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Baías e Baronis – FC Porto 4 vs 1 Paços de Ferreira

Um jogo com tão pouco para ganhar ou perder acaba por ser um corolário lógico para uma época que nos trouxe momentos agridoces e que nos deixa com uma sensação de dever não cumprido. Vitória sobre o Paços por 4-1, com dois penalties a favor, várias decisões arbitrais discutíveis, uma táctica reinventada e uma clara separação dos adeptos perante a sua equipa. É apenas mais uma semana no tumultuoso mundo do Dragão. Vamos a notas:

(+) Otávio. Muito bem nas rupturas, na procura constante de uma linha de passe para um colega, aproveitando para ir ganhando terreno enquanto ela não aparecia. Merecia o golo que acabou por não conseguir marcar mas foi um elemento sempre imensamente activo e a marcar a diferença para Óliver na forma como consegue progredir com bola. Espero que faça uma época tremenda para o ano e seja vendido por noventa milhões para o Barcelona. What, posso sonhar, não?!

(+) André². Melhor que Otávio na primeira parte, foi-se apagando um pouco na segunda mas esteve em todo o lado com muita inteligência e capacidade de posicionamento acima do que tem vindo a fazer. Recuperou muitas bolas no meio-campo e ajudou a dinamizar o ataque enquanto teve pernas.

(+) Boly. Pode ter sido caro para o que jogou este ano, mas sempre que esteve em campo fê-lo com força, determinação e raramente teve falhas comprometedoras. Espero que fique para o próximo ano porque vamos precisar de gente com essas características, especialmente se pensarmos que apenas há três centrais no plantel sénior…e um deles tem mercado e do bom.

(-) NES. Na conferência de imprensa, NES deu os parabéns ao Benfica pelo campeonato. Vou repetir: NES deu os parabéns ao Benfica pelo campeonato. Depois do clube andar um ano inteiro a lutar contra os benefícios arbitrais ao Benfica, depois de todas as agulhas estarem apontadas ao agora tetra-campeão nacional para expôr o polvo e as ligações e os compadrios e todo o tipo de ataques que se fizeram ao clube rival, Nuno Espírito Santo, treinador do FC Porto, deu os parabéns ao Benfica. Se há exemplo de um homem que está desalinhado com as linhas condutoras do clube, é ele. E quem o mantém por lá não fica muito longe da bipolaridade.

(-) A cena com o Colectivo. Na altura não percebi o que se tinha passado e pensei que tivesse sido um protesto contra a direcção ou um memorial ao minuto X. Admito que a maior parte das vezes estou no estádio a ver o jogo e os eventos paralelos passam-me ao lado…como paralelos que são. Não liguei muito e apenas quando cheguei a casa percebi o que se tinha passado e…nem sei o que dizer. Se houve de facto censura interna à manifestação do Colectivo, é absurdo e só pode ter sido causado por exaustivamente termos andado a falar de Salazar durante tanto tempo que uma magia osmótica fez com que nos picássemos no fuso da roca dos outros. E é mais um exemplo que um clube que se quer unido acaba por disparar uma metralhadora nos pés nas alturas mais importantes, algo que tem vindo a acontecer, de uma forma ou outra, vezes demais nos últimos anos. Há que repensar algumas das atitudes que tomamos e especialmente o poder dado a algumas pessoas dentro do clube porque se uma cabeça toma decisões deste género, é sobre essa cabeça que cai a responsabilidade dos actos. Se as coisas se passaram da forma que li, este acto foi grave e é algo que me desilude de uma forma profunda.


Uma semana para acabar esta trampa e depois penso no que vou fazer a seguir. Começa a ser complicado manter a fé.

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Baías e Baronis – Chaves 0 vs 2 FC Porto

Vento a mais, futebol a menos. Foi um jogo aborrecido, mal jogado, com algumas oportunidades de golo mas uma eterna e enervante cerimónia no remate quando se exige sempre mais sentido prático. Continuamos a navegar à vista num campeonato que ainda pode ser nosso mas que parece cada vez mais longe. Safaram-se dois golos nas alturas certas e uma boa exibição de André², num jogo em que Nuno mexeu mais do que precisava…e fê-lo em boa altura. Vamos a notas:

(+) André². Um belo jogo do carregador de piano mais franzino que há memória no FC Porto, porque a posição que ocupa não se compadece com homens fracos e pequeninos, algo que André tenta contrariar sempre que pode. E o que é engraçado é que raramente o consegue, parecendo ficar quase sempre aquém do que deve fazer, mas não deixa de tentar, o que lhe dá algum mérito. Marcou um e assistiu outro, afirmando-se como titularíssimo neste plantel. Resta saber se continuaria a sê-lo se houvesse opções válidas para o seu lugar.

(+) Ruben Neves. É um jogo diferente quando o nosso menino está em campo em vez de Danilo. O que se perde em força ganha-se em organização, em construção sustentada e até em remate de longe. Melhorou nos livres directos e pode ser muito útil no último jogo quando o Benfica estiver a perder no Bessa e Ruben espetar um balázio nas redes do Moreirense. Leram aqui primeiro, não se esqueçam!

(+) Otávio, quando tem espaço. Belíssimo trabalho no segundo golo, onde esperou mesmo pelo momento certo para enfiar a bola pelo meio dos adversários e na passada de André². E progrediu sempre no terreno quando tinha a bola e acima de tudo com espaço pela frente, de uma forma que Óliver raramente executa e que nos últimos tempos tinha vindo a faltar. Continuo a preferir o espanhol (por um factor de sete triliões de vezes) mas ainda bem que a alternativa é razoável…apesar dos problemas que Otávio mostra quando não tem espaço e que podem ler em baixo.

(-) A entrada em jogo. OUTRA VEZ. Começa a ser complicado arrancar um jogo do FC Porto e não começar imediatamente a insultar quem quer que apareça no campo de visão. A forma da equipa entrar em campo é tão burguesa que não me admirava nada que puxassem de uma revista sobre decoração de interiores para lerem enquanto o adversário faz pela vida. Há tanta displicência, desconcentração, lentidão e pouca vontade de começar a jogar com garra que um dia destes vamos sofrer golos nos primeiro minut…oh wait.

(-) Otávio, quando não tem espaço. Leram o que escrevi em cima? Aquilo é só quando Otávio tem espaço para progredir e caminho livre, porque quando o rapaz se apanha com pernas pela frente…upa, é uma parvoíce de fintas inconsequentes, más decisões, nervosismo e uma postura de “vou ver se saco uma falta antes que perca a bola”. Não tenho grandes dúvidas que essa forma de se mexer em campo faz com que muitas das faltas (como a que teria dado um penalty a nosso favor e que mais uma vez não foi assinalada) sejam consideradas acções de interpretação cénica por parte do brasileiro. E era escusadíssimo, não era? Era, pois.

(-) Mais uma arbitragem simpática. Ora então mais um penalty por marcar. Ora então mais um ou dois amarelos por mostrar cedinho no jogo e que condicionariam os rapazes do Chaves para o resto do jogo. Ora então mais uma expulsão para o Maxi, o homem que foi expulso uma vez em mais de 250 jogos em competições nacionais pelo Benfica (fui verificar os números porque sou doente) e que teve dezenas, DEZENAS de lances iguais a este, com ou sem Xistra, acaba por ser expulso duas vezes em pouco mais de 60 jogos. A expulsão é justa, nada a dizer sobre o lance, mas é notável como a teoria das probabilidades leva uma facada das grandes quando se mete o Benfica ao barulho.


Faltam três jogos. Nove pontos. E o próximo, na Madeira, é ainda mais importante porque acontece antes do Rio Ave vs Benfica. Uma vitória coloca-os com mais pressão, mas qualquer coisa que não sejam os três pontos para nós…enfim, mais uma voltinha.

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Baías e Baronis – Braga 1 vs 1 FC Porto

Jantar de aniversário de um amigo a que não podia faltar. Restaurante tranquilo, com bom nível. Uma dourada grelhada maravilhosa. Bom verde da casa. Conversa animada, luzes a meio-gás, suave música ao vivo (esse conceito horrível que não compreendo como é que há quem goste, palavra) e uma televisão ligada ao meu lado. Mal começou o jogo alguém mudou a emissão de um extraordinariamente desinteressante concerto de um cantor espanhol qualquer e colocou as câmaras da SportTV em Braga a passar o seu feed na televisão. Lá se foi o jantar, a boa disposição, os momentos relaxados, a conversa simpática e o calor da dourada. Só ficou o nervosismo. E não me serviu de nada, porque voltamos a desperdiçar uma oportunidade de vencer um Braga mediano e mostramos que se conseguirmos chegar lá, seremos campeões apesar de Nuno e não devido a ele. Notas, sofridas, em baixo:

(+) Brahimi. Voltamos ao mesmo e se Yacine não se começar a chatear com isto é porque tem mais pachorra do que eu penso. Atiram-lhe a bola a cinquenta metros da baliza e esperam que saia dali um lance à Messi ou um golo à Beckenbauer. O argelino é o melhor jogador da equipa a fazer rupturas mas não se percebe que o resto dos colegas seja tão dependente dele quando querem jogar pela relva. Se nos alhearmos das várias vezes que Brahimi furou por entre vários gajos de vermelho e branco para não conseguir depois entrar na área ou rematar porque ninguém criava linhas de passe, só me diz que o jogador não tem culpa de se mostrar mais irreverente que os outros. O treinador, esse sim, tem de perceber se a equipa vai jogar com ele ou para ele. Até lá, vamos perdendo oportunidades umas atrás das outras.

(-) A entrada em jogo. Contra o Benfica escrevi isto: “Os piores dez minutos do FC Porto aconteceram logo no arranque. E foi pena que o Benfica tivesse tido exactamente a atitude oposta entrando estupendamente em jogo, agressivo no meio-campo, intenso e subido para recuperar a bola em zonas onde procurávamos ainda descobrir linhas de passe primárias que raramente existiram. O penalty acabou por ser um infeliz corolário a alguns minutos de intensa pressão e o Benfica fez por merecer isso.” Retirem “Benfica” e coloquem “Braga”, troquem “penalty” por “golo” e está explicado o porquê da desvantagem que poderia ter sido maior no final da primeira parte, não tivesse Deus tido misericórdia nossa e feito com que o enormíssimo cabrão do Pedro Santos falhasse o penalty, trazendo um pouco de justiça no sentido de lixar a noite de um estupor que até então tinha gozado de todos os privilégios possíveis por parte do árbitro. Ainda assim é mais um jogo em que entramos demasiado lentos, passivos, permissivos e acima de tudo distraídos. Não consigo perceber como é que Nuno permite que tal se repita, com homens no meio-campo a deixarem passar tudo por eles, os defesas demasiado recuados e lentos a agir e a intervir no jogo. Não percebo, a sério que não.

(-) Produção ofensiva. Pá, malta, temos todos de olhar para isto de uma forma consistente e coerente: não jogamos o suficiente para sermos campeões de uma forma assertiva. Até podemos chegar lá mas será sempre com mais acidentes do que seria expectável e nunca com a força das nossas exibições e a genialidade do nosso futebol. Nem sempre os campeões são feitos da massa que faz deles dignos de serem material para ser usado pelos Miguéis Ângelos deste mundo (o de Florença, não o de Cascais) para criarem as obras indeléveis da nossa história. A verdade é que o nosso jogo na relva, o que de facto produz golos e lances de perigo consistente, a maneira como tratamos a bola como equipa e como nos aproximamos da baliza adversária, não está a ser forte. Espremendo todo o caudal ofensivo, os apoios entre jogadores, a troca de bola e das posições entre colegas de equipa para propiciar hipóteses de marcar golos, dá muito pouco sumo e não estou a ver como podemos encarar qualquer jogo com tranquilidade quando os jogadores estão a jogar ao nível de um gajo com pouco treino mental a sentar-se em cima de uma cama de pregos e a tentar aguentar mais de cinco segundos sem furar as nádegas. Ainda podemos ser campeões mas vai ser sempre à custa de muito suor gasto pelos jogadores e muito pouca cabeça para lá chegar. Custa admitir mas é o que tenho visto.

(-) Arbitragem caseirinha. É incrível como é que Pedro Santos chega ao fim do jogo sem ver um único amarelo por faltas iguais às que deram vários (VÁRIOS, CARALHO, NÃO FOI SÓ UM CASO, FORAM VÁRIOS!!!!) amarelos aos jogadores do FC Porto. É incrível como é que o Brahimi é expulso por whateverthefuck e vai ficar suspenso nas próximas jornadas. É incrível como é que o penalty pela mão do Óliver (justo) é apontado imediatamente mas o Felipe é engravatado na área e não se marca falta. É incrível como o Fede Cartabia pode andar à patada ao Telles e a impedir o Iker de lançar a bola para a frente e continua em campo depois dessa e várias outras. E é claro que houve lances com jogadores do FC Porto a abusarem da sorte (Maxi, mesmo Brahimi em campo, até Danilo numa cotovelada que me pareceu acidental mas acertou no adversário na mesma) mas esse desespero foi causado em grande parte pela arbitragem bem inclinadinha que, mais uma vez, nos prejudicou. Deu-me um certo orgulho ver Luís Gonçalves aos berros com os árbitros e admito que gosto de o ver semi-possuído no banco. Faz falta um gajo desses, palavra.


*suspiro* mais um empate, o terceiro nos últimos quatro jogos. Não é possível pedir grande tranquilidade aos adeptos quando vêem a sua equipa a desperdiçar tantos pontos em tão pouco tempo quando estamos na recta final da Liga. E esta dependência do próximo sábado…nem quero pensar.

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Baías e Baronis – FC Porto 4 vs 2 Rio Ave

Uma equipa que depois de estar a ganhar sofre um golo cheio de azar ao fim da primeira parte e logo no arranque da segunda parte tem a infelicidade de ter um jogador a fazer uma partida horrível e a conseguir piorar a exibição com um penalty absurdo…e consegue dar a volta ao resultado com três golos consecutivos enquanto batalha contra o cansaço e um adversário muito bem estruturado…só nos pode encher de esperança para o futuro próximo. E preocupação, mas atravessemos essa ponte quando lá chegarmos. Por agora, aproveitemos o sorriso de uma excelente tarde de Sábado e vamos às notas:

(+) Os centrais, especialmente Marcano. Não quero exagerar ao dizer que temos uma excelente dupla de centrais. Há ainda algumas falhas de posicionamento, alguma fragilidade em vencer bolas aéreas e as coisas complicam-se quando é preciso sairem com a bola controlada ou em passes longos. Mas quando comparo estes dois com o que tínhamos desde há vários anos, há algo que se nota de diferente e que não via desde o entendimento quase perfeito de Rolando e Otamendi com AVB: cumplicidade. Ambos jogam um com o outro e um para o outro, em dobras, coberturas recuadas, atrasos ao guarda-redes com protecção, nota-se uma preocupação em serem um bloco em vez de dois elementos separados. Somando Danilo temos os marcadores dos três primeiros golos do FC Porto e talvez os homens mais consistentes do plantel até agora. Belo jogo.

(+) Telles. Três assistências em situações de bola parada. Três cruzamentos impecáveis. Três lances com o mesmo protagonista no arranque da jogada. Alex Telles? Alex Trelles!

(+) Herrera. Um jogo esforçado, multi-posicional e positivo daquele que foi o melhor mexicano em campo hoje no Dragão. É preciso inclinar para a direita e ajudar o Jota? Cá vou eu. Dava jeito chegar um bocadinho mais à frente e correr para pressionar o guarda-redes contrário? Arriba Arriba! Agora querem que venha para defesa direito porque o Miguel passou-se das ventas e não tarda nada vai prá rua? Andale Andale! Pode continuar a cometer muitos erros e a ser o homem errado para a posição onde joga, mas não lhe posso pedir para fazer coisas que não sabe. Hoje esteve bem, ao nível da braçadeira que usa.

(+) 43 mil adeptos no estádio. Ah, se as televisões não mandassem e não conseguissem atirar tanto dinheiro para os bolsos dos clubes…e teríamos bem mais jogos aos sábados à tarde, com um tempinho a ajudar e um ambiente agradável, cheio de famílias e malta que apareceu bem disposta e pronta para apreciar o seu clube a jogar no seu estádio. Aposto que se o jogo se tivesse disputado à hora “normal”, ou seja, quatro horas mais tarde, o número de pessoas presentes no estádio pouco passava dos trinta mil. É preciso continuar a incentivar esta cultura de futebol durante o dia, com luz natural, com vida e uma noite ainda para passar e apreciar! Raios, soube mesmo bem!

(-) Layún. Upa, rapaz, que hoje não vais dormir bem! De parvoíce em parvoíce até saíres, não foi, rapaz? Compreendo que não tenhas ritmo e que estás com vontade de mostrar serviço, mas hoje não foi o dia ideal para saíres da cama porque sempre que tocavas na bola lá havia de sair asneira. Então o penalty nem se fala, homem, porque tu viste bem o que fizeste e o teu sorriso de estupefacção perante a idiotice não engana ninguém. Nem a ti, obviamente. Agora deixa-te estar descansado, afasta-te de twitters e comentários ao jogo, fecha os olhos, arranja o mantra que quiseres e dorme. Amanhã vai ser um dia melhor, prometo.

(-) Inencaixabilidade do meio-campo. Posso estar a inventar uma palavra nova, mas é o termo certo. Continua a ser muito complicado enfrentar equipas que têm elementos fortes e dinâmicos no meio-campo. Com Danilo quase colado aos centrais e os laterais também surpreendentemente recuados, cabia sempre a Corona, André Silva e a Jota a primeira linha de defesa para tentar, como os aliados entrincheirados no Loire, afastar os boches que subiam facilmente pelos montes de terra virgem que apareciam pela sua frente. Atrás deles, Óliver e Herrera tentavam sem sucesso cobrir o terreno que o adversário e recuam porque não têm a capacidade moral nem a disponibilidade física para essas andanças. Não têm, ponto. Trocam a marcação, na busca de cobrir mais espaço mas não conseguem porque o adversário, bem preparado, rápido e acima de tudo prático, coloca pivots nos locais certos para fazer o jogo fluir como uma jogada de bilhar, passes angulares e trajectórias rectilíneas sem grandes floreados mas em incessante procura da lateral para enfiar a bola no meio. Ruben Rubeiro, muito bem entre linhas enquanto teve pernas (como já tinha feito no jogo do campeonato do ano passado no Bessa) e Tarantini no meio a construir fizeram do Rio Ave uma equipa que pôs a nu as nossas falhas, ampliando-as. E o meio-campo continua a ser uma das principais dores de cabeça para mim, especialmente na postura defensiva. E não tarda nada está aí a Juventus. Coisa pouca.


Mais dois pontos ganhos ao Sporting e a pressão mantém-se sobre o Benfica. Não terá uma tarefa fácil…psych!

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Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 0 Moreirense

Frio de bater o dente no Dragão, equilibrado por uma exibição morninha, simpática e acima de tudo relaxada, em alturas até demais. Nota-se que a equipa está presa no arranque, jogando a medo sem provocar grandes desequilíbrios para não se desagregar, mas a confiança ganha-se também nestes jogos contra equipas mais pequenas e temos de continuar a vencer para afastar de vez a anormalidade exibicional. Sair do Dragão descansado é algo que não pode ser episódico, tem de ser a normalidade, como aconteceu hoje. Vamos a notas:

(+) Óliver. Até hoje não consigo perceber quem diz mal dele. Não percebo, a sério. Nuno colocou-o de novo na zona central e nota-se tão bem a diferença para as partidas onde joga descaído para a esquerda porque o fio de jogo tem uma cabeça pensante, que organiza a construção e pauta o ritmo de uma forma que para ele é natural e para outros seria tão forçada. Apesar dos primeiros vinte minutos abaixo do que pode e sabe fazer, continuou a trabalhar e saiu com um golo e uma boa exibição.

(+) Jota. Não marcou mas dinamizou de uma forma audaz o ataque da equipa, aparecendo mais inclinado para a esquerda mas raramente a funcionar como ala e sim como complemento do avançado. Lutador na disputa de bola, rápido e mexido no contra-ataque, foi de novo muito importante na maneira como a equipa se foca em André Silva e Jota aparece quase sempre como o seu principal auxiliar e o seu papel desequilibrador ajuda imenso a que André tenha de trabalhar menos e ficar à espera em posição de “poacher”. Saiu bem para descansar, precisamos dele em forma!

(+) Marcano. Um golo e uma assistência fazem dele um homem em destaque no jogo mas foi também pela serenidade defensiva que marcou a diferença pela positiva. Num jogo em que dois dos colegas na zona central estiveram abaixo do habitual, o espanhol destacou-se pela tranquilidade e acima de tudo pela atenção que mostrou na grande parte dos lances em que esteve envolvido. Calmo, tranquilo a rodar a bola e a recuperar na defesa, safou-nos várias vezes depois de falhas dos companheiros.

(-) Felipe e Danilo. Não sei se ambos estiveram a jogar PES na Playstation durante a noite ou se foram beber uma ou sete finos cada um, mas foram ambos elementos abaixo do nível habitual. Felipe arriscou mesmo ser expulso (seria o segundo amarelo) no início da segunda parte num lance que me pareceu falta lá no estádio e que não vi ainda em repetição, mas não foi o único lance em que esteve mal, com vários cortes parvos e distracções que podiam ter custado caro à equipa. Danilo esteve distraído, perdeu quase todas as bolas de cabeça para os avançados do Moreirense e falhou demasiadas intercepções por não estar atento ao jogo como devia.

(-) Falta de opções válidas no banco. Certo, podia ter entrado o Teixeira em vez do André², ou o Depoitre em vez do Rui Pedro. Até podíamos ter feito entrar o Boly para o lugar do Felipe. Mas Kelvin, acabado de chegar, lá levou as palminhas da malta mas não pode acontecer muitas vezes até nos apercebermos que o rapaz não é nada de especial. Faltam opções diferentes, com estilos diferentes que possam trazer novidades no approach ao jogo porque o que temos actualmente é jeitoso mas não é bom. Como diz um amigo meu, “de gajos jeitosos temos uma equipa B cheia”. E dou-lhe alguma razão…


E aproveitamos finalmente um deslize dos adversários directos, fazendo com que os pontos perdidos em Paços se tornem ainda mais importantes. Se tivéssemos ganho esse jogo (e vários dos outros onde perdemos pontos), estaríamos agora à frente do Benfica. Era bonito, não era?

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