast
Jorge: certo, mas nem sempre consegues facilmente um Ricardo Carvalho, tens de optar ainda em escalões mais novos por teres três, quatro opções para as mesmas posições. quando queres comprar um Pepe…tens o mundo para escolher.
MLP: para cumprir o sonho de um 11 da cantera precisas de muita sorte. o barça tem mt sorte, pq o que se passa agora nao se vai voltar a passar nunca mais. e para alguem como nos é impossivel, e mesmo esses vais vende-los sempre
MLP: mas a mistica nao pode recair nos helton e nos lucho, por mt identificaçao que haja
Jorge: concordo, mas estás disposto a arriscar ter seis ou sete canteranos…e não ganhar?
MLP: sinceramente, o que é nao ganhar neste fcp? a liga? pq a liga, tal como está, tens sempre 50% possibilidades de ganhar com quem quer que seja. ganhaste ligas com equipas e planteis de merda, dos farias, adrianos e afins
Jorge: porque os outros também tinham equipas de merda…quer dizer, alguns ainda têm
MLP: exacto, e actualmente continuam a ter
MLP: ehehe
MLP: o benfica está a fazer isso, a incorporar ao plantel. eu nao digo fazer um onze com 6 canteranos, digo num plantel de 25 que pelo menos 1/3 seja da casa ou sejam portugueses pescados cedo
MLP: estamos a falar de 7, 8 jogadores
MLP: um 2º e 3º guarda-redes e já ocupas 1/3 desse lote
MLP: por exemplo, imagina o plantel com o kadu e o ventura no lugar do fabiano; com o castro, o tiago ferreira, o tozé, o atsu e o martins (no lugar do kelvin)
MLP: e já tens sete jogadores fixos de formaçao na 1º equipa. uma boa percentagem.
Jorge: o Martins por acaso é um tipo que me agrada ver a jogar
MLP: o problema é que deixamos também de estar atento ao mercado nacional, há bons jogadores que podiam ser trabalhados ainda mais a nivel nacional e chegar ao topo
Jorge: nunca tinha pensado nisso dessa forma
Jorge: dou-te razão


Quando se fala sobre futebol com alguém que percebe e acima de tudo gosta de futebol, é um prazer.

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O regresso do Professor Jota

Jesualdo está de volta a Portugal. E vai ser curioso vê-lo a defender as cores de outro clube depois da saída do FC Porto ter deixado muitos adeptos aliviados ao fim de uma temporada infeliz. Lembram-se de 2009/2010? Foda-se, parece que foi há vinte anos, palavra de honra. Os nomes do plantel eram tão diferentes, as perspectivas eram altas mas o mundo parecia outro, menos estranho, mais fácil de garantir com a qualidade do costume. Eram quatro campeonatos seguidos que tínhamos no saco, e se o primeiro foi arrancado a ferros pelas garras da garra do Co, Jesualdo ganhou os próximos três com sabedoria e perdeu o quarto por vários motivos, desde o túnel-gate à instabilidade da equipa, mas entretanto foi um dos principais gestores de talento e de potencial lucrativo dos seus activos, soube fazer crescer os jogadores que teve ao seu dispôr, percebeu como e quando Fernando e Anderson teriam de entrar para a equipa principal, tirou o melhor rendimento de Lucho, Lisandro, Fucile, Bosingwa, Bruno Alves, Meireles, Tarik e Quaresma e ainda teve tempo para ensinar Falcao e Hulk a perceberem como jogar na Europa e deu-lhes as bases que os “fizeram” como jogadores, como ambos já reconheceram em público várias vezes. Deu a cara pelo clube várias vezes, oferecendo o peito de frente para tanta ak-47 apontada para tantos e tantos jogadores durante os quatro anos que por cá passou. E teve pontos baixos também no percurso, com rumores de excessiva dependência dos capitães de equipa e alguma indisciplina no balneário, com filhos e enteados ao barulho – bocas nunca confirmadas – algo que se tornou incessante na especulação durante a última época, onde me ficaram na cabeça aquelas imagens humilhantes do nosso comportamento na final da Taça da Liga no Algarve. E houve escolhas de duvidosa qualidade, com nomes como Bolatti, Mariano, Stepanov, Benítez, Pelé, Lino e vários outros. Houve coisas boas e más, com as primeiras a ultrapassar claramente as segundas.

Vai ser estranho vê-lo do outro lado. Foram quatro anos com ele à frente do barco e a mudança para um homem como Villas-Boas foi pedida por muitos para que a equipa pudesse ter uma renovação, na altura era tão necessária e que se verificou que foi mais uma decisão ajuizada de Pinto da Costa (mesmo não mudando muitos jogadores, mudou a motivação e mudaram os métodos, abanou-se e bem a estrutura), não creio que Jesualdo tenha a mesma protecção em Alvalade que teve no Dragão. Houve confiança no seu trabalho durante vários anos durante os quais atravessou, como era natural, alguns períodos menos bons como no Inverno de 2008 em que foi muito contestado e poderia ter sido atirado à turba como sacrifício, mas sempre teve o apoio que necessitava para continuar o trabalho. Como Vitor Pereira no ano passado é um exemplo paradigmático desta paciência que não é fácil mas se torna obrigatória, temo que no Sporting não haja esse tipo de filosofia de aposta a longo prazo.

Que é como quem diz: Depois de Málaga e Atenas, Jesualdo, amigo, mais uma vez aí ninguém vai estar contigo.

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Um apelo à calma

Começo por citar algumas palavras que escrevi aqui há uns anos, na altura que Villas-Boas arrancou como treinador principal do FC Porto:

“Naquele que será talvez o início de época mais importante dos últimos anos, em que precisamos de estabilidade e tempo para maturar, para evoluir positivamente, para solidificar ideias e estratégias, para crescer como colectivo numa altura de indefinição…numa época onde temos muitos novos jogadores todos eles bastante jovens, com o período de adaptação que todos atravessam numa fase de mudança de hábitos, ritmo e vida…e é nessa altura que esta corja de adeptos aparece para se congratularem com o que para eles é o óbvio, eles que provavelmente eram os primeiros a contestar Jesualdo quando as coisas corriam menos bem.”

Parece-me lógico que as coisas mudaram um pouco desde então. É verdade que não estamos no arranque de uma nova era. Não há passagem de testemunho de um treinador cansado com uma equipa cansada e adeptos cansados. Não acabamos de sair de uma temporada em que a Taça de Portugal pouco serviu para limpar a imagem de uma temporada fraca com um pecúlio limitado. Não tivemos duas derrotas consecutivas num torneio fora de Portugal contra adversários de calibre igual ou até um pouco inferior ao nosso. Mas houve algumas coisas que não mudaram.

Continuamos com a desconfiança natural num treinador que era jovem, inexperiente e olhado de lado por ter passado um naco da carreira dele ao lado de um dos homens que se tornou um vencedor a nível europeu da forma mais rápida que há memória triunfadores do futebol mundial. Continuamos com o plantel instabilizado com notícias diárias de putativas saídas de membros fulcrais (Bruno Alves e Raul Meireles em 2010, Álvaro Pereira e Hulk em 2012). Mas acima de tudo continuamos com adeptos a reclamar por tudo, com tudo e de tudo, antes mesmo de vermos a bola a rolar num ambiente diferente, onde os pitões podem rasgar e a competição já magoa. Continuamos numa espécie de limbo virtual, como se nos colocássemos num qualquer football manager ou casino online em que os jogadores e apostadores se lançam numa demanda doentia pelo cinismo do botabaixo e ficam chateados quando vencem porque não vencem como queriam vencer. Onde se compram e vendem nomes e números pelo prazer do jogo e da competição pessoal em detrimento da causa maior: o FC Porto.

Por isso, meus caros, vamos lá ter um bocado de calma. Ao menos esperem até haver algo que possam criticar, se é que vai aparecer. Villas-Boas, depois do fraco Torneio de Paris, surgiu na Supertaça em grande e venceu o Benfica por 2-0. Dêem o benefício da dúvida a Vitor Pereira. Sim, mais uma vez. Deixem o homem fazer o trabalho dele. Depois, se as coisas não resultarem, critiquem. Mas façam-no com factos, não com conjecturas. Vocês, os portistas, são melhores que isso.

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Nove

Jackson Martinez é o novo nove do FC Porto. A camisola é pesada pela história que carrega mas todos temos a esperança que Jackson ajude a libertar esse peso e a brilhar intensamente com esse mítico número nas costas. Aqui estão os detentores dessa camisola desde que a numeração foi tornada fixa em 1995/1996:

 

1995/1996 Domingos
1996/1997 Domingos
1997/1998 Grzegorz Mielcarski
1998/1999 Grzegorz Mielcarski
1999/2000 Domingos
2000/2001 Domingos
2001/2002 Juan Esnáider
2002/2003 Edgaras Jankauskas
2003/2004 Edgaras Jankauskas
2004/2005 Luis Fabiano
2005/2006 Benni McCarthy
2006/2007 Lisandro López
2007/2008 Lisandro López
2008/2009 Lisandro López
2009/2010 Radamel Falcao
2010/2011 Radamel Falcao
2011/2012
2012/2013 Jackson Martinez
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