Baías e Baronis – FC Porto 2 vs 0 Nacional

1234753_10152825523079485_8648881345561787181_n

retirada do facebook oficial do FC Porto

Um bom jogo, com uma boa vitória, numa boa noite de uma boa equipa, em frente a uma boa casa com boa vontade. E sem assobios. Quase sem assobios. Afinal de contas, quando a equipa consegue colocar em campo um futebol ao nível do que fez nos primeiros 15/20 minutos, que encostava às cordas qualquer equipa portuguesa e muitas das que por aí fora vão andando, não há razão para insatisfações de qualquer ordem. Algumas boas exibições, excelentes trocas de Lopetegui durante a partida, um rapaz que não engana, outro que enganou durante algum tempo e outro que parece ter deixado de se enganar sozinho. Vamos às notas:

(+) Brahimi. Parece improvável mas está a ser uma verdade impossível de contornar: depois de Madjer, há outro argelino que eleva os rabos das cadeiras do estádio do FC Porto em aplausos permanentes e totalmente merecidos. Yacine Brahimi. Tem nome de jogador e tudo, enrola nas bocas dos adeptos e solta-se com o grito que coloca o povo em brasa e as redes em chamas. Depois de uma excelente primeira parte, onde brilhou pelo flanco esquerdo a desfazer rins madeirenses sem fim, passou um bom naco da segunda parte sem grande produtividade mas sempre a tentar a finta curta em passada rápida, com pouco sucesso. E quando em discussão com o meu amigo do lado já ia pedindo a sua substituição por Tello…o homem faz-me aquilo. Sidestep, feint, sidestep again, kaplow. Deus me livre. Alá. Shiva. Vishnu. Zeus. Osíris. Venham todos. Este rapaz merece ser visto ao vivo.

(+) Quaresma. Ao intervalo, enquanto falava animadamente com o meu pai, ouvia-o a dizer: “E o Quaresma? O gajo até vem atrás defender e ajudar os colegas, nem parece o mesmo!”. E não parecia, mas por culpa sua, por nos ter habituado a ver um jogador tantas vezes indolente e sem vontade de mostrar…vontade de ajudar. O Quaresma que vimos hoje no Dragão foi voluntarioso, bom no passe, perfeito no overlap com Danilo e inteligente a reter a bola nos pés. Este Quaresma é titular no FC Porto, sem dúvida.

(+) Danilo. Mais um óptimo jogo de Danilo, apesar de algumas hesitações na primeira parte, onde deixou vezes demais os adversários passarem-lhe nas costas. Quando se entendeu melhor com Maicon (ao lado) e com Quaresma (pela frente), estabilizou a exibição e desatou a subir pelo flanco. E o golo é totalmente merecido, especialmente porque já o procurava há alguns jogos, sem sucesso. Continua a ser dos melhores este ano.

(+) Lopetegui a mexer. De todas as componentes das alterações que Lopetegui hoje fez na equipa, só não acertei na saída de Quintero. Preferia Óliver porque com Quintero em campo basta um passe para dar golo enquanto que o espanhol “rodriguilha” mais o jogo, mas aceitei a decisão. A saída de um dos dois médios com características quase idênticas era imperativa e a entrada de Herrera foi perfeita porque Hector esteve excelente na forma como complementou Óliver, alternando tranquilidade em posse com a abertura de passes horizontais para abrir o jogo. Herrera muito bem. Ainda não soa bem, mas sigamos em frente. Brahimi por Tello era exigível porque apesar do golaço do argelino, tornava-se evidente que se tivesse de correr dez metros para o marcar, talvez já não o conseguisse. E render Jackson por Quinz…Aboubakar, perdão, foi expectável pela correria do colombiano e a necessidade de o poupar para o importante jogo em Bilbau. Three for three, mister.

