They're like peas in a pod!

André Villas-Boas, 1 de Agosto de 2010, após a derrota com o Bordeaux no Torneio de Paris:

“Normalmente criamos muitas oportunidades de bola parada, hoje não fomos nós, foram eles. Mas o árbitro também ajudou, pois marcou muitas faltas. Nas bolas paradas é uma questão de detalhe e temos de analisar os golos sofridos.”

Vítor Pereira, 16 de Julho de 2011, após o empate no amigável com o Borússia Mönchengladbach:

Jogo interessante até à expulsão de Hulk, estávamos a evoluir e a procurar espaços e situações de golo. A partir desse momento, tivemos de nos reorganizar e não me lembro de nenhuma ocasião flagrante de golo deles. Podíamos ter marcado mesmo com dez. Lamento uma arbitragem desastrada. Mesmo perto do final da partida, há um penalty que o árbitro não viu ou não quis ver. Temos de analisar a expulsão do Hulk, mas houve inconsciência do árbitro.

 

Até agora, os estilos são idênticos. Quem aprecia o discurso está a gostar. O resto da malta espera pelos resultados nos jogos a sério.

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Baías e Baronis – FC Porto 0 vs 0 Borussia Mönchengladbach

foto retirada de fcporto.pt

 

Chegam atrasados estes B&Bs, mas devo começar por dizer que vi o jogo num estado lastimável, acabado de chegar a casa mas ainda com uma espécie de camada de pó e sujidade que assentava no corpo como queijo numa francesinha e que por imperativos estomacais teria de ficar mais umas duas horitas a germinar tudo que era bactéria até que pudesse ser raspada. Não se preocupem, já está. Voltando ao jogo. A análise devia limitar-se apenas aos primeiros 25 minutos, onde o FC Porto parecia a mesma versão de 2010/2011 na altura pós 5-0, com alguma lentidão mas com os processos bem inteligíveis, trocas de bola fáceis e fluidas e poucas situações de perigo a não ser as arrancadas de Hulk. O jogo estava interessante apesar da chuva e do terreno molhado, mas o brasileiro teve um “momento 2009” e não resistiu a chatear o árbitro mais enojante desde que Bruno Paixão apareceu no panorama nacional. Ganhou-se pouco do jogo e o que podia ter sido um bom treino ofensivo acabou por se transformar numa oportunidade para experimentar soluções quando estivermos a jogar com menos um jogador. Meh. Pouco mais. Vamos a notas:

 

(+) João Moutinho Está cada vez mais “patrão” no meio-campo e não há nenhum jogador que se assemelhe a ele no plantel. Talvez Ruben Micael ou Castro (com dois ou três Valiums no papo) poderão ser substitutos do nosso 8, mas é complicado atingir o nível que Moutinho hoje em dia exibe. A inteligência e o equilíbrio que continua a mostrar em campo, fugindo dos médios adversários enquanto procura um espaço para fazer o passe simples que cria perigo (não o passe complicado que pode ou não dar resultado) é notável e parece que está já quase em condições para começar a temporada.

(+) Hulk (o futebol) O que impressiona mais no que já vi de Hulk na pré-temporada é mesmo a capacidade física. O estilo está igual ao de ano passado, porque Hulk está muito mais “enabler” do que se tinha visto nas primeiras duas temporadas, por isso quando vejo Hulk a romper pelos defesas e a assistir colegas para golos, é normal. O que não é definitivamente normal é vê-lo a fazer exactamente o mesmo…a meio de Julho!!! Só podemos salivar a pensar na vantagem que podemos tirar de o ver nesta forma física no início da temporada, porque pode significar que mesmo sem um ou duas peças-chave, Hulk pode servir para resolver alguns problemas em jogos mais complicados.

(+) Sapunaru Esforçadíssimo, num terreno complicado e com adversários fortes, foi o melhor elemento da defesa portista que incluía um jovem ainda muito inexperiente, um careca que parece estar constantemente a fazer os mesmos erros e um capitão de equipa que não se sabe se fica ou não. Sempre rijo, sempre trabalhador, está a dizer a Fucile (ou a Danilo) que o lugar é dele, foi conquistado a pulso no Verão de 2010 e não vai ser fácil tirar a camisola ao romeno.

 

(-) Hulk (a conversa) Começo por defender Givanildo: o árbitro era uma real besta. Não teve a psicologia necessária para perceber que num jogo de pré-época a expulsão de um jogador é uma chatice porque os rapazes já estão cansados que chegue das tareias que levam nos treinos e acaba por estragar qualquer tipo de ensaio para uma equipa quando lida com situações como esta da forma que o fez. Foi arrogante e quis ser mais importante que os jogadores quando um árbitro só se deve mostrar quando fôr estritamente necessário e este não era um caso desses. Passando ao brasileiro: ÉS CAPAZ DE ESTAR FECHAR A MATRACA QUANDO UM ÁRBITRO TE CHAMAR À ATENÇÃO?! PARECES UM ADOLESCENTE BORBULHENTO, CARAGO!

(-) Varela Está na forma exactamente oposta ao que mostrou na pré-temporada passada. Lento, trapalhão, ainda não está com capacidade física suficiente para ser titular e tendo em conta que James estará ausente no arranque da temporada, talvez uma aposta em Djalma (ou mesmo Atsu) na extrema-esquerda não seria totalmente descabida. Ainda é cedo e terá muito tempo para melhorar a resposta que está a dar às cargas físicas, mas por agora quando a bola chega perto dele parece que sinto o jogo do FC Porto a travar e uma carga de tijolos a serem depositados nos pés do nosso Silvestre.

(-) Castro Tem de ter mais calma a jogar. Todas as vezes que vejo este rapaz com a nossa camisola parece que está a jogar como se estivesse sempre com um enxame de abelhas a picar-lhe as pernas e a fazer com que se enerve e deixe de saber jogar à bola. Homem, abstrai-te das cores que tens ao peito, mostra o que sabes e não te deixes incomodar com o ambiente, a equipa e os adeptos. O resto, acredita, vem por arrasto.

 

Depois de terminar o jogo deu para ver que o resto da malta teve hipótese de compôr os minutos com mais uma jogatina contra amadores. Desta vez com golos, como se quer. O que interessa é que o estágio no estrangeiro terminou e agora só me foco no jogo contra o Rio Ave e depois…siga para o Dragão, porque há festa no Domingo!

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Alex quem? Por quanto?!

Se “A Bola” tiver razão e tivermos acabado de gastar quase dez milhões de euros num defesa esquerdo sub-20 brasileiro…o rapaz tem mesmo de ser muito bom. Até haver confirmação oficial não adianta falar muito mais, mas pelo que tenho visto na Copa America, algo me diz que o Álvaro pode estar prontinho a sair…

PS: repararam no ressabianço da forma como a notícia é dada? Parece que estou a ver o gajo que a escreveu a dar socos na mesa com uma mão enquanto carregava nas teclas com a fúria de um Katsouranis injustiçado com a outra…

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União de mentes

Sempre tive as minhas dúvidas quanto à veracidade de algumas hipóteses que me lembro de postular, porque a maioria delas são mesmo uma valente borrada, mas acabo por ter a confirmação de uma delas de uma forma mais ou menos inesperada, porque sinceramente pensava que o homem era mais inteligente que isto. Mas ainda assim cá vai: a única coisa que pode acabar por unir os adeptos do FC Porto e do Benfica é o desprezo pelo Rui Gomes da Silva.

E tanto portistas como benfiquistas podem dizer que ele merece, de todos nós e por motivos diametralmente opostos, ser comparado com um monte de fumegante estrume. É uma personagem shakespeariana, daquelas que aparecem lá para o meio do segundo acto e que dizem três ou quatro barbaridades para rapidamente se esconderem atrás dos panos enquanto o eco do Coro passa para o próximo prólogo. É um parvo, um bardo do Asterix, que sofrerá sempre pela boca e só não é amordaçado pelos próprios amigos, como o Cacofonix das histórias do irredutível gaulês (assim uma versão do Platini mas em bom), porque lhes dá jeito ter uma besta a quem podem atirar as culpas quando as coisas correm mal.

Por isso uno-me aos adeptos do Benfica por uma singela ocasião. Começa a cagança do pavão, é verdade. Estarei aqui para bater palmas quando o final do ano chegar e a profecia bacoca não se cumprir. Mas não desesperemos: este naco de carne bolorenta vai sem dúvida arranjar mais uma desculpa para isso.

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