Ouve lá ó Mister – Sporting


Amigo Vítor,

Devo dizer que ando com uma fome de bola que me faz parecer um puto num campo de refugiados curdos a tentar chutar um calhau só para parecer que estou num campo de futebol. São muitos dias sem ver o meu clube a jogar e sinceramente é um exagero. Mas já acabou o intermezzo, as luzes estão a acender e a apagar e é sinal que o espectáculo está de volta…e tenho umas coisinhas para te dizer acerca deste particular jogueco. Estás pronto? Toma notas, aqui vai aço.

Quero ganhar. Mas quero mesmo, mesmo ganhar. Quero que esfregues a puta da soberba daquela gente na relva de Alvalade e os deixes de tal maneira furiosos com o jogo que cheguem fogo às próprias cadeiras em vez de irem atear incêndios a dois quilómetros do vaso sanitário que chamam estádio. Quero que os fustigues com remates, quero que tapes as incursões do Capel pela ala até que o cabelo dele fique verde como o da vaca fadista. Quero que o Fernando chateie o Schaars de tal maneira que leve um pontapé para ser expulso. Quero que o Moutinho faça o mesmo ao Carriço e se ria quando o amigo fôr para o balneário a chorar. Quero que os centrais se encostem ao Van Xinksotrikel e não o deixem ganhar uma bola de cabeça. Quero que sejas expulso porque reclamaste mais uma puta duma falta mal marcada ao Belluschi e entretanto lembraste-te de te virar para o João Pereira e disseste-lhe que se ele alguma vez jogar no Barça ou no Milan é porque o Berlusconi lhe enfiou um dildo de metro e meio no recto. Quero que o Izmailov saia lesionado aos dois minutos de jogo porque tropeçou numa toca de toupeira. Quero que o Luís Duque expluda com três croquetes, meia alheira e um flut de Moët no bucho e derrame as tripas em cima dos correlegionários. Juro-te, quero tudo isto. Mas acima de tudo, quero ganhar.

Brinca com eles. Fala-lhes ao ouvido, diz-lhes o que eles querem ouvir. Motiva-os da maneira que melhor souberes. Mas este jogo, este singelo jogo que não conta mais de três pontos…é para ganhar. Esses três pontos são nossos. Já são nossos. Têm de ser nossos.

Sou quem sabes,
Jorge

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Basta-me pensar um bocadinho e lembro-me logo que sempre que saímos de Alvalade me sinto como uma ourivesaria na Almirante Reis

  • Basta-me lembrar as patadas do Maniche e do João Pereira.
  • Basta-me voltar à perseguição ao Moutinho no ano passado. Não falo do que se passou fora do campo mas dentro, onde há gente que leva um apito ao peito e que pode acabar com as tretas vingativas com uma assobiadela.
  • Basta-me recordar os vários golos em fora-de-jogo, do Valdés ao Vukcevic.
  • Basta-me trazer à memória as expulsões erradas de Maicon, Emerson ou Costinha e as facilitadas de Rui Filipe, Kostadinov, McCarthy, Mielcarski, Seitaridis…e Domingos.

E podia-me lembrar de muitos mais destes. Era só ir aquele site dos videos que tem nome de canalização e procurar um ou dois. Mas estas chegam-me para ter na minha cabeça o perene prejuízo que me fica atravessado na garganta e com que invariavelmente saímos de Alvalade. Temos de nos conformar com isso e partir para a luta. Não sei quem vai ser o árbitro, nem quero saber. Na nossa cabeça só pode estar a vitória.

Como esteve na cabeça destes moços, aqui há uns quinze anos. Especialmente daquele moço com o número nove que vai estar agora do outro lado com a outra côr.

PS: as hostilidades foram abertas tarde demais. As minhas desculpas.

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Não ponham mais pressão no rapaz, carago!


2. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 22 que ostentava pelo Santos, Danilo escolheu (ou foi escolhido para ele) o número mais importante de todas as camisolas do FC Porto, o eterno dois, o nosso equivalente ao 23 dos Chicago Bulls, o 5 dos New York Yankees ou o 99 de todas as equipas da NHL. Aquele que tanto me fez rir quando um dia perguntaram a Pinto da Costa quem era o número dois do FC Porto, com o intuito de falar do seu sucessor e/ou coadjuvante principal, e o nosso Presidente, ao seu estilo, respondeu: “É o João Pinto!”. Clássico.

Numa rápida visita pelos números “2” que já passaram pelos nossos diversos plantéis desde que há numeração fixa, temos três nomes que saltam à vista:
  • João Pinto (1995/1996 a 1996/1997)
  • Jorge Costa (1997/1998 a 2005/2006)
  • Ricardo Costa (2006/2007)
  • Bruno Alves (2007/2008 a 2009/2010)
O rapaz já percebeu, pela entrevista dada ao site oficial, que a camisola tem algum peso, mas estou certo que nem a vai notar. Nós, na bancada, é que vamos estranhar ver um número dois…estrangeiro. Nada contra, mas que vai ser estranho, lá isso vai.
Bem-vindo, Danilo!
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Prezzy speaky time – a não-análise

 

Do mal o menos, já que não se viu a fronha do Nuno Luz durante todos os 3 minutos de “ENTREVISTA EXCLUSIVA A PINTO DA COSTA, NEM PENSE EM PERDER ESTE FURO JORNALÍSTICO, CONTRATE UMA BABYSITTER, ROUBE A TELEVISÃO DO VIZINHO E HIPOTEQUE O SEU BARCO A REMOS, MAS ESTEJA EM FRENTE À CAIXA PARA NEM PENSAR EM ABDICAR DESTA FABULOSA OPORTUNIDADE QUE VAI FAZER HISTÓRIA NA TELEVISÂO PORTUGUESA!”

O resto…foi Pinto da Costa a ser honesto. Vitor fica até deixar de ter condições para ficar. Vamos ser campeões se conseguirmos ser campeões. Perdemos, portanto, a oportunidade de ver Nuno Luz a ser humilhado na televisão. Uma quarta-feira, como ele chama.

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