(-) Esta equipa não está pronta para jogar sem bola. Olhem para o meio-campo do Nacional. E pensem que tiveram 39% de posse de bola durante este jogo. Uma cambada de ogres prontos para demolir muros de castelos medievais que tiveram o privilégio de poder trocar a bola entre si durante largos minutos em pleno relvado do Dragão. Enquanto o jogo decorria. Com o FC Porto a gerir, atrás da bola. Mas agora alheiem-se desse facto digno de figurar em livros do fantástico e olhem para a constituição do meio-campo do FC Porto. O equivalente do Walter a jogar na posição 6/8/whatevs, somando-se dois elementos que levam o cagataquismo a um nível olímpico, pressionando em zonas estranhas (a sério, Óliver, onde RAIO andavas tu a correr naquele meio-campo se raramente chegavas perto do Ghazal e Cª?!) e incapazes de colocar entraves a jogadores que podiam pegar neles e arremessá-los pelo ar para o Fabiano, sem que fosse sequer marcada falta nem mostrado amarelo. Com a bola, génios. Sem ela, meninos.

(-) Alex Sandro. Deve haver uma regra não-escrita que só um lateral do FC Porto pode estar a jogar em condições de cada vez. O outro é relegado para um papel subalterno, um círculo muito especial do inferno por si criado, onde as invenções se sucedem sem sucesso, onde as falhas são ampliadas como um outdoor com a palavra FAIL em grossas letras negras, onde os passes saem tortos e as intercepções mal medidas. Não estás a ter uma boa época, Alex.


Mais uma jornada sem sofrer golos e com tantas ocasiões criadas que o resultado parece curto. Façam o mesmo na quarta-feira, rapazes.

Link:

Ouve lá ó Mister – Nacional

Señor Lopetegui,

Temos uma história com estes tipos que tu nem imaginas. Um dos jogos mais humilhantes da minha vida foi vivido neste mesmo estádio, aqui há oito ou nove anos, quando estes fulanos apareceram cheios de bazófia e nos cravaram quatro no lombo. Lembro-me que a meio do jogo já não havia nada que conseguisse fazer para abanar a depressão e já só me ria, juntamente com o meu companheiro de sempre nestas lides da bola. Ria-me, Julen, com uma derrota do FC Porto! Em casa! Por QUATRO! Há alturas em que não se consegue explicar o próprio comportamento e só posso atribuir esse pequeno acesso de loucura a uma qualquer histeria que possuiu a minha mente, até aí medianamente sã. Nunca mais fui o mesmo desde esse dia.

E se havia ainda qualquer necessidade de vencer este jogo, tens mais esse motivo. Estes badamecos habituaram-se a vir sacar pontos aqui à urbe e nós fomos consistentes na permissividade durante os últimos anos, o que me enerva sem que possa fazer o que quer que seja acerca disso. Não me deixam entrar em campo e tirar a bola de cima da linha de golo, dar dois bufardos no Rondón ou uma entrada de carrinho à Otamendi com anfetaminas nas pernas do Marçal (mais um gajo odioso), por isso delego em ti e nos teus a responsabilidade de o fazerem. Não precisa de ser nestes moldes nem com estas particulares doses de malvadez, basta que ganhes o jogo. Basta-me que relembres a esses gajos que quem manda aqui somos nós. Somos. Nós. Mai nada.

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

Baías e Baronis – Nacional 2 vs 1 FC Porto

 

foto retirada de MaisFutebol

Torna-se muito difícil assistir a um jogo do FC Porto para o campeonato a partir do momento em que é quase certo que nada fará com que consigamos vencer a prova. Ao mesmo tempo há uma espécie de desinteresse activo, onde o jogo ganha mais importância e o resultado cada vez menos, em que se começa a assistir às partidas numa fugaz esperança que a vitória calhe para o nosso lado sem grande convicção que tal venha a acontecer. Este foi mais um exemplo da forma como o FC Porto está desligado desta competição há algum tempo, preocupado com os jogos das taças e desconsiderando a prova que é mais importante para todos que estão da parte de fora do relvado. Cansaço, físico e mental, levam a isto. E até Capela ajudou, porque este jogo podia ter acabado numa vitória para o Nacional por vários motivos, mas aquele golo anulado a Jackson…enfim. Seis derrotas para o campeonato. Não me lembro de tal coisa. Para as notas, tout suite:

