E o exemplar do "Noites Europeias" vai para…

Ricardo Moreira, que acertou nas três respostas com a perfeição de um livre do Gica Hagi, de um passe do Zidane ou de um remate do Van Basten. Sim, ainda estou em modo “europeu” e estarei pelo menos até amanhã, embrulhado num lirismo que é tão bom e tão ausente do nosso dia-a-dia. As respostas certas eram, para os mais distraídos:

Primeira:
Qual é a equipa fora dos Big-4 (Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra), actualmente a disputar uma prova europeia, contra quem o FC Porto tem 100% de derrotas e zero golos marcados em todos os quatro jogos a contar para as competições europeias disputados em casa dessa mesma equipa?
Resposta: RSC Anderlecht, uma das nossas bêtes noires europeias. Eis o nosso estupendo palmarés contra eles:

Segunda:
Quem foi o jogador a quem José Mourinho “roubou” a bola numa famosa eliminatória europeia disputada no Porto?
Resposta: Lucas Castromán, no eterno FC Porto vs Lázio de 2003, que terminou com a nossa vitória por quatro bolas a uma. Para se recordarem:


Mourinho_Castroman by stoitxkov

Terceira:
Em que infame posição foi Aloísio obrigado a jogar em Nou Camp por Sir Bobby Robson?
Resposta: Lateral esquerdo. Esta era evidente e só falhou quem não viu o jogo, aposto, porque quem viu tem de se lembrar de ver Stoichkov a passar com uma velocidade doida pelo desgraçado do Aloísio, incapaz de se adaptar à posição. Robson tinha as suas manias e errou algumas vezes, como todos, mas esta foi talvez das piores decisões que podia ter tomado enquanto esteve no Porto.

Obrigado pela participação, malta. Ao vencedor, parabéns pelas respostas e pela sorte de teres sido aleatoriamente seleccionado entre largas dezenas de respostas acertadas. Estou certo que vais gostar do livro!

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Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 0 Vitória Guimarães

Depois de sair do estádio, enquanto esperava que uma enorme carga de água cessasse de cair do céu da Invicta (bem-vinda, chuva tão nossa e tão ubíqua cá no burgo), ia ouvindo as conversas e havia três pontos de concordância geral entre o povo que discutia o jogo que tinha acabado de presenciar, que apresento aqui como citações mais ou menos precisas e com vernáculo corrigido: “Eu não vi penalty nenhum!”, “E aquele cabrão do avançado? Que trave!” e “Se jogarmos assim na terça-feira, estamos tramados…”. Concordo com todos e adiciono que a equipa parece perder clarividência, criatividade e organização à medida que os jogos vão avançando. Vencemos, é certo, mas foi caído do céu, como a chuva. Notas abaixo:

(+) Mangala e a luta com Maazou. Foi de longe o duelo mais interessante do jogo e só esse simples facto dá para perceber o quão aborrecido e pouco intenso foi o resto do jogo. Ainda assim, a forma como os dois “vinte-e-dois” se bateram, pelo ar ou pelo chão, foi o motivo de maior empolgamento dos adeptos, que viam ali uma fugaz escapatória ao deserto de ideias e às contínuas falhas técnicas e tácticas que a equipa exibiu. Mangala saiu quase sempre vitorioso, mas o canastrão que este ano chegou a Guimarães foi um dos adversários que lhe deu mais trabalho este ano (mais até que a luta contra Cardozo no jogo de Setúbal) e o francês superou o nigerino em quase todas as oportunidades.

(+) O espectáculo inicial das claques. Ninguém pode ficar indiferente ao ENORME pano que cobriu toda a Superior Norte e mais um pedaço da lateral, com nomes eternos da nossa história como faces num Mount Rushmore versão FC Porto. Nicolau de Almeida, Monteiro da Costa, Pedroto e Pinto da Costa foram elevados a heróis pelos adeptos, no tamanho que mereciam. Mais, só uma estátua. Parabéns, caríssimos co-adeptos.

(+) Josué. Marcou o penalty com calma. Ainda teve mais um remate perigoso…e não tivesse falhado setecentos passes durante o jogo e teria tido maior destaque. Como assim não foi…fico pelo elogio ao jogador que nos deu a vitória.

(-) Apatia, descoordenação táctica e falhas individuais em demasia. Parece ser contra a intuição natural de alguém que gosta de futebol, mas a verdade é que à medida que o tempo vai avançando e as ideias de Paulo Fonseca vão sendo naturalmente entendidas e adaptadas pelos jogadores, a equipa vai jogando pior. Falham-se muitos passes, democraticamente oscilando entre os curtos e longos, mas com uma percentagem de acerto abaixo do que seria uma exigência mínima. Há conceitos de base que insistem em ser atirados para canto pela maioria dos jogadores (Licá, protege o raio da bola em drible…Alex, olha para o lado a ver se vem alguém…Varela, tenta não tropeçar nos próprios pés quando recebes a bola…só para citar alguns) mas o que mais incomoda continua a ser a apatia. Há um alheamento da bola, uma tentativa de perceber em campo a melhor forma de agir enquanto o jogo decorre, sem que se consigam ver resultados práticos. Sim, Quintero tem uns pés que parece um Hagi moreno e com gel na trunfa, mas continua a ser jogador com mentalidade de vedeta em equipa pequena. Um bom elemento para um Fulham, um Hannover ou um…Pescara, onde tem mais alguns gajos que corram o que ele opta por não correr. Lucho está menos mal e vai tentando coordenar os movimentos dos colegas, mas nem ele parece entender o que é necessário para dinamizar a equipa. Fernando joga perto demais do centro da defesa, os laterais tardam a subir e fazem-no com pouco apoio, os extremos estão ineficazes, inexistentes e indolentes e Jackson parece amorfo, sem a capacidade de controlar a bola de costas e de rodar para uma ala onde, compreenda-se, raramente tem uma linha de passe. Juntemos a isto as trocas entre o médio mais avançado e um dos falsos extremos sem que haja progressão com bola, conquista de terreno ou qualquer perigo para a defesa contrária. O overlap dos primeiros jogos desapareceu, as linhas de passe não surgem porque não há magia no Mundo que as crie sem que os rapazes trabalhem para isso. Há gente a mais nalgumas zonas (meio-campo defensivo em ponto de construção) e a menos noutras (entrada e laterais da área). Há confusão, desorganização, desatenção, há tanta coisa mal que vou desesperando sempre que saímos em posse para o ataque. Há pouco tempo para construir uma equipa do início, mas temos de tentar corrigir alguns dos problemas para evitar males maiores.


Num jogo em que se celebrou o 120º aniversário do clube, os adeptos mereciam mais. E ninguém se chatearia muito se a segunda parte tivesse sido igual à primeira, com um ou outro golo a dourar o espectáculo e a dar a vitória à equipa. Para nos rirmos todos um bocadinhos e partilharmos com sonoras gargalhadas os pedaços de passado que vivemos em conjunto. It was not to be. Talvez no futuro possamos olhar para trás e rir destes momentos. Mas o presente, esse não dá para grandes sorrisos.

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Ouve lá ó Mister – Guimarães

Mister Paulo,

Foi uma semana bonita, foi sim. O circo que se foi formando à volta do jogo do Benfas abafou todas as outras notícias de mínimo relevo no país e nem sequer imagino o que poderia acontecer às estações de televisão e aos jornais se esta estupidez não tivesse acontecido. Tinham mesmo de falar da bola, já viste? Me livre. E tu, tu também te deixaste enredar nessa teia de parvoíce e entraste pelo caminho dos árbitros em apenas seis jornadas. Seis jornadas, pá, foi o que chegou para começares a mandar as postas a tudo que mexe. E até compreendo que o deprimente panorama de blogues por este país fora teve uma semana de completo orgasmo que nem me dei ao trabalho de ler a grande maioria do que se escreveu. Sabes que mais, Paulo? Parece que ninguém gosta de futebol. Gostam de falar sobre ele, mas do desporto em si…não entusiasma ninguém. Tenho pena.

Mas eu não me guio pela turba e continuo o meu caminho. E como é a falar da bola que a gente se entende, deixa-me que diga que o jogo do Estoril já é uma distante memória na minha cabeça. Que remédio, homem, fiquei doente no passado fim-de-semana porque foi o terceiro jogo consecutivo em que a minha equipa não jogou uma ponta de um real corno, daqueles dos rinocerontes em África que podem enfiar arcos de hula-hoop pela ponta. Começo a ficar preocupado que não consigas dar a volta a isto, mas vou hoje ao Dragão com a esperança em alta e a motivação assim meio que pró baixinho mas sempre com fé. Já me conheces, não consigo desistir e vou continuar a apoiar sempre. E vejo que estás com vontade de mudar esta triste sequência de exibições e fazer uma série de bons jogos para convencer o povo que estás cá para ficar e para pôr a equipa a jogar decentemente. Assim espero. Começar já hoje e continuar na terça-feira…era uma maravilha.

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

Nota sobre o passatempo Noites Europeias

Em primeiro lugar, as minhas desculpas por duas falhas. Hoje os comentários foram negligenciados porque estive ocupado com assuntos familiares a 100% (o motivo foi este e estou certo que compreendem) e também porque creio que alguns foram perdidos devido a uma mudança que foi efectuada no servidor de alojamento. Assim sendo, agradecia que não comentassem com as respostas mas sim que as coloquem no formulário cujo link foi colocado no post anterior e que aqui replico:

https://docs.google.com/forms/d/1Nu-7TyCjhhi90glzhomdqeHGtIE6vunZ4H4LVV1nK20/viewform

O outro ponto que me esqueci de mencionar é que o vencedor não é o primeiro a acertar (derrotava o princípio de haver um concurso a médio-prazo) mas será seleccionado de entre os emails dos que acertaram nas três respostas correctas. Para essa mesma selecção decidi usar uma ferramenta online (http://textmechanic.com/Random-Line-Picker.html), que escolhe aleatoriamente uma linha de um grupo de linhas inseridas, para que não pensem que ando para aqui a enganar a malta. Enviarei por isso um email ao vencedor no dia 29, mas todos estão convidados para o lançamento do livro! E a participar no passatempo, como é lógico!

Link:

Noites Europeias – ganhe um exemplar 100% fresquinho!

“Noites Europeias”. O cheiro da relva em húngaro, os remates cruzados em turco, os foras-de-jogo tirados em inglês com o sotaque mais cockney que se possa imaginar. É disto e de tantas outras temáticas igualmente interessantes que trata o novo livro que tem esse mesmo nome, co-autorado por dois enormes amantes…de futebol, que partilham o talento pela escrita com um inusitado lirismo que tanta falta faz à muy cínica sociedade em que vivemos. Esta é malta que prefere falar dos pontapés de Ronaldo em vez das chuteiras, do cabeceamento de Neymar em vez do cabelo, das defesas de Helton em vez da marca das luvas. É a face do adepto, do verdadeiro adepto, o que apanha chuva porque tinha mesmo de ver o jogo fosse onde fosse, o gajo que pede ao chefe para sair mais cedo para chegar a tempo de ver o treino, as montanhas de pequenas histórias que cada um de nós poderia contar e que estes dois talentosos, inteligentes e dinâmicos rapazes (e, porque não dizê-lo, portistas!) colocaram num tomo que só pode trazer um sorriso à face de quem o lerá.

E associando-me ao lançamento deste novo livro, que terá lugar na Casa do Livro em plena cidade do Porto, no dia 29 de Setembro pelas 17h45 (vão votar e enquanto esperam pelos resultados, dêem lá um salto), avanço com um passatempo aqui no Porta19 que desta vez tem mesmo um prémio para o vencedor: um exemplar novinho, fresquinho e (salvo qualquer imprevisto) autografado pelos autores. Daqui a uns anos vai valer bem mais que hoje, é um investimento mais seguro que SWAPs, amigos!

O passatempo é simples: três perguntas sobre a temática do livro: Noites Europeias. Com um soupçon de FC Porto ao barulho, está claro.

Então cá vão as perguntas:


Primeira:
Qual é a equipa fora dos Big-4 (Itália, Alemanha, Espanha, Inglaterra), actualmente a disputar uma prova europeia, contra quem o FC Porto tem 100% de derrotas e zero golos marcados em todos os quatro jogos a contar para as competições europeias disputados em casa dessa mesma equipa?

Segunda:
Quem foi o jogador a quem José Mourinho “roubou” a bola numa famosa eliminatória europeia disputada no Porto?

Terceira:
Em que infame posição foi Aloísio obrigado a jogar em Nou Camp por Sir Bobby Robson?
(e esta leva escolha-múltipla e tudo, não se queixem!)


Respostas podem ser dadas preenchendo este formulário:

https://docs.google.com/forms/d/1Nu-7TyCjhhi90glzhomdqeHGtIE6vunZ4H4LVV1nK20/viewform

Os resultados serão publicados aqui no próximo dia 29 de Setembro, dia do lançamento do livro!

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