Ouve lá ó Mister – Paços de Ferreira


Amigo Vítor,

Não estou fodido contigo, Vitor. Nem contigo nem com a maior parte dos teus pupilos. Estava dessa forma no final do jogo contra a Académica, mas desta vez não estou. Porque sei que fizeste o possível com o que tens na tua mão e sei que tentaste ganhar na Luz e quase conseguiste. E se me costumas ler já sabes que não faço acusações parvas baseadas em conhecimentos alheios e só falo do que vejo e do que sei. E o que vi na Luz foi uma equipa que tentou ganhar e não conseguiu. Mas tentou. E tentou bem. Não correu bem, vamos tentar fazer com que corra melhor da próxima vez.

Mas hoje o jogo é diferente. A competição não é a mesma, é mais importante. MUITO mais importante. Tu sabes isso, eu sei isso, todos nós sabemos isso e até o Jesus sabe isso. O cá de baixo e o lá de cima, ou achas que ele não segue a nossa Liga? Ai ninas que não segue, porque o campeonato está ao nível dos outros campeonatos europeus, onde nada está decidido. Já reparaste? Das sete ligas principais do nosso continente (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha, França, Portugal e Holanda, na minha opinião e ordenadas por grau de importância aqui pelos gostos do teu amigo), está tudo à pancada no topo da classificação! Somos mais uns, no meio de tantos. Nesta altura há montes de clubes que apontam para o zénite (e não estou a falar do clube do Bruno Alves) e nós estamos naquela posição em que continuamos a depender só da nossa própria prestação para sermos campeões. Como o Manchester United, o Real Madrid, o Milan, o Borussia Dortmund, o Paris Saint-Germain ou o AZ Alkmaar. Ufa, custou. E podemos avançar mais um degrau importante no caminho para o título.

Só tens de ganhar, Vitor. Só tens de espetar um ou dois golos naquelas camisolas nojentamente amarelas que ofuscam a vistinha e ficam muito feias cobertas de lama. Tens de ganhar o jogo, metas quem meteres em campo. Bracali a ponta-de-lança, Kleber a defesa-esquerdo, Djalma a trinco, Otamendi na baliza. Este e os próximos seis…é que nem quero saber. Vou ver o jogo com a moral em baixa mas a vontade em alta. Ganha, por mim, por nós, por ti. E limpa mais uma das finais que anunciaste.

Sou quem sabes,
Jorge

 

APOSTAS PARA HOJE NA DHOZE:

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Baías e Baronis – Nacional da Madeira 0 vs 2 FC Porto

foto retirada de maisfutebol.pt

Há jogos assim. Tantas vezes fomos até campos hostis com o apoio de poucos mas bravos portistas e perdemos mas lutamos com galhardia. Tantas outras vezes nos deslocamos a lamaçais ou a relvados de pisos sintéticos e perdemos mas lutamos com galhardia. Hoje, na Madeira, lutamos com galhardia. Sem pernas, sem cabeça, sem entrosamento, sem pernas e sem pernas. Disse sem pernas três vezes de propósito. Porque a ausência de Fernando e a falta de frescura de Lucho e Defour são tão evidentes que me deixam a pensar que as decisões tomadas em Janeiro foram ainda piores do que pensei na altura. Ainda assim valeu-nos São Helton, ele que este ano ainda não tinha tido uma exibição a este nível, a defender tudo de todos, a servir como barreira impossível de transpôr para o Nacional. E ainda bem. Seven to go. Notas abaixo:

 

(+) Helton Lembrei-me daquele jogo em Villareal no ano passado, onde Helton foi o garante da nossa passagem à final da Europa League. O homem esteve realmente em grande, tanto na baliza como fora dela, parecia que havia um íman nas luvas que fazia com que as bolas fossem quase todas lá parar. Alternou defesas excelentes e seguras com outras que foram de puro reflexo e agilidade. As grandes equipas não se fazem sem grandes guarda-redes e em muitos jogos a presença de um guarda-redes que segure vitórias quando a equipa não consegue evitar o perigo para as redes que o homem defende é muitas vezes essencial. Helton continua a ser o melhor guarda-redes a jogar em Portugal.

(+) João Moutinho Foi o único rapaz que correu noventa minutos ao mesmo ritmo e que se esforçou como poucos para vencer o jogo. Notável a quantidade de terreno que o João percorreu hoje à noite, na nossa área, na área deles, à esquerda a tapar as subidas de Álvaro e a cobrir a lentidão de Otamendi, à direita para rodar a bola com Lucho, atrás a trocar com Defour…até bolas de cabeça ganhou, carago! Esteve muito bem e não fosse Helton ter sido a parede que foi (no bom sentido) e Moutinho tinha o meu voto para melhor jogador portista em campo.

(+) Cristian Rodriguez, principalmente na primeira parte Afirmo e reafirmo: Rodriguez perdeu espaço no FC Porto e é caro demais para o rendimento que apresenta. Mas há alguns jogos em que a força e a atitude do Cebola são muito importantes e este era claramente um deles. O uruguaio correu muito e bem, pressionando tanto na esquerda como na direita e mesmo não tendo sido particularmente produtivo (a diferença para Hulk, mesmo nos dias maus, é enorme) acabou por forçar a que o Nacional não conseguisse subir pelo flanco como precisava e como conseguiu apenas na segunda parte, quando o gás acabou. Esforçou-se. Gostei.

 

(-) As perninhas dos nossos meninos Mais um jogo, mais uma exibição pobre no centro do terreno. Lucho não consegue aguentar noventa minutos, Defour esconde-se muito do jogo e Moutinho não chega para tudo. Aliás, não fosse o João e o resto do meio-campo ter-se-ia desfeito como um castelo de cartas atacado por um urso, tal era a incapacidade de James em correr mais de dez metros sem travar para descansar e Janko que estava tão perdido no meio dos defesas do Nacional que mais valia criar raízes. E os defesas? Lindo. Álvaro à rasca, Rolando tão arrastado que só lhe faltava um andarilho para efectivar a transição para a velhice, Maicon displicente e Otamendi…que já é lento por natureza. A entrada de Alex Sandro e Mangala ajudou, mas não chega. Precisamos de sangue novo, fresco, com mais ritmo e mais capacidade para correr. Quem? Não sei. Não sou eu o treinador.

(-) Maicon Parece de propósito, palavra. Um gajo elogia-o numa semana e na semana seguinte lá volta a fazer borrada. Quero acreditar que foi um jogo mau e que a espiral de parvoíce que culminou numa perda de bola após mais uma estupidez em que o Maicas tenta controlar a bola que surge pelo ar…no meio de três adversários (obviamente perdeu-a e Mateus quase marcava) não terá passado de hoje. Mas ver o ridículo da displicência que Maicon mostrou no ano passado, quando tinha de ser Moutinho a dizer-lhe para mandar a bola para fora e não inventar repetiu-se hoje na Madeira e as vezes que as câmaras focaram Helton ou Lucho a avisar Maicon para não se distrair deviam ser todas gravadas e exibidas ao brasileiro pelo menos uma hora por dia. Porque no FC Porto não pode chegar fazer alguns bons jogos e o nível não pode baixar por excesso de confiança. Vai para casa, dorme e amanhã volta ao normal. Obrigados.

(-) É obrigatório fazer tabelinhas? Admito que começo a ficar farto da mesma jogada. Alguns jogadores do FC Porto parecem incapazes de receber uma bola e mantê-la nos pés durante mais de dois segundos, sentindo uma vontade irresistível de a endossar de volta para um qualquer colega…independentemente do companheiro estar ou não tapado por um oponente a pressionar. Resultado? Quase sempre acaba num passe para Helton ou numa biqueirada para a frente…quando não se perde a bola e a nossa equipa, balanceada já para um ataque com apoio dos laterais, acaba por se tramar no posicionamento e o contra-ataque é sempre perigoso. Não chega olhar para o Barcelona e dizer: “sim senhor, gostava de jogar como eles”. É preciso saber como o fazer.

 

Não gostei do jogo. Enervaram-me as constantes perdas de bola, a forma como a falta de pernas afectou o raciocínio e o sentido prático de muitas intervenções directas e movimentações tácticas da equipa. Estive agitado desde os 60 minutos, quando vi que a equipa estava progressivamente a descer no terreno, sem conseguir jogadas de ataque a não ser as biqueiradas para a frente do Rolando para o Janko ou o James. Concordei com as substituições de Vitor Pereira mas creio que foram atrasadas. Já teria sacado o Otamendi há mais tempo porque estava a ver que o Candeias ainda calhava de ter sorte num cruzamento qualquer, o Mateus lá acertava na baliza e não no Helton…e o FC Porto nunca mais conseguiria ir tentar sacar mais que um ponto. Correu bem. Correu muito bem.

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Ouve lá ó Mister – Nacional da Madeira


Amigo Vítor,

Estou fodido contigo, Vitor. Contigo e com alguns dos teus pupilos. Não consigo perceber na minha cabeça como é que depois de jogarem daquela maneira contra o Benfica, numa altura em que não se permitem falhas, em que estávamos no cimo da onda, de pés bem assentes na prancha, acima da água e com o pescoço bem levantado…nesta mesma altura é que aparece aquele AVC colectivo e pumba, lá vamos nós dar uma bela chapa no oceano. E este jogo vem mesmo a calhar, não vem? Não, não vem.

Consigo, no entanto, perceber que não tens culpa de tudo. Roubaram-te metade do meio-campo (com a tua anuência, talvez, mas não me acredito que tenhas concordado com tudo), atiram-te à turba com as forquilhas bem afiadas e os archotes flamejantes, desistem de te apoiar em público quando aparece um peixe bem maior para grelhar na brasa e tu…como ficas? Tens de subir, Vitor. Tens de subir o tom, aumentar a indignação, crescer a voz e levantar o discurso. Tens de falar com os onze fulanos que hoje vão subir ao relvado daquele estádio no meio do monte e convencê-los que as quinas que usam na camisola foram ganhas com suor, com a aplicação prática do talento teórico que tantos gostavam de ter e poucos conseguem exibir. A treta do “ah e tal porque lhes demos quarenta e cinco minutos de avanço” tem de acabar, Vitor, tem de acabar de uma vez por todas! Já todos ouvimos essa história vezes demais neste campeonato e estamos todos fartos disso. Eu estou farto disso. Qualquer portista com o mínimo de orgulho está FARTO dessa atitude! Foda-se, Vitor, que até me enervas e me fazes entornar o chá. Cidreira, para os nervos. Ou Cardhu, quando o chá já não funciona.

Vou ver o jogo. Às dezanove, hora de Portugal Continental e Madeira, vais fazer com que onze rapazes entrem naquele desterro e usem a metáfora que quiserem: matem o borrego, ponham a carne toda no assador, qualquer coisa que tenha a ver com carne. E depois da vitória, que não pode deixar de ser uma vitória, podes ir lá comer uma espetada madeirense e enfiar dois litros de poncha pela goela abaixo. É bom, aconselho. Livra-te de saíres da Madeira com menos que quatro pontos de avanço. Os vermelhos jogam a seguir e vão adorar passar-nos à frente. Não lhes dês essa satisfação.

Sou quem sabes,
Jorge

 

APOSTAS PARA HOJE NA DHOZE:

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Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 1 Académica

foto retirada de desporto.sapo.pt

Saí do Dragão e entrei no metro. Dois homens iam a meu lado na confusão que se gera sempre no sistema de transportes parcialmente subterrâneos da Invicta depois de um jogo da bola. Ingleses, de alguma idade, entretidos numa conversa animada. Vinham do estádio, como eu, e falavam do jogo. Um deles, sósia de um Michael Caine mais jovem, apostaria que era londrino pelo profuso sotaque cockney que marcava cada palavra que pronunciava. Carregando um tabuleiro de xadrez numa mala com pega, dizia ao colega: “How the hell did Porto beat Benfica last week? They play like crap!“. Apeei-me na minha estação de saída e enquanto caminhava pela amena noite nortenha, escutei ao longe um jovem adulto, que como eu envergava uma camisola do FC Porto, a gritar ao telefone: “Oh sôr Silva, não me foda, aquilo não é culpa só do treinador! Não sei se é falta de pernas ou falta de atitude mas os caralhos dos jogadores também têm culpa!“. Concordo com o segundo. Hoje jogamos mal, por falta de pernas ou de atitude, talvez das duas. E só não concordo com os britãnicos porque na semana passada a equipa não jogou como fez hoje. E aí esteve a grande diferença. Notas abaixo:

 

(+) Djalma É difícil encontrar um Baía no jogo de hoje, mas vou apontar o angolano como tendo feito uma exibição positiva. Hulk não esteve mal a espaços e Maicon também não foi dos piores, mas Djalma entrou com garra, esforçou-se, lutou e tentou mudar o jogo, algo que alguns dos seus colegas pareciam não querer ou não conseguir arranjar força para querer. Já aqui disse várias vezes que precisamos mais de Djalmas do que Jameses e reafirmo-o, especialmente neste tipo de jogos. É muito bonito aparecerem situações de jogo pontuais em que o talento resolve problemas que o suor não consegue. Mas se tivermos noventa minutos de esforço…não me digam que as oportunidades de perigo não se tornam menos pontuais e mais recorrentes. É só isso que lhes peço e Djalma, neste momento, é dos poucos que ainda consegue correr com garra durante um jogo inteiro.

 

(-) O regresso da inércia Este FC Porto de 2011/2012 tem uma capacidade kubrickiana de levar os adeptos desde um êxtase de alegria a uma profunda depressão em poucos dias. Depois do jogo da Luz exigia-se que os rapazes conseguissem pegar no jogo pelos cornos, entrar com a fibra e capacidade de circulação de bola que tinha mostrado na semana passada e vencesse a partida com um ou dois golos para depois descansar com ou sem bola. Não o fez. Mais uma vez, numa demonstração ridícula de uma permissividade atroz para com o adversário, entrou devagar, tão devagar que adormeceu os adeptos. O estádio estava estranhamente silencioso, amorfo, inerte, como eles. As lentas trocas de bola contagiaram o público, a incapacidade do meio-campo rodar para a criação de espaços transformou o jogo de futebol num filme de Alexander Payne, onde tudo se passa quando nada acontece. E o apelido do realizador é a fonética certa para o que já aconteceu tantas vezes: o golo dos outros. Rolando, estático, é a imagem da equipa. Parado, a olhar para o oponente que se movimenta sem obstrução, sem oposição, sem problemas, sem barreiras. Marca. Os nossos rapazes entreolham-se e sobem no terreno, mas com poucas pernas e menos cabeça. O FC Porto jogou hoje no Dragão. Mas jogou atabalhoado, sem discernimento e apenas nos últimos 25/30 minutos. É muito pouco para quem quer ser campeão nacional.

(-) As pernas e a falta de alternativas no meio-campo I hate to say I told you so, but I will anyway. Em Fevereiro, aquando da saída de Souza por empréstimo para o Grémio, tinha alertado para este problema. Quando o meio-campo foi de tal maneira depauperado a nível de opções válidas para lá jogarem em partidas que são mais físicas, com menos espaços e com uma necessidade de gente que rompa com a bola e que dê mais luta aos adversários na zona central, o FC Porto vai sofrer. E hoje foi mais um exemplo, com a lesão de Fernando e Moutinho e Lucho a fazerem um jogo horrível, cheios de hesitações, passes falhados e uma completa falta de sentido prático e simplicidade de movimentos, apenas Defour se movimentava um pouco mais no terreno, mas estava a pegar na bola demasiado atrás para ter algum impacto visível. Quando as pernas faltam, a cabeça vai atrás. E é ainda mais penoso quando não há mais ninguém que possa substituir os que temos.

(-) A permissividade da arbitragem A Académica fazia o seu papel. Exagerados nas quedas, muito forçados quando queimavam tempo, foram a definição de anti-jogo durante noventa minutos. Foram provincianos, aqueles montes de esterco. O costume. E nada que nós próprios não façamos em situações semelhantes, com a ressalva que estes moços foram tão ostensivos no papel do coitadinho que podiam figurar em qualquer novela portuguesa tal era a intensidade da actuação forçada em cada cena que protagonizavam. E o obtuso do árbitro, complacente para tudo que vinha de Coimbra, deixava-os fazer o que queriam. Não questiono o árbitro quanto aos lances de perigo na área ou no fora-de-jogo a Hulk que poderá ter sido mal tirado, nem sequer no penalty que marcou a nosso favor. Isso são situações de jogo que acontecem, que tantas vezes beneficiam gregos numa semana e troianos na outra. Mas esta permissividade, quando era claro aos olhos de todos que a fita era premeditada e falsa (várias vezes o jovem academista deitava-se no relvado agarrado a qualquer parte do corpo como se tivesse pisado uma mina pessoal para dois segundos depois dos dois minutos desperdiçados com a entrada da equipa médica e dos maqueiros…se levantar e correr alegremente por campos metaforicamente floridos), enervou toda a gente. Foi um facilitador da mentira. E este tipo de árbitro só estraga o futebol. Estou convencido que não conseguimos vencer por culpa própria. Mas o facto de só termos empatado deve-se em grande parte a Marco Ferreira.

 

E depois do jogo da Luz…o regresso ao Dragão e às exibições que nos fazem duvidar que podemos chegar ao final da época com um triunfo no campeonato. Já por tantas vezes vi este filme onde depois dos guerreiros lutarem a desbravar caminho por terras sarracenas, voltam a casa com uma infeliz representação da futilidade da euforia depois de uma grande vitória. Eram nove finais. Passam a ser oito. E desperdiçámos o jogo que tínhamos na mão e que nos podia ser tão útil daqui a umas semanas. Não ouso dizer que sei o que passa na cabeça dos jogadores ou do treinador, mas se fosse eu com aquelas camisolas no lombo sentia-me muito descontente com o que tinha acabado de fazer. Enfim, vamos à Madeira para tentar mudar outra vez o rumo do nosso optimismo. Ou pessimismo. Já não sei qual deles vinga, sinceramente.

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Ouve lá ó Mister – Académica


Amigo Vítor,

All hail the new leader!!! Aquele jogo na Luz foi do caralho, homem, já não me lembrava de saltar tanto durante um jogo da bola que não estivesse a ver ao vivo, pá. Quero que fiques a saber que me deste talvez a primeira gigantesca alegria de 2012 em termos futebolísticos e nunca mais vou esquecer aquele jogaço. E ganhaste pontos com toda a gente, quando puseste a tomateira em cima do torno e gritaste: “Venham, tragam um martelo dos grandes, força nisso, não tenho medo!”. E não tiveste. E ganhaste. Gaita, Vitor, que grande jogo.

Mas…já sabes que há sempre um mas. Mas…ainda não acabou. Foi bonito, foi glorioso (neste caso talvez uma pitada de glorigozo, soem os pratos da bateria, enfim) mas o caminho a percorrer ainda está pela frente. Nove jogos. E desses nove só precisas de oito vitórias, Vitor, são umas míseras oito vitoriazinhas que tens pela frente para que possamos ir aos Arcos fazer a festa. Olha, e era desta que me estreava em Vila do Conde para ver a bola, uma terra onde se come bem e bebe melhor. Já que não vamos ao Jamor, íamos lá, second best can win this time.

Muito inglês? Ok. Ah ah. Voltando ao jogo de hoje, a Académica já nos tramou este ano. Para a Taça, é certo, mas a sodomização que nos deu em Coimbra ainda me vem à cabeça quando me sento. E hoje à noite, quando me sentar no Dragão, só me quero levantar para gritar golos dos nossos. Mas quero vê-los com força, rapaz. Quero vê-los como os vi na Luz, com aquela fibra, aquela garra e aquela vontade de ganhar que nos faltou nesse mesmo jogo em Coimbra. Força, equipa!

Sou quem sabes,
Jorge

 

APOSTAS PARA HOJE NA DHOZE:

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