We. Win. Everywhere.

PS: mais orgulho que todos estes troféus são os dez minutos de publicidade que a RTP enfia pela goela abaixo dos telespectadores na altura em que toda a gente quer ver as primeiras emoções cruas de uma vitória histórica de uma equipa que se soube fazer grande pelo menos por uma tarde. E a abertura do telejornal da SIC com o filho de Ronaldo. Sinto como se me tivessem urinado nos dentes e dissessem que era sumo de laranja. Priceless.

Link:

Baías e Baronis 2011/2012 – Os guarda-redes

A partir de hoje vou juntando a minha às milhentas análises que já têm vindo a ser escritas desde que acabou o campeonato, porque interessa sempre olhar para trás a frio, agora que acabou a contenda e o caneco está deste lado. Dividindo para conquistar, como um João Bartolomeu ao serviço das forças do bem, arranco pelos guarda-redes. Vamos a isso:

HELTON

De longe o melhor guarda-redes do plantel e talvez continue a ser o melhor que alinha no nosso campeonato. Dá confiança à defesa, joga muito bem com os pés e tem aquele carisma extra que faz dele um dos preferidos dos adeptos em qualquer circunstância. A época foi boa, com poucas oscilações, começando em grande na Supertaça Europeia contra o Barcelona e com mais alguns excelentes jogos no campeonato, alternando com uma ou outra exibição menos conseguida mas sem falhas absurdamente gritantes. Não foi a sua melhor época mas parece-me evidente que não foi por sua culpa que sofremos a grande maioria dos golos que entraram na nossa baliza. Lidou particularmente bem com a situação da inusitada e acima de tudo inesperada mudança de capitão a meio da época, sem barafustar em público, fazendo com que a transição fosse feita sem grandes polémicas para lá das que foram criadas pelos perenes maldizentes do costume. Helton continua a ser um símbolo e a putativa renovação que ainda requer confirmação pública será bem-vinda.

Momento Baía: A Supertaça Europeia contra o Barcelona, evitando uma goleada de Messi & Cª; o jogo na Ucrânia contra o Shakthar como que a limpar a imagem deixada na partida em casa; a vitória na Madeira frente ao Nacional, onde salvou a equipa numa segunda parte de massacre na nossa área.

Momento Baroni: Poucos, talvez o frangalhaço contra o Shakthar no Dragão.

Nota final 2011/2012: BAÍA

 

BRACALLI

Vir para o FC Porto para ser suplente de Helton é uma espécie de Baiização de um guarda-redes. Bracalli sabia no que se estava a meter e só em caso de lesão ou de um afundamento de forma titaniquiano faria com que o ex-Nacional viesse a ser titular para lá da competição que está reservada para o guarda-redes secundário. Ainda assim Bracalli não comprometeu nos jogos em que participou, apesar da média superior a um golo sofrido por jogo ser sempre um ponto negativo, mas as atenuantes da composição alternativa dos defesas à sua frente, conjugada com alguns jogos em que estivemos particularmente fracos no sector recuado fizeram com que sofresse mais do que merecia e Bracalli não teve culpa disso. É notoriamente fraco com os pés mas é elástico na baliza e coloca-se bem nos remates de longe. Não pode estar desapontado por ser campeão no primeiro ano de azul-e-branco.

Momento Baía: Não houve muitos, mas lembro-me de algumas boas defesas no jogo contra o Setúbal na Taça da Liga.

Momento Baroni: Sem dúvida o jogo da Taça em Coimbra. Não teve culpas nos três golos sofridos mas a verdade é que fica marcado com a derrota. Qualquer altura em que tenha de jogar com os pés é relativamente desconfortável para um adepto portista, admita-se.

Nota final 2011/2012: BAÍA

 

Uma nota também para KADU, que teve ao todo dezassete minutos de competição divididos entre o campeonato e a Taça de Portugal. Esteve bem, sem comprometer. Terá a sua oportunidade mais tarde, com alguma sorte. Não leva nota, como era de esperar.

Link:

Atenção: a probabilidade de partir a espinha é perigosamente alta

Começando pelo óbvio disclaimer: não estou a falar de qualquer tentativa de auto-felácio. Reparem como se faz uma inversão de valores, discurso e orientação mental num exercício de retórica digno de Aristóteles:

“Desde o Apito Dourado que não me lembro de um campeonato tão escandalosamente condicionado pelas arbitragens.”
(…)
“Mas, tal como Jardim, na sua ilha, acha que pode dizer o que quer porque pensa, como Goebbels, que “uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade”.”

in Record.pt, linkado a custo

Das duas uma: o homem está finalmente e orgulhosamente senil ou este é um artigo de ataque a Luís Filipe Vieira que ninguém estava à espera. Nem o próprio autor.

Link: