Ouve lá ó Mister – Beira-Mar

André, ex-proto-jornalista-desportivo!

Parece que ainda há três dias estive aqui neste fórum a aquecer-te as orelhas para te aconselhar com o meu humilde e muitas vezes insipiente discurso acerca da melhor forma de abordar um jogo de futebóli. Parece ainda que há algumas semanas que o faço, tal tem sido a enxurrada de jogatanas que a tua/nossa equipa tem disputado. É a vida, rapaz, calha a todos, e a nós tem-nos calhado muito.

Mas nunca desanimar! Sei que jogaste contra o Beira-Mar na quarta-feira e que correu muito bem, mas hoje é diferente. Nem os nossos nem os deles vão ser os mesmos, por isso podemos considerar o jogo do Dragão como um ensaio geral para uma ópera, libretto guardado e roupas vestidas mas a voz, essa bela voz, a meio gás. Hoje, tudo vai ser diferente, porque o jogo é fora, porque o adversário é jeitoso e vai jogar melhor do que fez para a Bíuíne Cup, e porque, admitamos, o interesse pelo desafio é bem maior.

Ainda por cima tens a grande vantagem de poder ser um treinador que entra na corrida para a Bola de Ouro dos Elementos. Já jogaste na neve, numa piscina e agora no meio do que parece vir a transformar-se num furacão de grau 16! (se a inclinação do lampião – é mesmo um lampião, não um alcoolizado benfiquista – do outro lado da rua servir para alguma pista) Só te falta jogar no deserto…se bem que as bancadas do Municipal de Aveiro, se continuar este vendaval, é possível que tal aparentem.

Vamos a isso. Hasta la viiktórya, siempre!!!

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

Baías e Baronis – FC Porto vs Naval

Um jogo fácil contra uma equipa fácil, marcando golos fáceis e tendo falhanços que deviam ter sido golos fáceis, acabando por facilitar e permitir um golo a uma Naval que não tinha feito quase nada por isso. O momento parece simpático e a forma como o trio de ataque regressou em força acabou por demolir qualquer hipótese que o adversário podia pensar ter de sacar um pontinho do Dragão. Particularizando, com Falcao no ataque, a conversa é outra. Vamos a notas:

(+) Falcao  Com este menino…as coisas piam fininho. Mais um golo apontado mas acima de tudo nota-se a sua presença no estilo de jogo e no aumento probabilidade de não perdermos a bola quando os médios ou os centrais enviam a bola para o centro do terreno, aproveitando o jogo de pivot do ponta-de-lança quando descai para apoiar o fluxo de organização do ataque. É totalmente diferente ver Falcao no meio, solto, inteligente, a aparecer no espaço e a mostrar o porquê de ser um dos principais jogadores do FC Porto 2010/2011.

(+) Hulk  Não há volta a dar, o rapaz está a marcar que se farta e mantém a média de um golo por jogo na Liga. Hoje foram mais dois e mais uma boa exibição apesar da sensação permanente que Hulk está em gestão de esforço. Um toque nos primeiros minutos do jogo levou a que o brasileiro andasse mais escondido na primeira parte mas a facilidade com que, de um momento para o outro, apareça um míssil de longe ou um rasgão pelo flanco deve ser tramado para qualquer defesa.

(+) Varela  Não foi o melhor jogo do nosso 17 e confirmou as minhas expectativas: ainda não aguenta 90 minutos. Está um pouco lento a executar e ainda não dá para aqueles sprints loucos pela linha. A diferença de escolher Varela em detrimendo do jovem Rámés está no calo. Varela é mais experiente, mais esperto, mais ciente de quando fazer o que quer fazer e quando guardar a bola para não a perder. O primeiro golo é um exemplo perfeito da frase anterior, em que apareceu imediatamente para recolher a bola de Fucile e assistir Falcao em frente à baliza. Varela é um dos elementos fulcrais do FC Porto e espero que melhore o nível físico rapidamente para voltarmos a ter os três da frente em grande forma.

(+) Otamendi  Aposto que o jovem Nico, enquanto puto a crescer nos bairros de Buenos Aires, deve ter brincado na lama toda a sua infância. O gajo adora, mas ADORA andar no chão e parece disfrutar tanto da experiência que passa a vida a deslizar pelo relvado. Estilos, dirão, já que Rolando, ao contrário, é habitualmente mais hirto que uma barra de ferro, quase sempre de pé e raramente se rebaixa a sujar o seu imaculado calção azul. Essa diferença de estilo não quer dizer que sejam maus defesas, só que são diferentes. Nico Otamendi, no chão, corta quase todas as bolas que se lhe aparecem pela frente (e pelos lados), com um timing excelente e uma capacidade prática bem acima da média. Gosto deste rapaz.

(-) Fucile  Voltou o Fucile perdulário, distraído e a facilitar. O penalty é absurdo per se mas era expectável pelo mau posicionamento constante do uruguaio que ia permanentemente até à zona central e deixava o extremo sozinho com metros de espaço para correr. Villas-Boas tem de lhe martelar na cabecinha que tem de estar concentrado de início a fim do jogo e não chega brincar um bocadinho ao jogador para depois deixar os pobres adversários fazerem dele o que querem. Talvez por não conseguir ganhar o lugar a Sapunaru como defesa-direito e achar fácil demais ser escolhido para o outro flanco pela inépcia e nervosismo de Emídio Rafael, Fucile está complacente.

(-) Ineficácia  Houve muito desperdício, especialmente no início da segunda parte e depois do terceiro golo, que levaram a que um jogo que poderia ter dado goleada das antigas se tornasse num evento mais calmo, pacífico (até demais, em alguns momentos) e tranquilo. Muitos remates ao lado e hesitações a mais na altura de rematar à baliza não ajudaram a construir um resultado mais volumoso que os adeptos gostariam mais de ter visto.

(-) Foras-de-jogo a mais  Foram oito os foras-de-jogo assinalados a jogadores do FC Porto, um número que me pareceu excessivo. Admito que ainda não confirmei em relação a outros jogos mas neste ficou-me na retina a sequência de desmarcações falhadas e de maus posicionamentos em linha com os defesas da Naval, que jogando um pouco mais subidos acabaram por condicionar as jogadas de ruptura do nosso meio-campo. É preciso rever a movimentação do ataque para evitar estes números.

Nada de especial se passou hoje à noite no Dragão. Foi mais um bom jogo de uma boa equipa que está a fazer um bom campeonato. A Naval, pobre em talento mas rica em esforço, não conseguiu afectar uma equipa que parece voltar a estar confiante apesar de me parecer faltar algum killer-instinct em frente à baliza. O FC Porto é uma equipa que joga prático e joga simples, usa os jogadores que tem nas suas melhores posições possíveis e as adaptações que o onze base tem recebido acabam por beneficiar a equipa a médio prazo, como se viu em Guarín e em Otamendi, elementos que actualmente são titulares por mérito próprio. Mais um jogo, mais uma vitória, mais dois golos de Hulk. Já deixou de ser notícia há algum tempo.

Link:

Baías e Baronis – FC Porto vs Marítimo

Foto retirada do MaisFutebol

O resultado é, de certa forma, enganador. Não fizemos um jogo brilhante, longe disso, mas consguimos manter a calma e o ritmo que não parecia querer surgir para as jogadas mais simples e de troca de bola mais tranquila acabou por ser rebentado à bomba com um míssil de Guarín a 37 metros da baliza, que foi sem dúvida um dos melhores golos do género que já vi. Acima de tudo, notou-se uma diferença na forma da equipa jogar, mais recuada e um pouco receosa, a sofrer os efeitos de não querer estourar fisicamente porque Janeiro e Fevereiro vão ser meses muito complicados e as pernas não dão para tudo. O que custou mais foi assistir à incapacidade de, na primeira parte, conseguirmos soltar as amarras da pressão alta do Marítimo, muito bem executada, e que agrilhoou o nosso meio-campo de forma a torná-lo pouco mais que inútil. Até Guarín decidir que ia largar chumbo do pé direito. Tudo melhorou e a vitória assenta-nos bem. Vamos a notas:

(+) Guarín  Em declarações depois do jogo, o colombiano disse: “Por vezes, saem disparates mas hoje marquei”. Frase perfeita de um rapaz que, à imagem de Mariano, acaba por conquistar os adeptos à custa de suor, alguma atrapalhação mas muita luta. Os golos que apontou hoje foram a imagem de um rapaz que joga cheio de moral, com garra e capacidade de luta notáveis, a rodar a bola com simplicidade e certeza e que apesar de uma ou duas falhas por excesso de confiança nunca deixou de procurar fazer as coisas de uma forma prática e que permitisse aos colegas avançar com a audácia que era necessária. Já o critiquei tanto que parece que estou a assumir uma hipocrisia gritante, mas este Guarín que hoje vi a celebrar dois geniais golos não é o mesmo do ano passado. Está bem melhor e neste momento é titular por mérito próprio.

(+) João Moutinho  Não me canso, ao contrário de Miguel Sousa Tavares, de elogiar Moutinho. Só quem não sabe ver futebol é que pode criticar o rapaz por jogar calmo e raramente fazer passes de ruptura, apenas quando tem a certeza que a bola tem uma elevada probabilidade de passar pelos defesas. Caso contrário, João, o pequeno João, roda sobre si mesmo e procura um passe simples, uma variação de flanco, uma mudança de direcção, o atraso para o central ou o domínio de bola em progressão…tudo são palavras do léxico futebolístico do rapaz. É um deleite vê-lo a mandar no meio-campo da sua nova equipa ao fim de pouco mais de 20 jogos.

(+) Rolando e Otamendi  Quase perfeitos e a mostrarem uma simbiose muito acima do que esperaria. Rolando está em boa forma, a posicionar-se bem e a mandar no jogo, marcando o ritmo e orientando a defesa. Otamendi, por sua vez, menos bem no posicionamento mas milimetricamente perfeito nos cortes (abusas do carrinho mas vá lá que acertas limpinho na bola) e melhor a sair com a bola controlada. Os dois, tão diferentes, foram um bloco que não parece dar hipótese a Maicon neste momento. É mau para o brasileiro, é excelente para o FC Porto.

(+) James Rodriguez  Começou mal, lento e medroso, mas na segunda parte surgiu em excelente nível, com mais espaço e muito mais audácia, quase sempre que pegava na bola parecia que podia fazer algo de muito bonito. Continuo a achar que precisa de “inchar” a nível muscular e de ser mais rápido nos movimentos sem bola, mas podemos ter aqui um elemento muito útil para o futuro próximo.

(+) A ovação a Mariano  É paradoxal. Os adeptos que o aplaudiram serão muito provavelmente os mesmos que o vão assobiar daqui a umas semanas, mas hoje nada disso importava. Hoje, pelos 83 minutos, o Estádio do Dragão uniu-se em homenagem a um rapaz que trabalhou com humildade, acatou as opções da equipa técnica no início da época e sempre lutou para ser um deles, só mais um dos que jogam e fazem jogar. Mariano, capitão de equipa, é um exemplo para todos hoje confirmado com o público, os adeptos que nunca o idolatraram nem o irão fazer no futuro, mas que reconhecem, do fundo do seu coração portista e humano, que há ali valor. Não tem a técnica de James, mas tenta. Não tem a força de Hulk, mas luta. Não tem a velocidade de Varela, mas corre. E para nós, portistas, é um orgulho.

(-) Bolas paradas defensivas  Uma miséria, mais uma vez. A atenuante de Sapunaru estar fora a receber assistência não pode ser única responsável pelo facto de terem aparecido três (!) jogadores do Marítimo sozinhos e prontos para cabecear para a baliza, um deles a facturar e os outros apenas a controlar o espaço aéreo. Não sei o que se pode fazer de melhor, mas o posicionamento e o facto de não se acompanhar os jogadores que sobem na vertical acaba por ser um dos factos mais preocupantes da solidez defensiva da equipa.

(-) Lesões nas laterais  Venham de lá as bruxas. Álvaro, Fucile e agora Sapunaru?! Já começa a ser azar a mais. Temos alguma cobertura graças à polivalência de dois centrais (Otamendi para a direita e Sereno para a esquerda) mas é caso para pensar que é melhor pensar em ir à bruxa. Ainda se fossem lesões parvas como os outros que caem no chuveiro ou que se espetam de mota, mas assim é frustrante.

(-) Hulk ao meio  A equipa, principalmente na primeira parte, ficou muito presa de movimentos com Hulk a jogar a ponta-de-lança. Sem Hulk numa das alas a formação fica murcha, lenta, frouxa, incapaz de romper e tem de procurar outras alternativas que foram quase sempre barradas com inteligência (e algum jogo duro, há que dizê-lo) por parte do Marítimo, que carregou tanto o meio-campo com gente que Hulk nem conseguia quase receber a bola. Com o melhor “9” de fora (Falcao) e com a mensagem que foi passada a Walter de incapacidade para encher as botas de Radamel, Hulk perdeu muito do fulgor que transmite à equipa e notou-se. Na segunda-parte, particularmente depois da saída de Varela e da entrada de Fernando e a alteração para aquela espécie de 4-1-3-2, a equipa esteve melhor mas não o suficiente.

Em conversa com o José Correia do Reflexão Portista, que tive a sorte de encontrar antes do jogo enquanto tomava um café junto com o Miguel do Tomo I, quando soubemos que Hulk ia jogar no centro concordámos que a mensagem subliminar de Villas-Boas era: “É preciso outro ponta-de-lança.”. É possível que tenhamos razão, porque não gostei de ver a equipa na primeira parte e apesar do resultado ser acertado tendo em conta a produção das equipas, não foi um jogo fácil. Ainda assim fica na mente o golão de Guarín, a boa exibição dos centrais e o cérebro de Moutinho. Acima de tudo, a vitória e a reunião com os sócios. Venham mais destes!

Link:

Baías e Baronis – Paços Ferreira vs FC Porto

Foto retirada do Sapo Desporto

Ainda estou a assentar ideias quanto ao jogo de hoje. Complicado é dizer pouco, como qualquer Paços/Porto, em que a equipa da casa aplica sempre uma agressividade acima da média contra nós, o que não sendo censurável acaba por ser impeditivo de um jogo mais conseguido. O resultado de 3-0, apesar de não espelhar o que foi uma segunda-parte que deixou todos os portistas com o proverbial credo na boca, devia ter sido obtido nos primeiros 45 minutos, onde falhámos golo atrás de golo e acabámos por entregar ao adversário a dinâmica de ataque que nos ia lixando a vida. Safamo-nos no final, com um penalty não-muito-visível-mas-nunca-se-sabe-porque-ainda-no-dia-anterior-tinha-sido-marcado-um-idêntico, mas a eficácia dos últimos 10 minutos foi-nos favorável e ainda bem. Acabamos o ano em primeiro lugar, com 8 pontos de avanço, mas os jogos estão a ser progressivamente mais sofridos e complicados. Vamos a notas:

(+) Hulk  Não consigo encontrar lugar para o criticar hoje. Não está na mesma forma que no início da temporada, nem o maior fã poderá afirmar isso. Mas a produtividade hoje em Paços de Ferreira foi alta, com um golo e duas assistências a fazerem com que Hulk fique para a história do jogo como o elemento em maior destaque. Ah, e sofreu um penalty por mais um dos jilhões de calcadelas dos jogadores do Paços, mas como não interessa para as contas, ninguém liga. Hulk está a sofrer a diferença que se nota do que foi o Hulk do início da temporada onde apareceu com níveis físicos muito acima dos adversários e dos próprios colegas, ao passo que agora já me parece estar mais nivelado. Se souber intercalar a explosão com o sentido prático, volta a ser o “Incrível” do costume. Assim, é só um excelente jogador que nos dá golos e pontos.

(+) Otamendi  O golo é excelente mas o que me fica mais na cabeça são as inúmeras vezes que apareceu a cortar lances de grande perigo para a nossa defesa. Quase sempre bem posicionado em relação aos avançados contrários, a única coisa que lhe posso apontar é que parece ainda não estar muito bem entrosado com Rolando, o que apesar de ser compreensível acaba por colocar em risco a solidez defensiva da equipa. Na segunda parte baixou o nível, tanto técnico como de concentração, mas continuo a achar que está muito bem na equipa.

(+) Álvaro  Todo o flanco outra vez, Álvaro! Não tão bem na defesa mas importantíssimo no ataque, especialmente quando Villas-Boas reordenou as tropas e o sistema táctico na saída de James e na entrada de Souza para o meio campo, obrigando o uruguaio a apoiar o ataque com Moutinho um pouco à frente. Álvaro nunca se faz rogado, zarpa por lá fora cheio de força e adiciona sempre uma opção pelo flanco, vital para alargar o jogo quando é preciso, seja a atacar como a guardar a bola com um espaço mais amplo para o oponente cobrir. Muito esforçado.

(+) Sapunaru  Menos vistoso que Álvaro, foi quase sempre seguro e continua a ser uma boa surpresa. O facto de parecer não saber mais do que o que mostra em campo acaba por limitar a nossa perspectiva dele como adeptos, já que sabemos não esperar mais do que pode e faz. Não me importo. Sapunaru cresceu muito em confiança e apesar de não subir tanto como o colega do outro lado, não causa perigo para a defesa porque apela naturalmente ao sentido prático. Está em perigo? Bola fora. É só o que lhe peço.

(+) Helton  Seguro durante toda a segunda parte, apesar de uma falha muito grande quando socou a bola para pouco longe, tendo a sorte do cabeceamento seguinte ter saído direitinho para as suas mãos. Muitas defesas simples mas seguras e uma garantia aos defesas que estão em boas mãos quando a bola passa por eles.

(-) Ineficácia na primeira, tremideira na segunda  Mais uma vez, à imagem do que se passou nos jogos contra Setúbal e Portimonense, uma vantagem de um golo não é confirmada rapidamente com o segundo ou o terceiro. Pode soar a arrogância assumir que essa seria uma vantagem digna sobre outras equipas menos abonadas tecnica e financeiramente, mas não é isso a que me refiro, mas sim à quantidade ridícula de golos falhados que temos vindo a acumular. Como quem falha arrisca-se a sofrer, andamos com algumas segundas-partes que estão a enervar os adeptos que não percebem como se pode falhar tanto. O empenho da equipa não está aqui em questão, mas não quero que a equipa se transforme num Sporting que se pode lamentar das bolas à trave ou dos remates ao poste. Não preciso de remates a 30 metros ou bicicletas, quero golos simples, mas que entrem.

(-) Belluschi  Voltou a não ser o Belluschi do primeiro terço do campeonato e o desdobramento do meio-campo está a sofrer com isso. Entre Sapunaru/Fucile, Ukra/James ou Guarín/Souza, já há dúvidas suficientes para o onze-base do FC Porto para termos um Belluschi a precisar de rodar no banco um bocadito. As coisas não lhe estão a correr bem e torna o jogo mais complicado com constantes tentativas de adornar os lances pelo ar em vez de “sentar” a bolinha na relva e passá-la com maior certeza que chegue ao destino correctamente. Tem de melhorar.

(-) André Leão e Filipe Anunciação Não era preciso consultar o Oráculo de Delfos (ou o de Bellini para ser um bocadinho mais prosaico e ao nível destes anormais) para perceber que estes dois exemplos de masculinidade sobre-compensada iam passar o jogo armados em porteiros de discoteca. Casos óbvios de Katsouranização, era calcadelas, entradas por trás, carrinhos de pé no ar, tudo valia. Hulk, Álvaro, James e Falcao lutaram contra estas paredes de betão estúpido sem grande sucesso. E se Filipe andou menos interventivo porque jogou a central, já o amigo André mostrou que ainda precisa de muitas aulas de danças de salão para que lhe ensinem que se fôr a pisar assim os colegas de profissão…um dia destes vai levar com um martelo na nuca. Não danço por isso não sei qual será a reacção, mas se lhe fizerem o mesmo que o André Leão hoje fez, não deve fugir disto.

Custou mas vencemos num campo muito difícil contra uma equipa muito rija, com avan

Link:

Ouve lá ó Mister – Paços Ferreira

André, destruidor de mitos!

Arranjaram-te um rico número do Pena. Agora cada jornada que passe vai ser um “será que é desta que o FC Porto perde?” em todas as bocas, da imprensa aos adeptos, dos presidentes aos jogadores. Já não se pode jogar rotineiramente bem neste país que nos caem logo em cima. Enfim, nada que desmoralize as tropas.

Mas confio em ti, homem. Quando começou o campeonato, pensei que terminar o ano em primeiro lugar seria muito bom, e agora que esse objectivo está conseguido convém continuar a manter a distância. São só oito simples pontos, o equivalente a um empate e duas derrotas. Já passaste por isso no Chelsea e no Inter e sabes que as vantagens se perdem muito rapidamente, por isso todos os jogos são complicados a partir desta altura. Este em particular, porque o pessoal do Paços está cheio de papo e têm alguma razão para isso. O campo é difícil, curto, estreito, e vai estar com 11 gajos de amarelo e verde do outro lado que estão a arder para ganhar o jogo. Além disso joga o Filipe Anunciação e em qualquer jogo que essa besta alinhe, é garantido “à lá Flávio Meireles” que vai haver molho.

É triste ser pessimista mas eu sou um dos que pertence a esse grupo. Acho que o jogo vai ser tramado e só um jogo duro, rijo e disciplinado vai fazer com que mantenhamos os 8 pontos de avanço. Contraria-me ou confirma o que digo. E ganha o jogo.

Sou quem sabes,
Jorge

Link: