País: Grécia
Site oficial: http://www.atromitosfc.gr
Dragão escondido – Nº22 (RESPOSTA)
A resposta está abaixo:
Eurico Monteiro Gomes fez parte do plantel do FC Porto entre as temporadas 1982/83 e 1986/87, mas apenas disputou um único jogo em 1985/86 depois de sofrer uma grave lesão no primeiro jogo da temporada, disputado nas Antas contra o Benfica. Foi titular absoluto da equipa que foi à final da Taça das Taças em Basileia, perdida contra a Juventus, e consegue o extraordinário de ter sido campeão pelos três grandes em Portugal.
Não houve grandes oscilações nas tentativas que a malta fez para adivinhar o nome do rapaz, apenas duas:
- Celso– O grande central brasileiro ainda não fazia parte do plantel do FC Porto nesta época (1984/85), tendo sido contratado ao Bahia no início da temporada seguinte;
- Eduardo Luís– Fez doze jogos nessa época (contra os quarenta e três de Eurico, claramente a principal escolha para jogar ao lado de Lima Pereira no eixo da defesa), poucos deles completos e ainda menos como titular;
O primeiro a adivinhar foi o @ribeiro_ped, pouco depois das 8 da manhã, via Twitter. Por falar nisso, e começarem a mandar uma ou outra tuidatela direccionada aqui ao menino? @portadezanove está à vossa espera!
Dragão escondido – Nº22
E um clássico? Isso é que era! Cá está uma equipa fantástica que contava com jogadores que marcaram a nossa história de uma forma absolutamente indelével…e quem é o moço que está por detrás da austera face de Ming the Merciless?
Força na caixa de comentários! E não vale andar a procurar a imagem na internet, todos o podem fazer e tira a pica à brincadeira toda…torna-se fácil demais, não acham? Batota não entra!
Baías e Baronis – Rio Ave 1 vs 3 FC Porto
É uma vitória que assenta bem e apesar da qualidade do nosso futebol não ter sido nada que me faça lançar foguetório, a verdade é que conseguimos sacar três pontos num campo complicado. O jogo foi melhor, mais solto mas polvilhado por enormes nuvens de incerteza pela lentidão de longos momentos da partida e pela constante intrusão das falhas defensivas, onde Otamendi esteve hoje em grande nível…negativo. As notas explicam melhor, vamos a elas:

(+) A troca (no terreno) do triângulo do meio-campo. Há naturalmente um enorme beneficiado com a cambiante 1-2 do meio-campo: Fernando. Não há dúvida que joga melhor quando está solto, a controlar a “sua” zona sem o atropelo de ter um homem a seu lado nem com a prisão de manter um contacto directo com ele. A verdade é que Lucho joga melhor quando está mais recuado (apesar de hoje não ter estado em grande nível) e o facto de ser ele a ocupar aquela posição faz com que o triângulo vá rodando com a posse de bola, mas é Fernando que aproveita a liberdade da melhor forma. Fonseca, por favor, mantém os gajos neste esquema. Dá muito mais moral aos rapazes.
(+) Carlos Eduardo. Entrou para a equipa cheio de vontade, sem pressão e com fome de bola. Ainda lhe falta ritmo e persiste nalgumas quedas parvas quando perde o controlo da bola e a trajectória que quer traçar. Mas mostra o que Lucho não tem conseguido mostrar nos últimos jogos: pega na bola, corre com ela e mexe com o jogo. É um bom exemplo que este rapaz representa, aquela noção que por vezes uma passagem pela equipa B a ganhar ritmo e a mostrar qualidade fazem maravilhas por um jogador. Com Carlos Eduardo, parece ter funcionado. Espero pelos próximos jogos para confirmar a valia do moço.
(+) Maicon. Está em boa forma e acima de tudo está a jogar simples como aprendeu a fazer em virtude das circunstâncias…diria populares. É isto que eu quero de um central, carago: um gajo alto, forte, que jogue bem de cabeça, marque golos em livres cruzados para a área e limpe a bola da zona defensiva ao biqueiro. Isso é o mínimo que peço e Maicon continua a montanha-russa que tem sido a sua carreira no nosso clube. Nunca será um jogador que põe a malta indiferente. Love him or loathe him, é o central em melhor forma no FC Porto.
(-) Otamendi não está bem. Parece que há sempre um defesa que me vai andar a comer a mioleira durante o ano e nesta altura é o argentino. Já foi Mangala e Alex Sandro tem também papel importante na estupidificação de alguns lances com bola controlada na defesa, mas Otamendi está a bater qualquer um aos pontos porque está a tomar as opções erradas em quase todas as jogadas em que é interveniente. O primeiro golo é culpa sua, pela saída absurda da posição para interceptar uma bola impossível. E só não sofremos um segundo pelo mesmo lado porque Helton defendeu e Maicon cortou para canto. Merecia o tratamento do costume: umas chibatadas do Paulinho, às quais somava um banhinho em alcatrão e uma bela cobertura em penas. E um ou dois jogos na bancada.
(-) Jackson, apesar do golo. Demasiado complicativo e a jogar quase sempre para as costas, sem ver sequer se um colega estava pronto para receber a bola. Marcou o golo, mas espero sempre mais dele do que perder bolas consecutivas e desperdiçar ataques como um ricaço a acender charutos com notas de quinhentos. Implorei a Fonseca que o tirasse a meio da segunda-parte, mas acho que o mister só me ouviu aos 88 minutos. Como de costume.
(-) Licá não pode ser extremo. Não pode. Criou duas jogadas de perigo quando apareceu na pequena área. Não conseguiu um lance decente pela linha. Tem sido uma constante em quase todos os jogos de Licá pelo FC Porto e questiono se pode ter lugar no onze se não cumpre na posição onde é colocado. Gosto do rapaz, luta muito e ajuda a equipa sempre que pode…mas as lacunas técnicas e tácticas podem lixar-lhe a vida a curto prazo.
Vencemos bem mas tive as minhas reservas, especialmente depois de ter reparado que a minha filha estava vestida com um casaco de malha…com riscas verticais verdes e brancas. Agoeirenta, a estuporada, mas ao que parece deu sorte. Sai um casaco vermelho quando formos à Luz!
Ouve lá ó Mister – Rio Ave
Mister Paulo,
A derrota em Madrid deixou-me a pensar um bocadinho, a contemplar o que raio te haveria de dizer depois desse jogo, e o facto de ter andado mais ocupado que uma putéfia com sete pachachas me impede de continuar as lides. Além do mais, ando com a sinusite a bater-me nos cornos, um mundo de muco na penca e um farrapo em geral. Se a isso somares as bolas ao poste, o penalty falhado e a falta de garra da equipa, está tudo, mas tudo bem fodidinho.
E hoje vai ser mais um desses jogos em que temos de aturar uma equipa com um treinador que já usou as nossas cores na camisola e que por hábito nos dão a água p’la barba. Ainda por cima se estiver vento lá na Vila, upa upa, mais complicado se torna. Se os rapazes não estiverem com vontade de correr, xissa penico que nos vemos tramados. E se se começarem a armar em parvos como no ano passado e botarem fora vantagens perfeitamente decentes porque um demónio lhes falou ao ouvido…então aí vou ter de me chatear. E nesta altura, começo a ficar como a versão cartoonizada do Givanildo: “Don’t make me angry. You wouldn’t like me when I’m angry”.
No fundo, tenho defendido a equipa até um certo ponto. Acho que a táctica é desajustada, acho que tu não mostraste pulso suficiente para lhes dares dois tabefes quando é preciso, acho que o Varela é mais inconstante que uma mulher alcoolizada e acho que o Lucho está a jogar fora do lugar dele. Acho também que o principal problema é mental e não táctico, é moral e não técnico, é psicológico e não estratégico. Mas começa a ser difícil segurar esta premissa quando vejo que não consegues dar a volta a isso. A mudança, mais uma vez, está nas tuas mãos. E aproveita este jogo que o Tarantini não pode jogar. Por favor.
Sou quem sabes,
Jorge