(+) Jackson. Já começa a ser azar ter dois golos anulados pelo mesmo motivo em dois jogos consecutivos. Se o que marcou ao Belenenses ainda pode ter sido precedido de carga sobre o avançado, este foi limpo, com Jackson a subir bem mais que o defesa do Nacional antes de cair por cima do adversário, que saltou bem depois de Jackson. Um erro que nos custou um ponto, mas que em nada mancha a boa exibição de Jackson, incansável na procura de espaços e na cedência da bola aos colegas que a pediam pelas laterais. Parece rejuvenescido depois do jogo contra o Benfica e espero ter um Jackson em forma até ao final da época e pronto para um Mundial em grande.

(+) Reyes. Continua a trabalhar bem este mexicano, com bom nível no passe, atenção na intercepção e bom posicionamento defensivo. Não tem culpa de estar emparelhado com um dos centrais menos fiáveis da história recente do FC Porto, tendo de tapar a sua zona e ajudar a cobrir a zona do colega…

(-) Indolência e descompressão competitiva na primeira parte. Há uma espécie de desinteresse que se apodera dos jogadores em alguns momentos que me parece incompreensível. A primeira parte deste jogo é um enorme deserto de 45 minutos, sem ideias, velocidade, agressividade e ritmo competitivo. Foi como se o jogo contra o Benfica tivesse consumido toda a força, a moral e a inteligência táctica da equipa, anulando um meio-campo que tão bem esteve na quarta-feira (foram os mesmos Fernando/Defour/Herrera que jogaram a meio da semana?!) e tornando qualquer saída de bola da defesa num muro intransponível, com passes falhados, péssimos controlos de bola e uma intensidade que se tornou dramática ao fim de meia dúzia de minutos, quando se percebeu que poucos estavam ali para jogar mas acima de tudo ganhar. Danilo e Quaresma foram a imagem mais evidente deste desnorte e alheamento competitivo, porque apesar de terem a bola dezenas de vezes nos pés, o 2 nem sequer tentava e o 7 tentava demais. Um Herrera lento demais, um Defour desaparecido e um Fernando trapalhão faziam o meio-campo afundar, e apenas Jackson parecia querer contrariar a parvoíce que grassava na mente de todos os jogadores. A segunda parte trouxe melhorias mas mais uma vez oferecemos dois golos e uma parte inteira ao adversário…só porque sim. E eu já nem me chateio com isto como fazia no início, com a diferença de estar a ver o jogo no sofá, porque se estivesse em campo podem ter a certeza que tinha corrido mais que aqueles gajos todos, nem que tivesse de romper o outro menisco.

(-) Abdoulaye. Se me permitem uma viagem pelo nosso passado, imaginem um jogador com a capacidade de passe de Stepanov, a excessiva agressividade de Argel, a velocidade de Ricardo Silva e o posicionamento de Matias. É esta amálgama de parvoíce que hoje ocupou a posição de titular no eixo da defesa do FC Porto. Tiago Ferreira de muletas faria melhor trabalho.

(-) Licá. Sou dos primeiros que diz que o rapaz não é extremo, tal como Ghilas também não o é e sofre com isso. Mas Licá insiste em provar que não pode sequer ser titular no FC Porto pela diferença de produtividade entre ele e Varela, deixando aqui a nota que Varela está a atravessar uma daquelas lombas de rendimento capazes de engolir três Hummers. Nem consegue mostrar o querer do início da época porque perde em velocidade, em força e em capacidade de luta contra jogadores do Nacional da Madeira. E quando isso acontece, mais vale ficar em casa a ver o jogo pela televisão.


E agora, meus amigos? A quinhentos pontos da liderança e a quase outros tantos do segundo lugar, terá chegado a altura de desistir como tantos pareceram fazer na primeira parte? Ser frio e calculista é complicado num clube que luta sempre para vencer, mas a toalha já está no chão há algumas semanas e quem a atirou primeiro foram os jogadores…

Link:

Ouve lá ó Mister – Nacional

Estimado Professor,

Uma viagem à Madeira nem sempre corresponde ao esperado. No meu caso seria o reencontro com um não-tão-velho amigo mas que está mais próximo de mim do que tantos outros bem mais velhos, em tempo de amizade e na própria idade do fulano. Equivale a litros de poncha, quilos de carne da boa, centenas de piadas foleiras com muito vernáculo e uma alegria enorme por estarmos juntos de novo. Soa piroso e na fronteira do homo-erótico, mas sei que compreende. No entanto, continuando o raciocínio, nem sempre destas viagens à ilha sai coisa boa. E hoje, quando entramos nas rectas finais das competições em que estamos envolvidos, cada saída de casa parece ganhar um peso ainda maior no culminar dos acontecimentos, pelo que o jogo desta noite é mais um desses calhaus no nosso caminho que queremos evitar a todo o custo.

Na estreia daquela que é a enésima dupla de centrais da temporada (deve ser um recorde, tenho de analisar mais a fundo), a somar à ausência de Varela, que aprovo seja por lesão ou apenas para descansar o rapaz, o meu caro amigo tem um biquinho de obra bem rijo. Já sabe que os fulanos jogam com garra e que em casa deles estão habituados a tentarem lixar-nos a vida a todo o custo. Não sei se o Marçal vai jogar, mas espero que sim, só para podermos ter o prazer de fazer esse estupor perder o jogo. Tenho-o numa daquelas listas de “Gajos para dizer a Satanás que pode espetar a forquilha à vontade”, por isso fico satisfeito quando o vejo pisar trampa ou perder com o FC Porto. O que lhe doer mais na alma.

Quanto a nós, é só jogar como na passada quarta-feira. Não vejo equipa em Portugal que nos aguente se jogarmos com aquela intensidade e coragem. Tenho fé em si e só espero que hoje na Choupana não apanhe nevoeiro. Peço desculpa. Eu sei, é mau demais, mas já é tarde e muda a hora…

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 1 Nacional

A noite já estava fria e nada parecia querer ajudar a aquecer. O jogo arrastava-se, pastoso, com ataques fracos, insipientes, tristes. Alguns bons passes iam sendo trocados pelos pés de Josué e Lucho, várias boas arrancadas de Danilo e carrinhos perfeitos de Otamendi, no meio de muita parvoíce, passes falhados, pouco discernimento perto da área e remates tortos. E o golo demorou a chegar, mas chegou com alguma justiça. E depois…nada. Nada. Uma inacreditável apatia, a que infelizmente nos temos vindo a habituar, apoderou-se dos jogadores do FC Porto e voltaram, como tinham feito desde o início da temporada, a relaxar com uma vantagem de um singelo golo que pode ser ultrapassada por um pormenor, uma falha, uma desatenção. Foi mais um exemplo da falta de atitude de muitos, começando no banco e passando para o relvado, onde a equipa que por ali passeava para voluntariamente sofrer uma paulada na nuca continuou a cometer os mesmos erros, com a mesma personalidade inexistente que este ano tem sido a imagem de marca de uma equipa. Nós, os adeptos, merecemos mais que isto. Penosas notas abaixo:

(+) Josué. Lutou enquanto pôde e o deixaram e só não o fez mais porque saiu a meio da segunda parte sem que tivesse feito por merecer a saída. Vários passes bem medidos, alguns remates com perigo mas acima de tudo a atitude de um lutador, que tem o coração quase de fora da boca (e dos dedos, como se viu na passada terça-feira) mas que dá o que tem. E como diz o ditado, quem o faz a mais não é obrigado.

(+) Fernando. Continua a ser um dos jogadores em melhor forma do plantel, numa altura em que joga preso a uma movimentação que estranha por não estar habituado a ter um homem a seu lado. Serviu como principal construtor nos inícios das jogadas ofensivas, recebendo a bola dos centrais e tentando progredir de forma a criar desiquilíbrios num dos ataques menos móveis da história do clube.

(+) Danilo. Está com mais vontade, muito mais moral e acima de tudo mais segurança na posse de bola. Não fez um jogo quase perfeito como tinha feito contra o Sporting, mas mostrou ao colega do outro flanco que se pode de facto subir com a bola controlada sem a perder infantilmente, usando o extremo como ponto focal enquanto inclina a trajectória da corrida para dentro ou pela linha a pedir o passe em situações de overlap. Está a ter o melhor ano desde que chegou.

(-) Atitude, ou a falta dela. Não consigo entender como é que se defende um resultado de um a zero. Não só não consigo como acho estúpido, pá, processem-me. Mas um único golo de vantagem parece transformar a cabeça de meia-dúzia de rapazes como se passassem dez modelos da Victoria’s Secret em frente a eles de cinco em cinco minutos e se roçassem umas nas outras enquanto o faziam. É certo que não temos uma equipa com o nível técnico de outros tempos, porque basta reparar na forma como passam a bola uns aos outros que se consegue logo compreender que talento não abunda nalgumas das áreas fundamentais do futebol. Mas começar a brincar (A BRINCAR, CARALHO, A BRINCAR COM A PUTA DA BOLA NOS PÉS E O ADVERSÁRIO PERTO!), com passes picados de cinco metros, domínios de peito para perder a bola para o adversário, passes na queima, passes para o lado sem saber se está lá o colega, ressaltos consecutivamente perdidos porque Deus me livre se alguém mete o pé à bola (não te exaltes, Josué, não estou a falar de ti), combinações que nem no PES funcionam e desatenções insuportáveis…todos estes são resultado de falta de pulso firme por parte do treinador. Para lá da táctica (que não funciona), das substituições (que raramente resultam), das escolhas para o plantel (questionáveis, mas dependentes de resultados) ou da ineficácia em frente à baliza (que acontece), o que falta é um chefe. Um treinador a sério, ou pelo menos que aja como tal. Não consigo entender que este tipo de situações aconteçam de uma forma tão rotineira e aparentemente natural, em que tantos lances sejam desperdiçados porque Alex Sandro passou a bola a vinte metros directamente para os pés de um adversário, ou porque a equipa ataca e contra-ataca em constante inferioridade numérica, ou porque Herrera demorou seis anos e meio a decidir com que zona da bota vai acertar na bola, ou porque Otamendi insiste em ter falhas do tamanho da Torre dos Clérigos (e hoje até estavas a jogar bem, meu estupor). Um treinador a sério tinha dado semelhante murro na mesa que ninguém se atrevia a fazer o mesmo erro duas vezes. E começo a acreditar que Paulo Fonseca, pela atitude que tem demonstrado, está satisfeito com o que os jogadores fazem em campo. Eu não estou. E por isso é que não sou treinador de futebol, porque é possível que fosse obrigado a ter um desfibrilador carregado no banco ao lado da minha cadeira. Não admito este tipo de faltas de atitude em jogadores do FC Porto.

(-) Varela. Conhecem aquelas máquinas usadas nas “batting cages” onde os americanos vão abanar um taco, ou em treinos individuais de ténis? As que lançam bolas sem se saber muito bem onde irão parar, por forma a treinar a coordenação motora e os arranques rápidos? Varela está cada vez mais parecido com uma dessas engenhocas, com a mobilidade e o domínio de bola a condizer com uma que seja feita de cimento. É fácil caracterizar a exibição dele hoje, usando sempre a palavra “não”: não cruzou em condições; não dominou uma bola decente; não fez um arranque suficientemente rápido para ultrapassar o homem que o defendia; não rematou à baliza (incluindo um pontapé que deu em lançamento lateral); não se pode queixar da sua substituição ter sido aplaudida. Não. Fez. Nada. Mariano González com três litros de vinho e o pé direito amarrado às nádegas tinha feito melhor.


Não saí triste do estádio. Saí chateado. Chateado com o treinador, com os jogadores, com a atitude passiva, com as falhas, com os passes mal medidos, com tudo menos comigo por ter optado por ir ao Dragão. Ser adepto dá nisto: há jogos bons, há jogos maus…e há jogos destes.

Link: