Baías e Baronis – Vitória Guimarães 0 vs FC Porto

 

First things first: foi um jogo fraco de ambas as equipas. Entramos com alguma força mas rapidamente a velocidade perdeu-se e voltamos à organização lenta, arrastada e inconsequente que é o habitual quando se colocam Rolando e Otamendi a trocar a bola a 60 metros da baliza contrária. Como o meio-campo não está nem com metade da capacidade física do ano passado, quando se encontram equipas que defendem com onze, como mais uma vez o Vitória se apresentou (ficou-lhes marcado o jogo da Taça, porque se abriram um bocadinho…e 6 pantufadas lá entraram), as dificuldades aparecem. Juntemos a desinspiração de Hulk e Varela e a ineficácia de Kléber…e só se ganha este jogo com uma bola parada. Muito trabalho pela frente mas uma coisa ficou de positivo: ganhamos um dos jogos mais tramados do campeonato. Vamos a notas:

 

(+) Helton Esteve todo o jogo a controlar a defesa e mandou em tudo o que lhe apareceu à frente, com defesas mais ou menos complicadas e muitas bolas pelo ar agarradas quase sempre com facilidade. Acima de tudo foi a confiança que transmitiu aos colegas na defesa, aquela voz de comando que qualquer defesa precisa de ouvir para jogar no pleno das capacidades, especialmente quando ainda não estão com os níveis físicos ideais. Bem a todos os níveis, até quando tentou acalmar João Paulo, num lance em que o ex-companheiro de equipa estava suficientemente nervoso para ser amarelado. Bem, Helton, muito bem.

(+) Otamendi Um jogo excelente do argentino, que faz com Rolando a melhor parceria possível que temos no plantel. Sai bem a jogar, com a bola controlada, e só precisa de ter mais calma na distribuição longa para melhorar a eficácia no jogo. É daqueles gajos que vemos na defesa e sabemos que garantem segurança quando os jogadores contrários desatam a subir desenfreados pelo relvado fora, porque Otamendi mantém a postura e intercepta bola atrás de bola usando bom posicionamento e instinto de quarto-defesa. Gosto deste moço.

(+) Fucile Mais uma boa exibição à imagem do que fez no jogo da Supertaça, Fucile esteve bem no flanco e melhor quando vinha ajudar ao centro. Responsável pela marcação a Faouzi ou Targino, nunca se deixou intimidar por nenhum dos extremos adversários e lutou como sabe. Facilitou pouco (uma ou duas bolas perdidas no meio-campo adversário a partir dos 80 minutos, nada de perigoso) e salvou várias bolas perto da linha. Não sei se Álvaro está a ser poupado porque ainda pode vir a sair ou porque não está com força para aguentar um jogo ao “seu” ritmo, mas Fucile por agora serve e bem.

(+) João Moutinho Melhor que na Supertaça, conseguiu ter bola durante mais tempo e fez muito mais com ela do que no passado Domingo. Pegou no jogo atrás do meio-campo e notou-se a maior liberdade dada pela força de Guarín (enquanto houve força de Guarín) que João aproveitou para subir com a bola e reger o jogo como a equipa precisa que faça. Com a indefinição quanto ao seu futuro, continua a ser penoso pensar que podemos ficar sem ele. É que não há substituto à altura no plantel e dificilmente haverá no mercado. Defour? Não faço ideia, nunca o vi a jogar…

 

(-) Ineficácia ofensiva O puto é novo, eu sei. E é novo aqui no clube, também sei disso. Mas não pode falhar o que falhou, com um remate que parecia ter sido pontapeado por um três-quartos dos All-Blacks. Podemos somar a incapacidade de Varela em chegar à linha (esteve melhor, mas não esteve bem) e Hulk a ser persistentemente bloqueado por Anderson Santana (um dos jogadores mais enervantes que me lembro de ver, ao nível de um Heinze ou de um Marcelo. hmm, parece que tenho alguma coisa contra laterais-esquerdos do Real Madrid…) e o resultado é a impossibilidade de criar jogadas de perigo para o adversário. É preciso ser mais prático, mais ritmado, menos previsível. Dizer é fácil, eu sei…

(-) Pouca rotação de bola no meio-campo Compreendo que a rotina não esteja ainda bem implementada, para mais com um elemento novo, outro que ainda não tem pernas para um jogo inteiro e apenas o “cérebro” a funcionar em pleno. Mas é preciso recomeçar a rodar a bola no meio-campo contrário ao invés de fazer o mesmo no nosso. E mais, os médios é que devem rodar a bola, não os centrais, porque essa foi uma das causas da intensa quebra de produtividade em 2009/2010, a incapacidade de levar o jogo para o meio-campo adversário e a contínua perda de tempo na troca de bolas a distâncias absurdas da baliza.

(-) Muita falta de ritmo Ainda não há pernas para a pressão que se quer fazer, mais uma vez é compreensível. Os joelhos ainda tremem, os músculos não estão quentes o suficiente para as tensões de noventa minutos, a velocidade é baixa e o discernimento não consegue ultrapassar a falta de força. É preciso aguentar com esperança que rapidamente vamos conseguir subir o nível, porque os desafios já começam a aparecer e o plantel ainda não está fisicamente capaz de responder como os adeptos desejam.

 

Uma nota rápida para a arbitragem. O penalty é daquelas faltas que todos os árbitros vêem mas nunca marcam porque acontecem em cantos onde os jogadores todos se puxam uns aos outros. Neste caso foi demasiado ostensivo para deixar passar e o Sapu nem tocou no defesa do Vitória, por isso a decisão parece-me correcta. E sim, diria isto mesmo que fosse na outra área. Quanto ao resto do jogo, é preciso melhorar mas estou convencido que quando a malta aguentar mais que 70 minutos sem “rebentarem” das pernas, vamos ver a rotação no meio-campo como o fizemos aqui há meia-dúzia de meses. Hope springs eternal…

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Ouve lá ó Mister – Vitória Guimarães

Amigo Vítor,

Há uma semana, enquanto saía do caos que estava em Aveiro depois do jogo, ia pensando em ti. Devias estar bem disposto, com uma taça de prata numa mão e outra taça de espumante na outra, a primeira prova superada e a malta satisfeita. E o jogo, que não foi fácil, acabou por confirmar tudo o que pensava sobre ti e os nossos rapazes: o saber está aí, só faltam as pernas.

Mas hoje, pá, tens a oportunidade perfeita para entrares a sério na Liga. É que isto de Supertaças e outro tipo de Taças cá na pátria, interessam pouco, sabes disso. O que conta mesmo para o povo é o campeonato, não tenhas a mínima dúvida! Podes ganhar 29-0 ao Rio Ave para a Taça do Ligueiro ou dos Suspensórios ou lá como se vai chamar este ano aquilo que era da cerveja, mas se não ganhares no campeonato, acredita que o pessoal começa a ficar chateado. Também é verdade que vais ter uma pressão extra, já sei. Afinal estamos sem perder no campeonato desde Fevereiro de 2010!!! São 532 dias sem perder!!! É obra, rapaz.

E lembra-te que no ano passado foi neste estádio que perdemos os dois primeiros pontos, naquele jogo parvo em que estivemos mais que bem na primeira parte e depois começámos a brincar às casinhas na segunda e o estupor do mouro do Faouzi (sim, mouro, esse é mesmo mouro) lá percebeu que o Fucile estava a dormir e lixou-o. O que interessa mesmo é ganhar o jogo, vingar esse empate do ano passado e ganhar avanço logo desde o início do Benfica e do Sporting. E não era tão bonito limpar a sequência contra estes rapazes, com três vitórias em três jogos seguidos em três estádios diferentes? Faz lá o favor à malta, homem!

Sou quem sabes,
Jorge

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O sorteio da Liga Zom. Sim, Zom.

Todos os arranques de temporada é a mesma coisa. Lá vem o sorteio da Liga totalmente ao contrário da sobriedade dos que são feitos na UEFA (como devem ser feitos, sem parolices), com as meninas bonitas vestidas como se fossem participar num qualquer desfile americano de Thanksgiving, discursos de circunstância, qualquer actuação estúpida de quem acha que vai ter imensa piada chamar acrobatas ou contorcionistas para um sorteio de um campeonato de futebol, muita malta que não tem absolutamente nada a ver com futebol e este ano até a Karen Jardel/Gaidão/(sei lá, Stempin, só para continuar nas modalidades?) lá esteve, com o genial sotaque brasileiro a converter o nome da nossa Liga numa onomatopeia. Zom. Foi assim que ela disse. Zom Sagres. Acaba por ser zen. Zommmmmmm. Enfim, o habitual festival de mediocridade que leva um banho de televisão em directo e que toda a gente pensa que é mau, mas nunca muda.

O que também nunca muda são as declarações do “temos de jogar contra todos”, “o que interessa é chegar ao final em primeiro”, “vai ser um campeonato muito equilibrado” e outras banalidades que os jornalistas podiam escrever em casa e tirar papelinhos de um chapéu para decidir quem tinha sido o autor. E é tudo uma treta e uma enorme falácia.

1ª Jornada: Guimarães vs FC Porto
2ª Jornada: FC Porto vs Gil Vicente
3ª Jornada: U. Leiria vs FC Porto
4ª Jornada: FC Porto vs Setúbal
5ª Jornada: Feirense vs FC Porto
6ª Jornada: FC Porto vs Benfica
7ª Jornada: Académica vs FC Porto
8ª Jornada: FC Porto vs Nacional
9ª Jornada: FC Porto vs Paços de Ferreira
10ª Jornada: Olhanense vs FC Porto
11ª Jornada: FC Porto vs Braga
12ª Jornada: Beira Mar vs FC Porto
13ª Jornada: FC Porto vs Marítimo
14ª Jornada: Sporting vs FC Porto
15ª Jornada: FC Porto vs Rio Ave
16ª Jornada: FC Porto vs Guimarães
17ª Jornada: Gil Vicente vs FC Porto
18ª Jornada: FC Porto vs U. Leiria
19ª Jornada: Setúbal vs FC Porto
20ª Jornada: FC Porto vs Feirense
21ª Jornada: Benfica vs FC Porto
22ª Jornada: FC Porto vs Académica
23ª Jornada: Nacional vs FC Porto
24ª Jornada: Paços de Ferreira vs FC Porto
25ª Jornada: FC Porto vs Olhanense
26ª Jornada: Braga vs FC Porto
27ª Jornada: FC Porto vs Beira Mar
28ª Jornada: Marítimo vs FC Porto
29ª Jornada: FC Porto vs Sporting
30ª Jornada: Rio Ave vs FC Porto

O sorteio pode parecer indiferente à primeira vista. Afinal não se sabe como as equipas vão estar na altura em que jogarmos contra elas, se vai haver um surto de diarreia explosiva na área do adversário (ou na nossa, Deco me livre), se os jogadores vão estar cansados depois de uma semana de jogos das Selecções…há tantas variáveis que seria um exercício cansativo e fútil tentar perceber se é bom ou não. No entanto, todos os campeonatos é a mesma coisa, já que ninguém fala do sorteio mas quando se chega à parte complicada da época é sempre “agora começa o ciclo da morte” e “vai ser um mês terrível para a equipa”. Ou seja, nessa altura já toda a gente admite que realmente o sorteio, para além de tudo, é uma questão de sorte. Há tanta pequena coisícula que podemos retirar de um sorteio e que vai bem para lá do “são sempre trinta jogos e as outras equipas são todas difíceis”. Vamos a isso, por tópicos:

  • Começamos fora. Em Guimarães, depois da Supertaça Cândido de Oliveira…contra o Guimarães. Pode ser chato;
  • Acabamos fora e o último jogo em casa é contra o Sporting. A correr muito bem já temos o campeonato ganho nessa altura, evitando uma deslocação difícil (como ano passado à Madeira), mas se correr mal não podemos depender do factor-casa para decidir o que pode ser o jogo do título. Pode ser chato;
  • Benfica na 6ª jornada no Dragão. Indiferente, mas agradável. É preciso ter em conta que o Benfica tem um percurso idêntico ao nosso até lá chegar;
  • Vamos a Alvalade no reinício do campeonato pós-Natal. A paragem pode prejudicar a equipa mas os outros não estão imunes. Só não queria era ter de jogar um clássico com os nossos gajos cheios de rabanadas;
  • Na segunda volta vamos, durante os meses de Março e Abril: Luz, Choupana, Mata Real, Braga, Barreiros. Muito, mas muito complicado, especialmente numa fase em que esperamos poder estar a lutar nos oitavos/quartos da Champions;

 

É verdade que temos sempre que jogar contra todos. Mas pelo que posso ver pela lista dos jogos…é preciso começar bem, porque dos quinze pontos que vão estar em disputa nas primeiras cinco jornadas…temos de conquistar quinze. Chegar à sexta jornada com um score de 5-0-0 é muito importante e o facto de termos montanhas de jogadores na Copa América e no Mundial de sub-20 não vai ajudar nada.

Esse, para além da Supertaça Cândido de Oliveira, vai ser para mim o primeiro grande teste a Vítor Pereira.

 

PS: aparentemente, Zom é uma personagem do universo Marvel. E lá para um dos livros, Zom, ele próprio uma entidade do Mal, vê o seu poder invocado pelo Dr.Strange para combater…exacto, adivinharam, o Hulk. E logo depois de lhe darem o prémio de melhor do ano, Karen, palavra que não compreendo…

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Baías e Baronis – Marítimo 0 vs 2 FC Porto

 

foto retirada de desporto.sapo.pt

Simples, simples, simples demais. O jogo ideal para antecipar a final de Dublin, com um ritmo baixíssimo, pouca necessidade de grandes sprints e entradas de carrinho, contra uma equipa macia demais para lutar por um lugar europeu. Como tantas outras por esse Portugal fora. Demos mais uma imagem de qualidade, de respeito pela competição e de clara vantagem em relação a qualquer uma das outras quinze equipas do nosso campeonato e a vitória, tanto no jogo como na Liga nunca poderia ser entregue a outra formação. Cinco estrelas. Vamos a notas:

 

(+) James É claro o ascendente de James na equipa. A forma desinibida com que agora joga, com facilidade no controlo e na visão de jogo, mostra que a gestão do seu esforço e acima de tudo do seu talento foi feita na perfeição. Entrou devagar, devagarinho na equipa, às vezes na ala no lugar de Varela, outras a jogar no meio como ponto mais avançado de um losango central. Mas é óbvio que rende bastante mais quando lhe é permitido bascular da linha para o centro com a bola nos pés e hoje foi notória a diferença entre o James de Setembro/Outubro e o de hoje. Muito bem.

(+) Guarín Continua a provar que todos estávamos enganados quando o considerávamos a pior coisa a sair da Colômbia desde que o Bermúdez jogou no Benfica. O passe para o golo de Varela é excelente mas é acima de tudo a intensidade física e técnica que o vejo a mostrar no meio-campo que faz dele imprescindível na equipa. Se Belluschi começou a época em grande, Guarín vai fazer o mesmo do meio até ao fim. E só lhe falta brilhar na final da Europa League, porque na Taça de Portugal já foi herói no ano passado.

(+) Beto Num jogo em que o FC Porto controlou perfeitamente, disputado quase a ritmo de treino e sem grandes correrias nem exageros físicos, como se queria, acaba por ser curioso escolher Beto como uma figura da partida. Mas a verdade é que o nosso pequeno grande guarda-redes esteve excelente. O Marítimo deparou-se com um rapaz que se nota ter jeito para a coisa e que me continua a dar todo o ar de quem quando era puto preferia jogar à frente mas “os grandes não deixavam”. Beto defendeu tudo o que podia defender, tanto na baliza como fora dela, em remates de longe ou em lances de 1-contra-1, com a mão ou com a cabeça. Merece uma salva de palmas enorme.

(+) Dragões madeirenses O estádio está em obras e leva pouca gente. Mas o pessoal que lá estava era na maioria azul-e-branco, com um apoio constante de início a fim do jogo. Foi bonito de ver tantos portistas que vivem a milhares de quilómetros da Invicta, a vibrar e a merecerem festejar o triunfo da sua equipa, das suas cores, da sua convicção clubística naquele paraíso no meio do Atlântico. Passe a publicidade gratuita, mas se puder dê lá um salto. Vai ver que não se arrepende. E com tantos portistas, o povo só pode ser boa gente!!!

(+) Quase 50% de Portugueses no onze Não é normal hoje em dia no futebol português ver uma equipa com tantos portugueses, excluindo, meritoriamente, o Sporting. Beto, Sereno, Rolando, Ruben Micael e Varela alinharam durante o jogo, faltando Moutinho para passar a metade. É evidente que o jogo inclui algumas opções secundárias, mas todos eles têm vindo a jogar mais ou menos tempo na equipa principal, a titular (Rolando e Varela), como primeira opção em termos de lesões (no caso de Sereno), por opções tácticas (Ruben Micael) ou simplesmente para manter o povo bem-disposto (Beto). Gosto de ver.

 

(-) Otamendi Se no jogo contra o Paços foi Rolando a levar um cartão castanho, hoje a vez cabe a Otamendi. Perdi a conta às falhas que teve durante o jogo, fosse por calcular mal a trajectória da bola ou simplesmente porque lhe saía uma rosca quando pontapeava para a frente. Gostava imenso que Otamendi fosse um líder nos próximos anos de azul-e-branco ao peito, mas um líder, para lá de comandar as tropas no balneário, tem de o mostrar em campo. E Nico, amigo, tens de subir o nível.

 

 

E acabou o campeonato. Vencemos porque ao longo de trinta jogos fomos de longe os melhores, os mais consistentes, os mais lutadores, os mais agressivos e os mais competentes. O recorde que Villas-Boas iguala acaba por ser natural e dos seis pontos perdidos, todos eles me ficam atravessados. Em Alvalade por causa da arbitragem; em Guimarães pelo excessivo relaxamento na segunda-parte; no Dragão com o Paços por falhas defensivas em excesso. Mas não nos foquemos nos pontos perdidos e sim nos ganhos. Foram 27 vitórias, algumas mais sofridas, outras mais fáceis, umas merecidas outras nem tanto, mas foram 27. Parabéns aos jogadores e a toda a equipa técnica. E agora, pensem lá em trazer o copo de príncipe em ponto grande para a Invicta!

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Ouve lá ó Mister – Marítimo

André, gajo-a-90-minutos-de-ser-campeão-imbatível!

Faltam três jogos para ires de férias, homem. Esta semana foi estranha, recheada de corridas para bilhetes e viagens, não-notícias, invenções falseadas, indemnizações requisitadas, lesões provocadas e almas relaxadas. E rimas foleiras, mas essa parte é só minha, não tens nada a ver com isso. O que interessa mesmo é que este jogo na Madeira não vem nada a calhar. Passo a explicar (e prometo que paro com as rimas):

Mesmo sabendo que não levas Helton, Hulk e Moutinho à ilha, para não falar no Fucile, no Cebola e no Rafa. Convidaste um puto para ir no avião com os grandes e acho que fizeste muito bem, só tenho pena que não tenhas enfiado mais um ou dois no xárter para compôr o ramalhete. E ainda que o jogo tenha a importância que só nós lhe damos, porque marcava um campeonato sem uma única derrota, não me importo de empatar e que sejam noventa minutinhos tranquilos, de paz e harmonia, cheios de jubilosa confraternização e bom desportivismo e por favor sem Nelsons Oliveiras, porque com mais ou menos pedidos de desculpa, o que é certo é que o rapaz ia estragando a festa à malta. Quando vi o Moutinho no chão a rebolar fiquei podre prá noite toda e não fosse vê-lo a saltar só apoiado no pé esquerdo…mas a sorrir, tinha-me estragado a festa. Por isso tem lá cuidado com os teus meninos! Cuidado com o Fernando que ainda agora está a recuperar das gâmbeas; atenção ao Sapunaru porque não temos outro defesa lateral e não queria nada que tivesses de alinhar com o Sereno na final de quarta-feira; vê lá se guardas o Falcao e pões a jogar o Walter porque nem tu nem o Radamel têm nada a ganhar com isso e o Marítimo se quiser pode jogar mais duro que o costume e lixa-nos o rapaz. Entre outros, como sabes.

Oh pá, e o Christian, põe-no lá em campo alguns minutos, fazes favor? Nunca vi o moço jogar mas já ouvi falar bem dele. Confirmas? Confirma lá, dá um rebuçado ao puto e deixa os adeptos contentes. A gerência agradece.

Sou quem sabes,
Jorge

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