FCP vs Benfica – parte III

We shall go on to the end, we shall fight in France, we shall fight on the seas and oceans, we shall fight with growing confidence and growing strength in the air, we shall defend our Island, whatever the cost may be, we shall fight on the beaches, 
we shall fight on the landing grounds, we shall fight in the fields and in the streets, we shall fight in the hills; we shall never surrender (…)


Winston Churchill
4 de Junho de 1940







Domingo.
20h15.
É este o espírito.

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FCP vs Benfica – parte II



“How yet resolves the governor of the town?
This is the latest parle we will admit;
Therefore to our best mercy give yourselves;
Or like to men proud of destruction
Defy us to our worst: for, as I am a soldier,
A name that in my thoughts becomes me best,
If I begin the battery once again,
I will not leave the half-achieved Harfleur
Till in her ashes she lie buried.
The gates of mercy shall be all shut up,
And the flesh’d soldier, rough and hard of heart,
In liberty of bloody hand shall range
With conscience wide as hell, mowing like grass 
Your fresh-fair virgins and your flowering infants.
What is it then to me, if impious war,
Array’d in flames like to the prince of fiends,
Do, with his smirch’d complexion, all fell feats
Enlink’d to waste and desolation? 
What is’t to me, when you yourselves are cause,
If your pure maidens fall into the hand
Of hot and forcing violation?
What rein can hold licentious wickedness
When down the hill he holds his fierce career?
We may as bootless spend our vain command
Upon the enraged soldiers in their spoil
As send precepts to the leviathan
To come ashore. Therefore, you men of Harfleur,
Take pity of your town and of your people,
Whiles yet my soldiers are in my command;
Whiles yet the cool and temperate wind of grace
O’erblows the filthy and contagious clouds
Of heady murder, spoil and villany.
If not, why, in a moment look to see 
The blind and bloody soldier with foul hand
Defile the locks of your shrill-shrieking daughters;
Your fathers taken by the silver beards,
And their most reverend heads dash’d to the walls,
Your naked infants spitted upon pikes, 
Whiles the mad mothers with their howls confused
Do break the clouds, as did the wives of Jewry
At Herod’s bloody-hunting slaughtermen.
What say you? will you yield, and this avoid,
Or, guilty in defence, be thus destroy’d?”


em “Henry V” (Acto III, cena 3)
William Shakespeare





Domingo.
20h15.
É este o espírito.

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Baías e Baronis – Vitória Setúbal vs FCP







(foto retirada do MaisFutebol)


Nada faria prever a forma como o jogo iria terminar. Estava a ser uma partida entretida, com golos, razoavelmente bem jogada e com alguma incerteza no marcador, não tanto pela possibilidade do Setúbal empatar, mas pela forma como o FC Porto respondeu sempre com rapidez às falhas defensivas que originaram cada um dos golos setubalenses. Depois…foi a parvoíce. Siga para notas:

BAÍAS
(+) Falcao. Mereceu os dois golos que fez, no primeiro com o oportunismo do costume e no segundo com uma excelente chapelada por cima do fraquíssimo guarda-redes do Setúbal. Não mereceu o cartão amarelo que levou por acertar acidentalmente com a mão no adversário, depois de ter levado uma patada de Ricardo Silva e um carrinho de Bruno Ribeiro. Para além desse lance infeliz esteve sempre em foco durante o jogo, foi eficaz e marcou dois golos que lhe podem colocar na frente da corrida pelo título de melhor marcador.
(+) Guarín. O colombiano está a mostrar serviço, só é pena que tenha aparecido quase dois anos depois de chegar ao Dragão. Parece ser bem mais eficaz quando joga solto neste novo alinhamento de Jesualdo, jogando mais liberto, podendo-se ver que quando não se exige qualquer trabalho táctico acaba por ser muito mais produtivo. Continua a marcar golos (ainda mais estranho) e a fazer assistências (continua a ser estranho), o que pode indicar que teremos mais um ano de Guarín na equipa.
(+) Belluschi. Oscila tanto como um pêndulo de Foucault, entre o jeitoso e o medíocre, e hoje voltou a fazer um bom jogo, marcando um golo e fazendo jogar. Gostei do facto de ter sido bem mais agressivo que o costume na tentativa de travar as saídas do Setúbal para ataques organizados, e gostei também de o ver a não perder tantas bolas como costuma fazer, especialmente quando domina a bola e se põe a olhar para o jogo a tentar perceber o que pode fazer…e chega um adversário e lha tira…


(+) Jesualdo. O facto de não ter tirado Falcao para impedir que houvesse chatices e prevenir o amarelo é contra-balançado com o desejo do avançado em marcar golos para subir na classificação dos melhores marcadores, o que seria mais fácil num jogo contra o Setúbal do que contra o Benfica, por isso compreende-se. A opção pelo 4-4-2 chega tarde, depois de quase uma época inteira a apostar num inócuo e inadaptável 4-3-3, mas compreende-se. A forma como se indignou pode ter sido um pouco exagerada mas compreende-se. Aliás, hoje foi surpreendente vê-lo furioso com o 4º árbitro e com os jogadores do Setúbal que pontapearam Falcao. Foi expulso merecidamente. Mas não merecia ser impedido de estar no banco contra o Benfica naquele que será provavelmente o último clássico que terá à frente da nossa equipa.
BARONIS

(-) Hulk. Está a dar razão a todos os críticos que dizem que não é um génio. Continuo a achar que poderia ser (e ainda pode, carago!), mas com exibições pobres como esta, não é assim que lá chega. Desinteressado do jogo, pouco pressionante, inconsequente no ataque. Fraquíssimo.


(-) Fernando. Até nem esteve mal durante o jogo, cortando muitos lances de ataque ao Setúbal e saindo para o ataque com inteligência. O costume, portanto. Mas a maior contribuição para a partida viu-se nos golos do adversário. O jogo podia ter ficado 5-0. Talvez 2-0, 3-0 ou 4-0. Mas ficou 5-2. Por culpa de Fernando, com marcações absurdas nos lances dos golos do Setúbal, ignorando por completo que o rapaz de verde e branco pode chutar para a baliza dentro da nossa área e não é falta.



(-) Pedro Henriques. O amarelo a Falcao é absurdo. A forma como marcava faltas aos jogadores do FC Porto que lutavam contra o adversário de uma forma leal (bem mais leal que noutros jogos, diga-se) foi enervante. Para um árbitro que habitualmente só apita quando um jogador provoca um pequeno Armagedão, hoje passou toda a partida a agradar oralmente ao assobio.




(-) Ricardo Silva. Depois de uma primeira parte ao seu nível, passou os segundos 45 minutos a tentar acertar em tudo o que via e que andasse de laranja vestido em campo. Agrediu Falcao no lance em que o colombiano viu o controverso amarelo e fez, antes do quinto golo do FC Porto, uma “tesourada” por trás a Hulk que não só acertou no portista como também lesionou um colega de equipa. Um jogo de merda de um ex-portista que mostrou ser da mesma estirpe da performance que teve.


Novamente um resultado volumoso em jogos para o campeonato, novamente em 4-4-2. Para a próxima semana não temos Ruben, Varela, Falcao e Mariano e talvez tenhamos Rodríguez mas não há garantias. Os poucos que sabem jogar à bola nesta equipa estão a ser colocados na prateleira, quer por problemas físicos ou por suspensões…excepto Mariano, claro, se bem que neste momento até o argentino podia jogar que não fazia diferença se andasse de gatas atrás da bola como de costume. Espero que o Braga perca.

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Baías e Baronis – FCP vs Vitória Guimarães





(foto retirada do MaisFutebol)


Mais um jogo a um Domingo à noite. Saí de casa a pensar que ainda poderia haver muito trânsito mas nem isso. Pensei que ia chover, mas nem uma gota. Sonhei que o FC Porto ia fazer uma boa exibição, mas mais uma vez saí do estádio com um sabor a pouco. Valeu pelo pré-jogo, onde tive o prazer de conhecer o Vila Pouca do Dragão até à morte e de reencontrar o BlueBoy do Bibó Porto, carago!. É malta que gosta e que sofre com o clube como eu, por isso aposto que saíram do estádio a pensar: “Eh pá, ganhámos, mas se ao menos jogássemos bem isto tinha outro gosto.” Pelo menos foi isso que eu pensei…

BAÍAS
(+) Falcao. Poucos têm lutado tanto como Falcao em todos os jogos. A vida costuma correr-lhe bem, marca golos e dá vida ao ataque da equipa, esforça-se e os colegas esforçam-se por lhe meter a bola. Hoje foi mais uma exibição de garra e de vontade daquele que parece ser o único jogador que ainda luta por ganhar alguma coisa esta temporada: o título de melhor marcador. Falcao continua em luta directa com Cardozo, empatado em número de golos no primeiro lugar. Espero que ganhe.
(+) Beto. Chamado a substituir Helton devido a uma lesão no dedo do brasileiro, Beto esteve a grande nível todo o jogo. Perfeito nos cruzamentos, rápido e eficaz a defender remates fortíssimos de Desmarets e companhia, teve ainda de lidar com as constantes armadilhas que Bruno Alves lhe colocava, com passes “à queima” que testaram a qualidade de Beto a jogar com os pés. Está a fazer por merecer a chamada à Selecção.
(+) Fernando. Parece que o brasileiro regressou às boas exibições. Impecável no corte e na antecipação, foi o único elemento do meio-campo que jogou de forma coerente de início a fim, já que Valeri andou perdido, Guarín trapalhão (apesar do golo) e Belluschi inconsequente. Gostei de ver o tampão à entrada da área que sempre foi, e infelizmente como a equipa tende a recuar em demasia, Fernando acaba por ser o garante da estrutura defensiva do meio-campo, já que os rapazes que estiveram hoje à sua frente não defendiam nem faziam por isso.


(+) Álvaro Pereira. A grande maioria dos lances de ataque do FC Porto foram conduzidos em claro excesso de velocidade pelo seu flanco, e notava-se uma fome de Álvaro em marcar um golo, que por várias vezes lhe foi negado pelas luvas de Nilson, sempre em boa forma. Algumas falhas em passes fáceis foram colmatadas pelos arranques que fez, deixando Rui Miguel e depois Jorge Gonçalves a descer no terreno para tentar apanhar o uruguaio. Mais uma vez, gostei.
BARONIS

(-) Bruno Alves. Mais uma voltinha, mais um jogo ridículo. Parece estar a fazer de propósito para enervar os adeptos, com falhas incompreensíveis na saída para o ataque, quando se lança sozinho com a bola a rolar…quando atrasa a bola para Beto, deixando-a mais próxima do avançado do que seria considerado seguro…ou até quando tem entradas faltosas violentas que põem em risco a defesa de um resultado por parte dos colegas. Continuo a não perceber como é que um jogador que marcou dois ou três golos de livre durante a vida toda insiste em tentar marcar todos os lances de bola parada da equipa que possam permitir remate directo. Todo o estádio susteve a respiração a pensar que ia ser expulso quando entrou de uma forma brutal sobre o jogador do Guimarães. Se o fosse, ninguém contestaria.

(-) Ritmo do jogo. Continuo a achar que o público do Dragão está como que adormecido perante a falta de qualidade do jogo colectivo do FC Porto. Jogamos com uma tristeza, uma falta de garra e de ambição que é sintomática da classificação que ocupamos. Não sei se estamos em terceiro por jogarmos assim, ou se jogamos assim por estarmos em terceiro, mas entendo que uma não se pode dissociar da outra.


(-) Meio-campo. Mais uma vez Jesualdo surpreendeu-me com 8 sul-americanos em campo e um meio-campo que não lembra ao demónio. Valeri, Guarín e Belluschi? Really?! Valeri, dos três, foi a maior decepção, até porque tinha gostado dele na passada quarta-feira, mas andou perdido todo o jogo, falhou poucos passes porque teve a bola poucas vezes; Guarín esteve ao estilo dele, marcou um golo com alguma sorte mas o resto do jogo andou trapalhão, a passar a bola com força a mais e discernimento a menos; Belluschi, como de costume, andou indeciso a mais, sem grandes soluções para acelerar o jogo. Tudo fraco.

(-) Hulk. Chamam-lhe o incrível mas continua a ter jogos destes, eles sim incríveis. Incrível a forma como displicentemente perde bolas fáceis quando tenta fintar o adversário, acabando por se fintar sozinho; incrível a maneira como não luta por UMA bola que venha pelo ar; incrível quando só aguenta três jogos seguidos a bom nível físico, quebrando logo depois. Continua a ter de melhorar bastante.


Com a extemporânea entrega do troféu de campeão no início do jogo (seria este o melhor momento para entregar a taça do ano passado? até parece que senti fel na boca…) lá vencemos um jogo tradicionalmente complicado. Foi um jogo fraquinho, mais um, que valeu pelo convívio, pelo esforço de Falcao e pela boa disposição nas bancadas. Só falta mais um jogo em casa este ano…

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